11 de agosto de 2017 – Sexta-feira, 18ª semana

Leitura: Dt 4,32-40

Depois da caminhada pelo deserto com seus conflitos, murmurações e motins descritos no livro de Nm, as leituras dos próximos dias nos contam os últimos dias de Moisés. Antes de morrer no limiar da terra prometida, Moisés anuncia outra vez a Lei do Sinai. Por isso o livro chama-se em grego Deuteronômio, quer dizer “Segunda Lei”, ou seja, cópia ou segunda edição da Lei (cf. 17,18). Os autores puseram discursos na boca de Moisés lembrando a aliança e a (primeira) lei dada no monte Horeb/Sinai (Ex 19-Nm 9). Nesta aliança, Javé Deus escolhe Israel para ser o seu povo que deve comprometer-se a obedecer a lei e prestar culto somente a Javé.

A parte central do livro (12,1-26,19) surgiu a partir do séc. VIII a.C. no reino do Norte (Israel), foi levado ao reino do Sul (Judá) e serviu para as reformas do rei Ezequias (716-701 a.C.; cf. 2 Rs 18,1-7). Possivelmente já ampliado (4,44-28,68) surgiu como “Livro da Lei” encontrado no templo (2Rs 22,8-20); é usado pelo rei Josias (640-609) na sua reforma de unificar Israel e centralizar o culto em Jerusalém (cf. 2Rs 23). Depois da queda de Jerusalém (586 a.C.), para responder ao contexto do exílio e início do pós-exílio, criou se uma nova introdução (1,1-4,43) e o final (28,69-34,12). Nossa leitura de hoje faz parte desta nova introdução, na qual Javé é declarado o único Deus vivo e verdadeiro (contra toda idolatria dos babilônios).

O Deuteronômio no cap. 4 propõe um “credo histórico” (4,32-40). Moisés insiste no fato que Deus sempre se manifestou ao povo de Israel e com ele estabeleceu uma relação pessoal muito forte (revelando-se como Pai em 1,31). É algo inédito. Depois da exposição negativa sobre os ídolos (deuses falsos; cf. vv. 21-31) com suas ameaças, o pregador (na boca de Moisés) passa a inculcar a doutrina positiva sobre Yhwh (Javé): um monoteísmo (fé no único Deus) formal e explícito, como escreveu o Deutero-Isaias (Segundo Isaias) no exílio babilônico (Is 45,5.18.22; etc.). A profissão de fé, “reconhecer”, se repete a maneira de estribilho (vv. 35 e 39).

Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante (v. 32).

Ainda que breve, o epílogo da introdução é uma peça oratória que utiliza seus melhores recursos, enumera (sete membros, no v. 34), interroga, interpela, solicita a colaboração dos ouvintes, pergunta, “interroga… investiga” (cf. Jó 8,8). Quer abraçar o espaço “de um extremo ao outro dos céus” e remontar na história até a criação de Adão: “desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra”.

Colocado nessas coordenadas de espaço e tempo, o feito de Israel é o máximo e único, como é único seu Deus o Senhor. Primeiramente, Israel reconheceu Javé como o Deus presente na história do povo. À medida que se aprofundou a reflexão, descobriu-se que ele é também o criador. Esta é a única frase no Dt em que se confessa que Deus é criador, o que já se encontra em Am 4,13, e depois no exílio, em Is 40,28 e na tradição sacerdotal de Gn 1.

O “acontecimento tão grande” de que Moisés está falando é a libertação do seu povo no Egito e a teofania (manifestação divina) de Javé no monte Sinai dando a Lei (cf. Ex 19s). Com Moisés, a religião ganhou uma nova fase, a fé como adesão a um único Deus que acompanha e liberta.

Investigando a história, porém, descobriu-se que o primeiro monoteísmo exclusivo que se conhece não foi o de Moisés (cerca de 1250 a.C.), mas do faraó Amenofis IV (1374-1347) que declarou o culto ao deus do disco solar (Aton) como único legitimo, chamava-se Aken-Aton (ou Ecnaton) e construiu uma nova capital (Amarna). Mas como era a fé de uma ditadura imposta, depois da morte de Akenaton, os sacerdotes de Tebas restauraram o politeísmo com o culto a Amon e aos demais deuses. O farão sucessor, o jovem Tut-Ank-Amon, só podia concordar. O monoteísmo bíblico pouco tem em comum com o de Akenaton.

Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? (v. 33).

Alusão à teofania no Sinai (Ex 19,16-25; 20,18-21) que o povo assistiu, mas teve medo. Disseram a Moisés: “Fale-nos tu; não nos fale Javé, para que não morramos” (Ex 20,19). Moisés torna-se o mediador único, prefigurando o papel do sumo sacerdote no pós-exílio.

Muito menos do que ouvir se pode ver a face de Deus para não morrer (cf. Ex 33,20). O Deus de Israel é invisível ao contrário dos ídolos, imagens dos povos pagãos, e não deve ser representado por nenhuma imagem (cf. no decálogo Ex 20,1-6; Dt 5,6-10). “A voz de Deus”, a tradução grega acrescentou “vivo” (omitido pelo hebraico); afirmar que Deus é vivo é uma das formas principais da fé no Deus verdadeiro e único (cf. v. 35; 5,26; 6,4), implicando a rejeição de deuses falsos, que não têm vida, e de suas imagens (Js 3,10; 1Sm 17,26.36; Is 37,4; Jr 10,8-10; Os 2,1; Sl 84,3 etc.; cf. Mt 16,16; 26,63; Rm 9,26; 1Ts 1,9; 1Tm 3,15).

Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? (v. 34).

Javé escolheu “para si um povo em meio às nações” (Ex 19,5s). No Egito realizou “sinais e prodígios” (dez pragas; Ex 7-12), no “combate” derrotou o exército do faraó; “com mão forte e estendido” abriu o mar vermelho (Ex 14).

A escolha de Javé serviu para rejeitar a religião e a cultura de outros povos, alianças (políticas e matrimoniais) com eles e justificar a conquista da terra praticando destruição e violência (cf. Dt 7,1-6). Deve-se entender isso como defesa de um povo ameaçado em sua identidade cultural e religiosa por nações estrangeiras muito mais potentes.

A ti foi dado ver tudo isso, para que reconheças que o Senhor é na verdade Deus, e que não há outro Deus fora ele (v. 35).

A grande maravilha é Javé, o único Deus que age na história. Sua ação nasce da fidelidade à Aliança, liberta o povo, lhe revela seu caminho e lhe dá a terra. Não existe outro Deus que faça isso: todos os outros são falsos absolutos (ídolos).

A Nova Bíblia Pastoral (p. 204) comenta: No exílio, Javé, o Deus sensível e solidário com o povo oprimido…, é instituído como o único Deus vivo e verdadeiro. As religiões monoteístas já fizeram – e ainda fazem – muita violência em nome do seu Deus. Muitos profetas e o próprio Jesus foram mortos em nome desse Javé oficial. No entanto, para eles, a solidariedade com as pessoas vítimas da injustiça e da opressão é que define o verdadeiro Deus.

Do céu ele te fez ouvir sua voz para te instruir, e sobre a terra te fez ver o seu grande fogo; e do meio do fogo ouviste suas palavras, porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes. Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes. Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, para expulsar, diante de ti, nações maiores e mais fortes do que tu, e para te introduzir na terra deles e dá-la a ti como herança, como tu estás vendo hoje (vv. 36-38).

Entre os efeitos recentes, o orador destaca a saída do Egito e a revelação verbal no Sinai. Javé fez grandes prodígios em todo o caminho pelo deserto; para instruir o povo: “do céu fez ouvir a sua voz”, uma clara alusão aos mandamentos promulgados no Sinai.

Não tem imagens, mas “sinais” (símbolos) de Deus (cf. v. 34). O sinal do fogo já aparece na sarça ardente o pé do Horeb (Ex 3), reaparece na coluna de fogo e da nuvem na saída do Egito (Ex 13-14; cf. Gn 15,17s; cf. no NT, At 2,1-4: o fogo do Espírito no dia de Pentecostes que é a festa judaica da entrega da lei e da aliança no monte Sinai).

Destaca-se que esta aliança é consequência da promessa feita aos patriarcas (antepassados). O Dt destaca o amor (coração) e a escolha de Deus. Para Dt, Javé é o Deus dos “pais” Abraão, Isaac e Jacó (cf. 1,21), foi a eles que jurou dar a “terra” de Canaã (1,8.35; 6,10; 8,1; 10,11; 26,3); foi “porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes” que ele libertou Israel e conclui uma aliança com eles (7,8.12; 10,15).

