28 de setembro de 2016 – Quarta-feira, 26ª semana

Leitura: Jó 9,1-12.14-16

Entramos hoje no segundo discurso do sofredor Jó respondendo a seus amigos visitantes (cap. 9-10; cf. a lamentação do cap. 3 e o primeiro discurso dele nos cap. 6-7).O questionamento inicial de Jó ignora o discurso de Baldad (cap. 8) e retoma o discurso do amigo Elifaz (cap. 4-5) acerca de quem pode entrar em disputa judicial com Deus.

A Bíblia do Peregrino (p. 1076) comenta: Depois das razões insípidas de Baldad, espécie de parêntese irrelevante, Jó avança outro bom trecho em seu caminho audaz, olhando para si. Inútil deter-se em refutar Baldad: pode conceder tranquila e ironicamente o que ele falou e até mais, e pode competir com os amigos em cantar a grandeza de Deus. Qual a conclusão? Exatamente o contrário, a crueldade de Deus. Baldad proclamou a justiça de Deus concebida em termos de juiz que retribui a bons e maus; Jó o nega redondamente: quando envia suas calamidades, Deus não distingue entre inocentes e pecadores e, se distingue, é para favorecer os perversos. Mas não é essa a justiça que preocupa Jó, a do juiz imparcial. Cada vez mais se apodera do protagonista a ideia de um confronto com Deus, e que Deus seja intimado a comparecer e tenha de discutir e responder a Jó, tendo finalmente de reconhecer a inocência de Jó. O resto, comparado a essa vitória judicial, não importará, nem sequer a própria vida. Ao mesmo tempo que a ideia o penetra, Jó reconhece o despropósito do projeto: estaria Deus disposto a comparecer, a responder, a deixar-se vencer com os argumentos de Jó? Pela força, Deus o supera; argumentando, Deus o enreda; diante da justiça, Deus é soberano; uma tentativa de purificar-se seria vã. Contudo, a ideia do confronto persiste, e Jó sonha com o impossível: processar Deus diante de um tribunal superior. É absurdo, e no entanto mentalmente Jó compõe e pronuncia o discurso fingindo que faria contra Deus (cap. 10): é uma acusação implacável, baseada sobretudo na conduta de Deus com a própria obra; acusação de maus tratos e denúncia de perversas intenções secretas.

Na dinâmica da obra, o leitor deve ter sempre ante os olhos Deus que olha e escuta sem que Jó o veja. Finalmente, Jó dá razão a Satã? Amaldiçoa Deus nesse discurso? No plano de Satã não, porque este apostava que a religiosidade de Jó era interesseira, e aqui a relação de Jó com Deus é mais desinteressada que nunca, até o desprezo da própria vida. Tampouco suas palavras são uma blasfêmia despeitada; antes, expressam uma terrível sede de justiça, referida em última instância a Deus. Sim, as palavras de Jó não são um bendito resignado e simples, como no prólogo. Por baixo do desespero alenta a esperança; apesar de tudo, é em Deus que ele busca sua justiça.

Jó respondeu (a seus amigos e disse):”Sei muito bem que é assim:como poderia o homem ser justo diante de Deus?Se quisesse disputar com ele,entre mil razões não haverá uma para rebatê-lo.Ele é sábio de coração e poderoso em força;quem poderia enfrentá-lo e ficar ileso?(vv. 1-4).

Jó dá razão ao seu amigo Elifaz, repetindo suas palavras (4,17). Em seguida, transpõe a questão a outro plano, que o preocupa, o plano de Deus. Deus sempre tem razão: inútil discutir argumentar, enfrentá-lo. Mais grave. É uma razão que muitas vezes não entendemos. Contudo o homem, com Jacó em Gn 32, não recua em sua luta com Deus, embora saia sempre mancando.

Ele desloca as montanhas, sem que elas percebam e as derruba em sua cólera.Ele abala a terra em suas bases e suas colunas vacilam.Ele manda ao sol que não brilhe e guarda escondidas as estrelas(vv. 5-7).

