12 de agosto de 2018, Domingo: Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’ (v. 45a).

1ª Leitura: 1Rs 19,4-8

Escolhida por sua alusão ao Evangelho que fala do “pão que desceu do céu” (Jo 6,44), a primeira leitura nos apresenta o profeta Elias sendo alimentado pelo pão do anjo.

Elias acabou de vencer a aposta pública entre o deus cananeu, Baal, e o Deus de Israel, Javé, e eliminou os profetas do Baal (1Rs 18). Depois disso, a rainha Jezabel, pagã e politeísta, jurou Elias de morte. Elias precisa-se esconder de novo, mas desta vez não foge ao norte como em 1Rs 17, mas ao sul.

A Nova Bíblia Pastoral (p. 392) comenta: Sozinho e ameaçado de morte, Elias sente-se abandonado e entra em crise (cf. Gn 21,9-21). Tal situação o leva de volta às origens, ao deserto e ao monte Horeb (Sinai, v. 8), onde o povo de Israel conheceu Javé, o Deus da libertação, aquele que escuta o clamor do oprimido (cf. Ex 3,7).

Elias entrou deserto adentro e caminhou o dia todo. Sentou-se finalmente debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero (vv. 4-5a).

O autor pretende mostrar a solidão do profeta num deserto quase total. Aquele que foge para salvar a vida, sente de repente o cansaço da existência e da luta, a tentação da última retirada. Pede a própria morte, cf. a queixa de Moisés (Nm 11,15) e o cansaço de Jonas (Jn 3,3). O verbo traduzido por “tirar” é o verbo usado para o arrebatamento de Henoc (Gn 5,24) e para o já próximo de Elias (2Rs 2,9s).

A Tradição Ecumênica da Bíblia (p. 534) comenta: Certos comentadores julgaram ver aí uma confissão dos pecados do profeta, que desanimou em face do fracasso de seus esforços, ele deseja a morte no deserto, com seus ancestrais hebreus durante o Êxodo (cf. Nm 14,22-23).

De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado debaixo da cinza e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer” (vv. 5b-7).

A intervenção do anjo lembra a narrativas duplicata de Hagar que foi salva também por um “anjo do Senhor” (que representa o próprio Deus) no deserto (Gn 16,6-14; 21,14-19). O povo de Israel também foi guiado por um anjo no deserto (Ex 14,19; 23,20-23; 32,34). Sendo que “caminho” tem com frequência sentido metafórico, na expressão do anjo pode ressoar a ideia de um “empreendimento superior a suas forças”, síntese da missão de Elias.

Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus (v. 8).

Moisés ficou no monte Horeb por “quarenta dias e quarenta noites” (Ex 24,18; 34,28; Dt 9,9; cf. 33,21-23; Mc 1,12p). O número quarenta tem diversas vezes, valor simbólico na Bíblia, como evoca também os 40 anos no deserto pelo povo de Deus (Nm 14,33).

A montanha de Deus, ao que parece, se tornara um local de peregrinação antes mesmo do tempo de Elias? Mas a dificuldade de localizar esta montanha não confirma isso. Apesar da importância constante dos acontecimentos e da legislação ligada ao Sinai (Ex 3,1-4,17; 18; 19-40; Nm 1-10), os israelitas parecem ter logo se esquecido de sua localização exata, exceto Elias. Este quis retemperar sua fé nas fontes da revelação do Senhor.

O lugar tradicional no sul da península do Sinai com o Djebel Musa (2285m) é uma suposição da era cristã (séc. IV d.C.). Mais provável é o sul da Transjordânia, pela ligação de Moisés com o culto dos madianitas (seu sogro era sacerdote deles, cf. Ex 2,16-22; 3,1; 18,5). E somando os textos antigos de Jz 5,4s; Sl 68,9.18; Dt 33,2; Hab 3,3 que falam de Seir (Edom) a leste e ao sul do mar Morto descendo ao golfo de Aqabá, podemos localizá-lo talvez perto do atual Wadi Rum (60 km de Aqabá e da divisa com a Arábia). Em Gl 4,24s, o apóstolo Paulo identifica o Sinai com a Arábia.