Israel já combateu no deserto alguns povos; agora Javé expulsará as populações inimigas para introduzir Israel no país de Canaã, dando as suas terras como herança. Nota-se a situação paralela dos autores deste texto: estão voltando do exílio da Babilônia e esperam tomar posse de novo da terra de Canaã/Israel.

Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele (v. 39).

A afirmação monoteísta de v. 39 explicita (e repete o v. 35) a inexistência de outros deuses (cf. Is 43,10-11; 44,6; 45,5 etc.). O decálogo (dez mandamentos) proibia simplesmente o culto aos deuses estrangeiros (5,7-9). Durante muito tempo, estes foram considerados como inferiores a Javé, filhos de Javé ou espíritos ineficazes, demônios desprezíveis. Abre-se agora uma nova etapa: esses deuses não existem! “Ficar sabendo” (v. 35), “reconhecer e gravar (meditar) no coração” (v. 39) é a caminho de fé: ouvir, pensar e amar.

Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre (v. 40).

Tudo deve desembocar por parte do povo no cumprimento da lei fonte de bênçãos. A felicidade do povo está condicionada à fidelidade da relação com Deus, observando a Lei e seus mandamentos. São mandamentos que garantem a entrada e permanência na terra prometida. Sem as palavras de Deus, o povo não se manterá. A história deuteronomista (a redação deuteronomista que escreveu os livros Js, Jz, 1-2Sm e 1-2Rs) viu a causa da derrota e do exílio na infidelidade do povo com Javé Deus e suas leis.

Na “boa terra” que Deus dá (1,25.35 etc.), o povo encontra a “felicidade”. Em hebraico, as duas palavras são aparentadas. Em paz nesta terra, o homem pode prolongar seus dias (vv. 26.40; 5,33; 11,9; 17,20; 22,7; 30,18; 32,47), tema sapiencial (Pr 3,2) e presente no quarto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe para que os teus dias se prolonguem e tudo corra bem na terra que Javé teu Deus te dá” (5,16; Ex 20,12).

Evangelho: Mt 16,24-28

No evangelho mais antigo, Mc, há três anúncios da paixão, cada um é seguido por uma falta de compreensão por parte dos discípulos; em seguida, Jesus tira as consequências para seus discípulos (Mc 8,32-38; 9,32-41; 10,35-45; cf. Lc 9,23 “para todos”). Também em Mt, depois de elogiar a profissão da fé Pedro e censurar sua falta na compreensão do anúncio da paixão (vv. 17-23, evangelho de ontem), Jesus fala sobre o seguimento.

Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga (v. 24).

Em Mt, diferente de Mc 8,34, Jesus não se dirige “à multidão”, mas “aos discípulos”. Pedro entendeu quem era Jesus, mas não estava disposto de viver este entendimento. Só entenderá Jesus, quem o “seguir” no sofrimento. Não adianta só dizer “Senhor, Senhor” (7,21); entender e trazer fruto pertencem juntos (13,23). Aqui Jesus deixa claro, que o destino do seu caminho é a “cruz” (em v. 21 só falou de rejeição e morte). No direito romano, a condenação à morte de cruz era reservada a criminosos e subversivos. Quem quer seguir Jesus, esteja disposto a se tornar marginalizado por uma sociedade injusta e violenta (“perder a vida”) e mais, a sofrer o mesmo destino de Jesus: morrer como subversivo (“tomar a cruz”), considerado amaldiçoado por Deus (cf. Dt 21,22s; Gl 3,13).

Ao falar de “renunciar a si mesmo”, Mt e já Mc não pensam num ideal de ascese ou num masoquismo que se opõe à ideia de que felicidade é ser livre do sofrimento. Renunciar é seguir Jesus e orientar-se nele em vez dos próprios interesses ao ponto de custar a vida no martírio. “Renunciar” quer “dizer não, negar” e está ligado à profissão da fé (no batismo) ou negar Jesus como fez Pedro em Mc 14,66-72p. Renunciar “a si mesmo” não significa suicídio porque neste a própria vontade ainda se sobrepõe à vontade de Deus.

Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la (v. 25).

Disso, Jesus já falou no final do discurso sobre a missão dos discípulos em Mt 10,38s. 

De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? (v. 26).