À luz da profecia e da sabedoria, o autor apresenta um breve hino no estilo dos salmos (vv. 5-10) ao Deus criador das montanhas, do sol e das estrelas, com seu poder de abalar a terra e as montanhas (cf. 1Sm 2,8; Am 4,13; Mq 1,3; Jó 5,9; 38,6; Sl 75,4; 104,5).É o Deus terrível das teofanias cósmicas, que transtorna suas próprias criaturas: a firmeza das montanhas, o ritmo regular dos astros.

Terremoto e trevas se juntam com frequência na teofania (Hab 3; Sl 18; Is 13,10-13;24; Jl 2,10; 3,15-16; Jó 14,18; 18,4 e cap. 26). A terra repousa sobre “suas colunas”, que Deus “abala” e faz “vacilar” por ocasião dos terremotos (38,6; Sl 75,4; 104,5; 1Sm 2,8). Hoje sabemos que os terremotos são causados pelas placas tectônicas estão em movimento e se chocam por causa do cerne quente da terra. Os vv. 5-7 evocam as imagens escatológicas da época (cf. Am 1,1; 8,8s; Is 2,10; Jr 4,23s; etc.). “Guarda escondidas as estrelas”para impedi-las de aparecer e brilhar. Br 3,3-35 menciona a ordem inversa para brilhar.

Sozinho desdobra os céus,e caminha sobre as ondas do mar(v. 8).

O autor remonta dos fenômenos físicos atuais às origens da criação. Então Deus “desdobra os céus” (cf. Is 44,24; 51,13; Jr 10,12; 51,15;Zc 12,1) e “caminha sobre as ondas (lit. o dorso) do mar”, quer dizer, impôs-lhe seu império e dominou-o nas origens; a mesma expressão em Dt 33,29 (acerca da personificação do mar, cf. 7,12).Na mitologia da cidade antiga de Ugarit, o deus Baal tinha que vencer o deus monstro do mar (símbolo das forças do caos) para colocar ordem na criação. Trata-se do mesmo monstro marinho mencionado como antigo inimigo de Deus mencionado em 3,8; 7,12.

No NT, o relato de Jesus andando sobre o mar quer mostrar sua divindade (Mc 6,48p).

Criou a Ursa e o Órion, as Plêiades e as constelações do Sul(v. 9).

A “Ursa” é uma constelação que aponta para a estrela polar, “as Plêiades e o Órion” (cf. 38,31; Am 5,8) são constelações próximas da do touro. As Plêiades são um conjunto conhecido desde a Antiguidade como “Sete-estrelo”; o cinto do Órion é chamado no Brasil de “Três Marias”. As “constelações (celas) do sul” talvez sejam as câmaras do vento sul, conforme 37,9 e Sl 78,26. A identificação dessas constelações é apenas provável. A tradução grega lê: “aquele que fez as Plêiades e Vênus e Arcturo e as Câmaras do Sul”; A tradução latim (Vulgata): “Arcturo e Órion e as Híades e as Câmaras do Sul”.

Faz prodígios insondáveis, maravilhas sem conta (v. 10).

Jó termina a sua primeira parte citando outro versículo de Elifaz (5,9)

Se passa junto de mim, não o vejo,e quando se afasta, não o percebo.Se ele apanha uma presa, quem ousa impedi-lo? Quem pode dizer-lhe: O que está fazendo?(vv. 11-12).

Do cósmico passamos para o humano, da grandeza para a sutileza (cf. a presença de Deus na brisa suave em 1Rs 19). Estranha proximidade de Deus, palpável e imperceptível, próximo e invisível.