Em Ex 3,1; 17,6 e no livro de Dt (cf. 1Rs 19,8; Sl 106,19 etc.), o “monte Sinai” é chamado “Horeb” (hebr. “seca”), talvez para evitar uma alusão do Sinai a Sin, a deusa lunar dos assírios e babilônios. O deserto de Sin também designa um lugar perto (cf. 16,1; Nm 16,33,11s.). Em Eclo 48,7 estão os dois nomes juntos.

A Bíblia de Jerusalém (p. 541) comenta: Querendo salvaguardar a aliança e restabelecer a pureza da fé, Elias irá ao lugar onde o verdadeiro Deus se revelou (Ex 3 e 33,18-34,9) e onde a aliança foi concluída (Ex 19; 24; 34,10-28): une diretamente sua obra com a de Moisés. relacionados pela teofania do Horeb, Moisés e Elias o estarão também na Transfiguração de Cristo, teofania do NT (Mt 17,1-9p)

A Bíblia do Peregrino (p. 652s) comenta:

Elias, mortalmente perseguido, empreende uma espécie de peregrinação de retorno, como voltando ao passado. Com ele, algo de Israel volta à origem autêntica do povo. Começa como fuga, empurrado pela ira de Jezabel; deixa a cidade, o reino do Norte, o reino do Sul; no limite entre cultura e deserto, sua fuga se torna peregrinação. Não é a força da rainha que o afasta, mas a força de Deus que o atrai. No limite urbano da cultura, um mensageiro de Deus lhe faz compreender o sentido da sua marcha. Antes do deserto, a fuga quis desembocar na morte; a partir do deserto, nova comida milagrosa o transporta à experiência do primeiro Israel. As etapas da viagem são a cidade, o deserto, a montanha, o anjo, a presença.

No seu itinerário, Elias toca os limites da existência, onde está confina com a morte. Morte que vai mudando de rosto: perseguição, tédio, fome, pânico avassalador ao sentir o mistério. No cume do Horeb culmina a vida de Elias.  

 

2ª Leitura: Ef 4,30-5,2

Continuamos na leitura de Ef, que tratou (no domingo passado) da passagem de um caminho para outro, ou seja, dos costumes pagãos (homem velho) à existência cristã do batizado (homem novo, cf. vv. 23-24). Muitas recomendações podem ser encontradas no AT, no judaísmo e na cultura grega. O específico cristão costuma ser a motivação e o modelo de Cristo a ser seguido (“imitado”).

Não contristeis o Espírito Santo com o qual Deus vos marcou como com um selo para o dia da libertação (v. 30).

“Contristar” (irritar, magoar) a Deus é expressão frequente no AT (Dt 9,16; Jr 7,18 etc.); cf. Is 63,10: “Eles se rebelaram e magoaram o seu Espírito Santo”. Existe também a ideia judaica, (atestada em particular em Qumran), segundo a qual o Espírito de Deus (ou a sabedoria, cf. Sb 1,5) dado ao homem é influenciado pelo comportamento deste, para o bem ou para o mal. O Espírito Santo, laço único do Corpo único de Cristo (4,4; 1Cor 12,13), é, pois, “entristecido” por tudo o que prejudica a unidade desse Corpo. O Espírito Santo é no fiel um “selo” que prova a propriedade e garante a ressurreição (“dia da libertação”).

Toda a amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade (v. 31).

Continua a exortação sobre o comportamento cristão, alistando vícios (cf. vv. 25-29: mentira, cólera, roubo, palavra perniciosa; cf. 5,3-7.15-18) e contrastando-os com a conduta correta e cristã (bondade, compaixão, perdão, … cf.  v. 32 e seguintes).

A Tradição Ecumênica da Bíblia (p. 2273) comenta: A passagem reúne as imagens tradicionais da catequese batismal. Primeiro encontrou-se a da “vestimenta” que se tira e se veste (4,22-25), depois o tema da “imitação” de Deus (5,1), finalmente o contraste “trevas” e “luz”, tão característico dos textos de Qumran e do cristianismo primitivo (Tg 1,17-18; 1Pd 2,9; 1Jo 1,5-7). As exortações positivas são entrecortadas de “lista de vícios” que se prendem igualmente ao ensino corrente e já se encontram na literatura judaica.

Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo (4,32).

“Perdoai-vos…, como Deus vos perdoou…”; segundo a oração do Pai-nosso e o exemplo do próprio Cristo na cruz (Mt 6,14; Lc 23,34; cf. Eclo 28,1-4).

Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor (5,1-2).