Atrás disso está a experiência de que se pode ganhar o mundo, mas perder a si mesmo. Pode se ganhar rios de dinheiro, mas morrer de repente (cf. a parábola em Lc 12,16-21 e Eclo 11,18s; Jó 2,4; Sl 49,8s). Em Mt, renunciar a si mesmo está ligado ao dizer não à cobiça de riquezas (cf. 5,3; 6,19-34; 13,44; 19,21). Quem vive buscando bens e riquezas, nunca ficará satisfeito. Quem se doa aos outros, esquece de si mesmo e sente uma grande felicidade. A cruz, então, não é só um sacrifício. É o único modo para não perder a própria vida, não a dissipar em coisas superficiais que não conduzem à felicidade.

Mas diferente da sabedoria grega, o bem maior não é a vida na terra (em grego: zoé), e sim a vida transcendente (Mt usa a palavra grega psyqué) que depende do juízo final. Só o Filho do Homem pode conceder ou negar esta vida definitiva. No final do caminho da cruz, o próprio Jesus receberá seu discípulo como juiz do mundo (cf. 10,23; 13,41; 16,27; 24,30.37.39.44; 25,31; 26,64).

Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta (v. 27).

O Filho do Homem virá no final dos tempos “com seus anjos” (cf. 13,41; 24,30s). Mt fala do julgamento em linguagem bíblica (cf. Sl 62,12; Pr 24,12; Eclo 35,22). Aqui não assusta o julgamento com seu critério da “conduta” (não só a prática ativa das obras, cf. 25,31-46, mas seguir também passivamente no sofrimento), porque o futuro juiz do mundo é o mesmo que está agora com seus discípulos e estará com eles até o fim dos tempos (18,20; 28,20) e ele virá “na glória do seu Pai” que é também o Pai nosso que ouve as nossas orações (6,7-13).

Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino” (v. 28).

Mt copiou esta frase de consolo de Mc 9,1 e iguala o reino de Deus ao “Reino” do Filho de Homem (apesar de 13,41). O consolo consiste na declaração que o Filho do homem virá em breve. O problema da interpretação está na data desta “vinda” (parusia): ainda na geração dos apóstolos, “aqueles que estão aqui” (cf. 10,23)? Como todos os profetas, Jesus anuncia o que deve acontecer para sua geração. Quando Mt escreveu seu evangelho cerca de 80 d.C., Jesus já tinha morrido meio século antes (30 d.C.) e a muitos (ou todos) dos apóstolos também já morreram.

Por isso, muitos autores identificam esta vinda com a transfiguração que Pedro, Tiago e João assistem logo em seguida (cf. 17,1p), mas no relato dela não se fala do Filho do Homem (só em Mt 17,12) nem da sua vinda (só em 2Pd 1,16-18 se vê nela uma antecipação e garantia da parusia). Outros interpretam relacionando esta vinda datada com a ressurreição e ascensão que a transfiguração já antecipa de certo modo. Alguns pensaram na ruína de Jerusalém (70 d.C.), outros identificam a vinda do reino do Filho do Homem com a Igreja e sua poderosa expansão (cf. 13,36-43).

Fato é que esta expectativa da vinda de Jesus (com seu reino na sua glória) em data breve realmente existia entre os primeiros cristãos (1Cor 15,51s; 1Ts 4,16s), e Mt parece tê-la ainda (cf. 17,10.23; 24,34p). Escritos mais tardios do NT (cf. Jo 21,18-23) demonstram o problema e procuram dar outro sentido, por ex. “para Deus, mil anos são apenas um dia” (2Pd 3,3-10; cf. Sl 90,4).

O site da CNBB comenta: Seguir a Jesus Cristo significa renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. A vida toda de Jesus foi viver esta palavra que está no Evangelho de hoje, Jesus sempre renunciou a si mesmo, ele nunca viveu em função de si próprio, nunca buscava a sua realização ou a satisfação de interesses humanos. Ele sempre procurou viver para os seus irmãos e para suas irmãs, estava sempre pronto para servir e não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou, de modo que a sua vida foi a constante busca da realização do Reino de Deus e o mistério da cruz foi a coroação de toda uma vida vivida não para si, mas para os outros e para Deus. Quem quer ser discípulo de Jesus deve viver segundo os seus ensinamentos e seguir este seu grande exemplo.

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