“Quem pode dizer-lhe: O que está fazendo?” (cf.2Sm 16,10; Ecl 8,4). Nossa liturgia omitiu o v. 13: “Deus não precisa reprimir sua cólera, diante dele se curvam as legiões de Raab.” Rahab, monstro do caos, é a personificação mítica das águas primitivas (cf. 7,12; 26,12; Sl 87,4; 89,11; Is 30,7; 51,9).A Bíblia do Peregrino (p. 1077) comenta: Essas imagens completam a visão cósmica com um aspecto desconcertante, ou talvez a canalizem para essa aplicação irracional. Deus irado, vitorioso, prepotente. Como se Deus caçoasse da pobre teodicéia humana, e o homem tivesse de recorrer a imagens inumanas.  

Quem sou eu para replicar-lhe,e contra ele escolher meus argumentos?Ainda que eu tivesse razão,não poderia replicar,e deveria pedir misericórdia ao meu juiz.Se eu clamasse e ele me respondesse,não creio que daria atenção à minha voz” (vv. 14-16).

Ao deparar com essa irracionalidade opressora, Jó se refugia numa série de frases irreais, como possibilidades que a fantasia vai oferecendo e que a lucidez do sofrimento vai descartando.

Quem sou eu para “replicar-lhe”, i.é, defender-me? Esse verbo tem muitas vezes um sentido judicial: tomar a palavra na qualidade de testemunha ou para defender sua própria causa(as traduções grega e síria lêem: não sou ouvido). Diante desse Deus todo-poderoso, que é ao mesmo tempo “juiz” e parte, Jó não pode recorrer às formas ordinárias e legais do procedimento humano. Jó chega até a duvidar de sua inocência (vv. 20-21). Ele atenta mais na aparente arbitrariedade dos julgamentos de Deus (cf. v. 24) do que em sua infinita sabedoria que será defendida por Sofar no cap.11. As suspeitas e questionamentos de Jó buscam quebrar a concepção que vincula sofrimento e culpa; ele rejeita a teologia da retribuição defendida por seus amigos. A conclusão que Jó tira da sua situação é que não tem absolutamente nada a perder ao falar direta e francamente com o próprio Deus (v. 35).

Evangelho:Lc 9,57-62

De 9,51 a 18,13, Lc se afasta do roteiro de Mc e junta material da fonte Q e material próprio numa viagem de Jesus a Jerusalém que se estende por quase dez capítulos e pode ser considerada a peça central do terceiro evangelho.

O evangelho de hoje tem seu paralelo em Mt 8,19-22, é da fonte Q (comum com Mt), mas Lc acrescentou a terceira cena. A Bíblia do Peregrino (p. 2489) comenta o evangelho de hoje: Três cenas de seguimento ilustra o começo da marcha de Jesus. São personagens anônimas, típicas. A primeira e a terceira tomam a iniciativa sem serem chamadas, a segunda é Jesus quem a chama. Nos três casos, é decisiva a prontidão, o desprendimento de outros vínculos, a disposição de enfrentar o desconforto. Tudo isso dominado pelo desejo de seguir em companhia do Senhor.

Não se deve iludir, pois o seguimento de Jesus é exigente. As respostas de Jesus são radicais. Ao primeiro, Jesus enfrenta com a dificuldade de não ter lar; ao segundo, Jesus não lhe permite distrair-se. Ao terceiro recomenda a mesma atitude firme de seguir em frente que caracteriza o início da subida a Jerusalém (9,51).

Enquanto estavam caminhando,alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores.” Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos;mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (vv. 57-58).

Os rabinos (mestres judaicos) costumavam acolher discípulos em suas casas que funcionavam como escolas. Mas Jesus é pregador itinerante (4,43p). Diversamente de Mc e Mt, Lc nunca mostrou Jesus em casa que seja própria dele ou de seu grupo (cf. 5,29p). Jesus se aparece com o patriarca Jacó na paisagem pedregosa de Betel: “pegou uma pedra do lugar, colocou-a como travesseiro e deitou-se naquele lugar” (Gn 28,11). Pr 27,8 compara o “vagabundo longe do lar” com o “pássaro que fugiu do ninho”. O salmo da criação canta, entre outras coisas, as habitações de aves e animais (Sl104,12.17s, sobre as raposas cf. Sl 63,11;Ez 13,4). No decorrer da viagem, BenSirac considera desonroso e desgraçado viver de esmola (Eclo 40,28-30).