A motivação é profunda: tornar-se imitadores de Deus, imitando o Cristo em seu amor por nós A partir dessa motivação, vem a proposta de viver (lit. “caminhar”) no amor (v. 2) e caminhar como filhos da luz (v. 8).

Imitar a “Deus” é mais comum no Antigo Testamento: O Levítico diz: “Sede santos como eu sou santo” (11,44.45; 19,2; 20,26); no Sl 112 o homem deve assemelhar-se ao Deus do Sl 111. O motivo da imitação de “Deus” é excepcional no NT. Jesus propõe o Pai como exemplo (Mt 5,44s; Lc 6,36; 15,11-32). Nas cartas paulinas, o próprio apóstolo se apresenta como imitador de “Cristo”, e por isso mesmo propõe-se dos fiéis (1Ts 1,6s; 1Cor 11,1). 1Pd 2,21 propõe a imitação de Cristo, que corresponde de algum modo ao seguimento (cf. Lc 9,57-62).

A imitação de Deus e de Cristo resulta no amor: “Vivei no amor”. A “entrega por amor” (Gl 2,20; cf. Mt 17,22; 26,2p; 1Jo 3,16) é o culto sacrifical que Deus aceita, “de agradável odor”, segundo a expressão bíblica que exprime a satisfação que Deus encontra na oferenda que lhe é dada (Gn 8,21; Ex 29,18.25; Lv 1,9.13; Nm 28,2 etc.; cf. Sl 40,7; Ez 20,41; cf. Fl 4,18).

 

 

Evangelho: Jo 6,41-51

Nestes domingos do Ano B acompanhamos o cap. 6 de Jo que apresenta o discurso sobre o “pão da vida”. Nossa liturgia saltou os vv. 36-40 que falaram da vontade do Pai que é a vida eterna para quem crer no Filho.

Os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Eles comentavam: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” (vv. 41-42).

O v. 41 retoma a declaração anterior de Jesus (cf. domingo passado) sintetizando os vv. 33.35. A Nova Bíblia Pastoral (p. 1302) comenta: O pão oferecido por Jesus deve conduzir ao reconhecimento do pão que é ele próprio. Suas palavras precisam ser ouvidas, pois comunicam a vida que vem do Pai. A multidão resiste porque Jesus assumiu plenamente a condição humana: como seria possível que no encontro com ele a fome e a sede fossem vencidas?

O quarto evangelho chama de “judeus” um grupo de galileus hostis ou alude às autoridades judaicas que definem o judaísmo e excluíram os cristãos da sinagoga na época do autor (cf. 9,22; 16,2). Começaram a “murmurar” (vv. 41.43.61), como os israelitas na narração sobre o maná em Ex 16,2-8.12 (cf. Ex 15,24; 16,2; 17,3; Nm 11,1; 14,27; 1Cor 10,10), manifestando a sua falta de fé, sempre em forma de perguntas (vv.25.28.30.41s.60).

Eles não sabem “contemplar”, embora afirmem “conhecer”. Consideram inconciliável a descendência humana de Jesus: “Não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?” (v. 42; cf. Mc 6,3p). Já Natanael critica a procedência de Jesus (1,45s), também a multidão em Jerusalém (7,41-44). Com Nicodemos começou a discussão sobre como a descida do céu (cf. 3,3-13.31).

A Tradução Ecumênica da Bíblia (p. 2056) comenta: Eles não podem associar a condição humana de Jesus à origem divina que ele afirma: só a fé, que é um dom de Deus (7,17), o permite. Não há nenhuma indicação concernente à concepção virginal, mas se, como é provável, Jo conhece essa tradição atestada por Mt e Lc (e combatida por alguns judeu-cristãos), pode haver aqui uma ponta de ironia que se poderia comparar com a de 7,41.

Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia (vv. 43-44).

Jesus responde: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai”. Esse “atrair” pode recordar Yhwh (Javé) como Pai “atraído” com o amor de seu filho (Os 11,4). Ninguém pode acreditar em Jesus por força própria. A fé é dom de Deus (v. 29: “obra de Deus”; cf. 15,16; Mt 16,17), é como sua atração impressa no homem.

O Filho, por sua vez, vai atrair através do seu amor até o fim: “E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim. Dizia, porém, isto, significando de que morte havia de morrer” (12,32s). Quem é atraído pela iniciativa do Pai, “instruído” pelo Pai (v. 45), “vem” a Jesus, isto é, crê nele (vv. 44-45.47), e “possui a vida eterna” (v. 47), porque Jesus o ressuscitará “no último dia” (v. 44).

Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’ (v. 45a).

“Todos serão discípulos de Deus” (Is 54,13); a citação pertence a um poema de reconciliação amorosa de Jerusalém com Yhwh (Javé). No contexto de nova aliança (Jr 31,33-34), não aprenderão na escola de homens (rabinos?), mas diretamente de Deus (cf. Sl 16,7; Is 48,17), ou seja, pelo Espírito (14,26; 16,13; cf. Jl 3,1-3 citado por At 2,17s). Pode ser uma polêmica dirigida contra as autoridades judaicas (”os judeus”) da época do evangelista, porque no sínodo de Jâmnia (90 d.C.), os rabinos excomungavam os cristãos da sinagoga (cf. 9,22.40-41; 16,2).

Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele, que vem de junto de Deus, viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna (vv. 45b-47).

“Todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim” (v. 45b; cf. v. 37). A instrução pelo Pai acontece através da sua Palavra, que é o próprio Jesus (1,1.14). Só ele “que vem junto de Deus viu o Pai” (1,18; 14,9; 1Jo 4,12; cf. Moisés em Ex 24,10s; 33,11.18-23; Nm 12,8; Dt 34,10) e pode revelá-lo.

Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente (vv. 48-51b).

Como Jesus é a palavra de Deus, ele também dá vida. Ele é o “pão da vida”, que é em primeiro plano o ensinamento, em segundo a eucaristia. O uso figurativo do pão ou do alimento é conhecido no AT: Os profetas o aplicam à Palavra de Deus (Is 55; Am 8,11); os sábios aplicam à sabedoria. Como Jesus (vv. 35.37.48-58), a Sabedoria convida os homens para refeição (Pr 9,1-6; Eclo 24,21). A sabedoria é pré-existente como Jesus (Pr 8,22; Sb 7,22).

Jesus é a Palavra de Deus, só ele pode revelar o Pai e dar a vida eterna: “Eu sou o Pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, no entanto, morreram” (v. 49; cf. vv. 31s.58); morreram lá no deserto, sem chegar à terra prometida (Nm 14,21-23; Sl 95,7-9). “Eis aqui o pão que desce do céu: quem comer dele, nunca morrerá” (v. 50); apesar de seu corpo passar pelo vale da morte (Sl 23,4), a pessoa (alma) que crê continuará viva e ressuscitará (cf. 11,25s).

E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (v. 51c).

O final do evangelho de hoje serve de eixo para unir o discurso sobre o pão vivo com a explicação eucarística em seguida: “O pão que eu darei é minha carne dada para a vida do mundo” (v. 51c). Repetindo a frase programática (v. 51ab), passa a nova seção (vv. 51c-59) marcada pela palavra “carne” (vv. 52-56; cf. 1,14). Este versículo sustenta-se numa síntese teológica: descida do céu, dom sacrifical na cruz, vida do ressuscitado.

A mediação de Moisés com o maná fica superada. Jesus é mediador da nova aliança, não só para Israel, mas para o mundo inteiro: “Pois o pão do céu é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (v. 33; cf. v. 51). Jesus é o “salvador do mundo” (4,42; cf. 3,16s), não só o “messias de Israel” (1,41.49); sua missão na terra e sua morte são para “todos”, não só para “muitos” (em hebraico, “muitos” pode significar todos; cf. Is 53,12; Mt 26,28p; cf. as palavras da consagração na Oração Eucarística). Jesus convida a todos e não exclui ninguém, é o ser humano que se exclui quando não crê.

O site da CNBB comenta: Um dos elementos fundamentais na fé católica é o primado da graça. Se Deus não age, nós não podemos agir, nos tornamos incapazes de fazer o bem. Para nós, o bem maior é conhecer Jesus, sermos capazes de ir até ele, mas isso só é possível pela atuação da graça. Mas, se por um lado, a graça é necessária para chegarmos até Jesus, por outro lado, Deus respeita a nossa liberdade, de modo que associada à graça divina, deve estar a nossa procura de Cristo. De nada adianta a graça nos mostrar que Jesus é o Pão da vida descido do céu para ser alimento de vida eterna a todos nós, se nós não queremos vê-lo.

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