No aniversário de Barreiras, Diocese de Barreiras recebe “presentes”, confira

Prefeito Zito Barbosa entregou para o Bispo de Barreiras, Dom Josafá Menezes o documento de construção de duas novas praças que beneficiarão os moradores e fiéis de duas paróquias de Barreiras

A maior cidade do oeste da Bahia vem promovendo uma série de homenagens ao longo do mês de maio, em comemoração aos 127 anos de emancipação política de Barreiras. Diversas ações estão acontecendo, seja benfeitorias na infraestrutura do município ou mesmo em ofertas de atendimentos especiais da saúde, na praça das Corujas, atividades culturais e eventos esportivos no parque de Exposição Engenheiro Geraldo Rocha. E foi num clima de festa, que neste sábado (26), dia do aniversário da cidade, que Dom Josafá Menezes, Bispo de Barreiras participou de uma das cerimônias cívicas juntamente com autoridades políticas e convidados.

Como parte da cerimônia, o Prefeito da Cidade, Zito Barbosa, entregou ao Bispo Diocesano de Barreiras, a licitação para construção das praças da Igreja Santa Catarina (bairro Novo Horizonte) e Praça da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Flamengo. “Não faltará em nenhum momento da história de Barreiras a proteção de seu padroeiro, São João Batista. Ele será sempre um anúncio de luz para o povo de Barreiras e para os seus governantes” lembrou Dom Josafá.

Dom Josafá Menezes escreveu um breve histórico da constituição da cidade de Barreiras em um texto que pode ser conferido na integra abaixo.

127 de Emancipação de Barreiras

A cidade é cortada pelo Rio Grande, principal afluente da margem esquerda do Rio São Francisco e é atravessada por três rodovias federais, situando-se na região oeste do estado.

Inicialmente, habitação de índios. Fazendas de criação e plantação.

As primeiras moradias. 

Em 1850, casas dos primeiros fazendeiros e dos se ocupavam de receber e descarregar as barcas chegadas, cujas mercadorias fazia seguir em tropas de animais para localidades vizinhas do estado de Goiás ou para fadas da Ribeira.

Em 1880, um povoado com 20 casebres de taipa ou adobe. A grande abundância, nas matas locais, da mangabeira, de cuja seiva se fazia a borracha, nova atividade econômica, pela qual o acanhado povoado pôde progredir mais rapidamente e obter, logo no ano seguinte, 1881, a criação de sua freguesia.

Mais 10 anos de franca prosperidade passou a ser distrito de paz do município de Angical, 20 de fevereiro de 1891.

Em seguida ganhou a categoria de vila, a que foi elevado pela Lei estadual nº 237, de 6 de abril de 1891. A vila e o Conselho Municipal começaram a funcionar em 26 de maio de 1891.

Retorno aos dados históricos – Barreiras, Bê-a, …. da Barra pra cá! Luiz G. Pamplona, 2002.

O Brasil estava consolidando a nova forma de governo, a República. Havia uma instabilidade política tanto nacional, quando estadual. O governador do Estado, José Gonçalves Silva, para consolidar a sua liderança, promoveu várias emancipações políticas. Multiplicaram-se os municípios. Angical se emancipou de Campo Largo e Barreiras, em seguida, se emancipou de Angical.

Em 6 de abril de 1891, o Governador assina a Lei 237 que emancipa a Vila de Barreiras do Município de Angical. Cinquenta dias depois é instalado o Conselho Municipal e eleito o primeiro Intendente Municipal, Coronel Martiniano Ferreira Caparroza, aos 80 anos de idade.

Considera-se o aniversário da cidade, o dia em que se constituiu o Conselho Municipal, as pessoas que vão cuidar da nova vila. “Município” – vem de “munir”, “providenciar”, “cobrir”, “manter”, “sustentar”, “servir”, “monitorar”, “fortificar”, “edificar”.

O intendente era o administrador do município. Existiu a figura até 1930. Depois vieram os prefeitos.

Implementar a vila foi o seu programa: organizar a feira livre (os feirantes se abrigavam numa frondosa gameleira) e construção da matriz (interrompida com 1 metro de altura em 6 de outubro de 1893, quando morre Caparroza. Assume Hermínio Coité, mandato “tampão”. Nenhuma obra. Terceiro intendente, Pedro Ferreira Piahuí, 1896/1900, fez o primeiro Código de Posturas do Municipais, vigente até 1977: abatimento e comercialização dos animais, alinhamento das casas e onde jogar a água da servidão (esgoto). O município de Barreiras contava com 3 mil pessoas.

Em 19 de maio de 1902, o Governador Severino Vieira, através da Lei 449, elevava a Vila de Barreiras à condição de Cidade (certo número de habitantes, percentual de contribuição fiscal, presença de autoridades constituídas (Juiz de Direito, Promotor Público, Arrecadador da Fazenda e presença atuante da Igreja Católica).

12º mais populoso do Estado da Bahia: 150 896 habitantes em 7 859,225 km².

A cidade é um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, político, educacional, tecnológico, econômico, turístico e cultural da região oeste da Bahia. Barreiras junto as suas cidades circunvizinhas compõe a maior região agrícola do nordeste, além da agricultura irrigada familiar presente no município, com destaque para a produção de frutas.

Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade comercial abastecendo toda região num raio de 300 km.

Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Barreiras ocupa a posição entre os maiores centros econômicos e populacional do estado e o principal da região nacionalmente conhecida pela força de seu agronegócio.

“As cidades não são um acúmulo de edifícios e de ruas. As cidades têm alma, um mistério” (La Pira)

fonte: Barreiras, Bê-a, …. da Barra pra cá! Luiz G. Pamplona, 2002.
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