Seguir Jesus é caminhar sem pátria nem lar. Jesus fala sobre os pássaros e os lírios que o Pai celeste alimenta e veste (12,22-31; cf. Mt6,25-34). Assim deve ser a pobreza quotidiana do pregador itinerante, do discípulo missionário cuja primeira preocupação não é alimento nem vestimenta, mas “o reino de Deus e essas coisas vos serão acrescentadas” (12,31).

Nem um lar o Filho do homem tem! O termo “Filho do homem” pode significar simplesmente “ser humano” (em hebraico: “filho de Adão”; cf. Sl 8,5; Ez 2,1 etc.), assim Jesus queria dizer: “Até os animais tem tocas e ninhos, mas eu, como ser humano, não tenho residência fixa.” Mais provável, porém, é o significado apocalíptico que vem de Dn 7,13s, onde um ancião (Deus) entrega o reino de Deus a um “Filho do Homem que vem nas nuvens” e “cujo reino não terá fim” (citado no anúncio a Maria, cf. Lc 1,32s); ele contrasta com as bestas-feras dos reinos pagãos. Em Dn 7,29, o Filho do Homem é identificado com o “povo dos santos”. Em alguns círculos judaicos (ex. o autor do Apocalipse de Henoc), este Filho do Homem foi identificado como indivíduo: o Messias que virá e julgará o mundo no final dos tempos (cf. Mc 2,28p; 8,38p; 9,9p; 13,25p; 14,62p; Lc 11,30p; 12,8.40p; 17,22-30p; 18,8; 19,10; 21,27p.36; Mt 13,41; 25,31).

Jesus não podia ser preso ao utilizar este título “filho do homem”, pela ambiguidade do significado, e aplicou-o a si mesmo com predileção, não só para indicar sua futura glória celeste, mas também para expressar sua humilhação humana (cf. anúncios da paixão:9,22.44; 18,31p;22,22p; 24,7; cf. Jo 3,14).

No evangelho de hoje, o discípulo não vai entender seu pleno significado (antes da Páscoa), mas para o leitor cristão de Lc (depois da Páscoa) se esclarece: O Filho do Homem, aquele que ressuscitou e voltará para julgar o mundo, tinha que viver na pobreza absoluta e sem lar. Aquele que “vem das nuvens” (21,27p; cf. 22,69p), quem é do céu, aqui na terra não tem lar. Já seu nascimento se deu no caminho, fora de casa no meio de animais, “não havia lugar na hospedaria” (Lc 2,7). O Filho de Deus se fez verdadeiro homem (Filho do homem na carne humana; cf. Jo1,1.14; Fl 2,5-8) e mostra através da sua pobreza que seu “reino não é deste mundo” (cf. Jo 18,36).

Não se deve interpretar mal o texto e trocar a exigência da pobreza (cf. 14,33; 18,22p) pelo trabalho sem descanso (cf. Jo 5,17). Jesus viveu pobre, não estressado.

Jesus disse a outro: “Segue-me.” Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.” Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos;mas tu, vai anunciar o Reino de Deus” (vv. 59-60).

Em Mt 8,21s, é o discípulo quem se apresenta. Em Lc, é Jesus quem toma a iniciativa de chamá-lo, como em 5,27 e Mc 1,17p; ele o envia para anunciar o reino de Deus.

O homem chamado queria “primeiro ir enterrar meu pai” e assim cumprir um dos deveres mais sagrados do judaísmo e do helenismo como se lê nos relatos patriarcais (cf. Gn 23, a única terra que o nômade Abraão adquiriu foi para enterrar sua esposa) e no livro de Tobias (Tb 2,3-8; 4,3-4; 14,10-13).

A resposta de Jesus numa forma paradoxal é chocante,como um provérbio paradoxal joga com o duplo sentido (físico e espiritual) da palavra “morto”. Quem só conta com esta vida (como os saduceus, cf. 20,27; At 23,8), recebe ao final honras fúnebres, mas Jesus vem trazer uma vida nova (cf. 5,36-39p). O que acabou, acabou (cf. Hb 8,13; Ap21,1.5).

Jesus se posiciona em favor do mandamento “honrar pai e mãe” (18,20p; cf. Mc 7,10-13p), mas aqui fala da ruptura com a própria família, ruptura que ele mesmo realizou (8,19-21p; 11,27p) e exige dos seus seguidores (14,26). A comunidade a experimentou também após a páscoa (18,29-30p). Mas esta atitude radical combina com o amor e a piedade? Mais uma vez se trata de manifestar o contraste entre este mundo e o reino de Deus. Quem segue a Jesus, deve ser sinal do reino com suas palavras e seu estilo de vida (20,34-36; cf. Jr 16,1-9;).

Os que confiam seu horizonte a esta vida mortal que se ocupem de enterrar; eles por sua vez serão enterrados. Jesus chama a uma vida nova, ele é “a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). Se o discípulo voltar atrás para se despedir da sua família (como Elias permitiu, cf. 1Rs 19,19-21; Lc 9,61s) e participar do luto familiar, perderá a chance de acompanhar Jesus a Jerusalém e testemunhar sua morte e a ressurreição. Se o discípulo seguir sem olhar atrás agora, poderá consolar sua família (e muitos outros) depois com a mensagem da ressurreição e da vitória de Jesus sobre a morte, ou seja, “anunciar o reino de Deus” (acréscimo próprio de Lc, cf. Mt 8,22). Os mortos estão com Ele, com Ele viverão (cf. 20,38p).

Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor,mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.” Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás,não está apto para o Reino de Deus” (vv. 61-62).

Os dois primeiros diálogos se encontram também em Mt; este terceiro é próprio de Lc. Este dá aos três um sentido particular, colocando-os na perspectiva da partida de Jesus, exatamente antes do envio dos setenta e dois discípulos (10,1-16). O candidato ao discipulado o chama de “Senhor”, uma expressão de fé comum em Lc(cf. 5,8.12; 7,6 etc.; cf. At 2,36; Fl 2,11).

Estes dois versículos evocam o chamamento de Eliseu (enquanto arava) por Elias (1Rs 19,19-21);Lc já aludiu a Elias nos vv. anteriores (9,54; cf. a ressurreição do filho da viúva em 7,1-11-17 com 1Rs 17,17-24). Mas Jesus é mais importante e mais exigente que Elias, que deixava o seu discípulo despedir-se dos seus.Quem ara, segura com a mão a rabiça, olha para frente para traçar um sulco reto. Olhar para trás foi a fatalidade da mulher de Ló (Gn 19,26).

“Não está apto para o Reino de Deus”, para entrar nele (cf. 18,24-25p) ou para anunciar o “Reino de Deus”como no v. 60 (cf. 4,43; 8,1; 9,2.11; 16,6).

O site da CNBB comenta: Seguir Jesus significa muito mais do que ser um repetidor doutrinário, significa ser capaz de assumir o seu Projeto como algo próprio, ser capaz de olhar para o futuro e visualizar o Reino de Deus, fundamentar a própria existência nesse Reino, fazer da esperança da sua realização o motor propulsor da própria vida e entregar-se de corpo e alma, com tudo o que se é e que se tem na luta em prol da plena realização desse Projeto, renunciando a todas as conquistas humanas obtidas e a todas as formas de segurança que este mundo pode oferecer. É ser totalmente livre de todos os apegos deste mundo para amar a Deus de forma total e exclusiva e fazer desse amor a grande motivação da construção do Reino e a causa da própria felicidade.

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