Bispo de Barreiras é transferido para a Arquidiocese de Vitória da Conquista – Bahia

Na manhã de hoje, 09 de outubro de 2019, às 12h00, horário de Roma, foi publicada a transferência de Dom Josafá Menezes da Silva, desde 26 de fevereiro de 2011, Bispo Diocesano de Barreiras, para a Arquidiocese de Vitória da Conquista.

Dom Josafá será o 3º Arcebispo de Vitória da Conquista – Bahia, sucedendo a Dom Frei Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFM, Cap., que desde 28 de setembro de 2008, é o segundo arcebispo.

A Diocese de Vitória da Conquista foi criada em 27 de julho de 1957. Foi elevada à arquidiocese em 16 de janeiro de 2002. A padroeira é Nossa Senhora das Vitórias. São 30 paróquias dentro de uma extensão territorial de 27.226 km2.

Pela normativa jurídica da Igreja Católica, Dom Josafá deverá assumir as suas novas funções nos próximos sessenta dias, podendo o prazo ser prolongado com autorização da Nunciatura, representação do Papa Francisco no Brasil. Até a posse na nova diocese, responde, normalmente, pela Diocese de Barreiras na condição de Administrador Apostólico.

Dom Josafá escreveu uma mensagem ao povo da Diocese de Barreiras e também ao povo da Arquidiocese de Vitória da Conquista.

Alguns trechos da mensagem ao povo de Barreiras:

“Confesso que dois sentimentos tomam conta do meu coração nesta hora: alegria de ser nomeado 3º Arcebispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista, polo econômico-cultural importante do Estado da Bahia e a tristeza de começar a deixar Barreiras e toda a Região Oeste, solo pujante e povo tão cheio de afeto, que me acolheu durante todo esse tempo na condição de 2º Bispo Diocesano”.

“Então, agradeço a Deus por ter me concedido a graça de vir para Barreiras e em oito anos e sete meses ter me dado vida e saúde para desenvolver o meu ministério em favor do povo desta enorme região do Oeste da Bahia. Em Barreiras, Deus me assistiu em todos os momentos. Não tenho o que reclamar”.

 

 

MENSAGEM DE DOM JOSAFÁ AO POVO DE DEUS DA DIOCESE DE BARREIRAS

 

Barreiras, 09 de Outubro de 2019

Ao povo de Deus da Diocese de Barreiras – Bahia

Ao ver estampada no site do Vaticano, na manhã de hoje, a notícia da minha nomeação para Arquidiocese de Vitória da Conquista, dirijo-me aos padres, diáconos permanentes, religiosas, seminaristas, líderes das comunidades, pastorais, serviços e associações, aos homens e mulheres de boa vontade que estão no território desta Igreja Particular que tive a graça de servir desde 26 de fevereiro de 2011.

Confesso que dois sentimentos tomam conta do meu coração nesta hora: alegria de ser nomeado 3º Arcebispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista, polo econômico-cultural importante do Estado da Bahia e a tristeza de começar a deixar Barreiras e toda a Região Oeste, solo pujante e povo tão cheio de afeto, que me acolheu durante todo esse tempo na condição de 2º Bispo Diocesano.

Quando o Senhor Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello, me comunicou a notícia da minha nomeação, falava tão serenamente, que, interiormente, eu me senti impulsionado a responder positivamente à decisão do Santo Padre, entendendo que era um chamado Deus, ao qual, eu deveria me abandonar como no início da minha vocação. Lembrei, imediatamente, que o Cardeal Martini, então Arcebispo de Milão, concluindo o seu pastoreio na grande diocese italiana, dizia que dez anos era o tempo suficiente para o ministério de um bispo numa diocese e, em Barreiras, eu estava chegando ao 9º ano. Vieram também à minha mente as palavras do Papa Bento XVI, ao encerrar a sua missão: “Amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer escolhas difíceis, dolorosas, tendo sempre diante dos olhos o bem da Igreja e não a nós mesmos” (Bento XVI, 27 de Fevereiro de 2013).

Então, agradeço a Deus por ter me concedido a graça de vir para Barreiras e em oito anos e sete meses ter me dado vida e saúde para desenvolver o meu ministério em favor do povo desta enorme região do Oeste da Bahia. Em Barreiras, Deus me assistiu em todos os momentos. Não tenho o que reclamar.

Enriquecido pela experiência desses anos, pelos seus acertos e desacertos, aceitei a nomeação para Vitória da Conquista, pensando que Deus estava me dando uma nova chance e oferecendo-me uma possibilidade para aperfeiçoar mais o meu serviço em favor de seu povo em tempos de fortes desafios e oportunidades num mundo cada vez mais urbano (CNBB, Doc. 109, DGAE 2019-2023).

Salvador, Barreiras e agora Vitória da Conquista se constituem um interessante itinerário missionário. Deus está fazendo de mim um apostolo de vários territórios e povos dentro dos limites do Estado da Bahia, onde tive a graça de nascer. Então, devo prosseguir para poder continuar realizando o propósito de minha ordenação episcopal: “Tu, porém, PROCLAMA A PALAVRA, insiste, no tempo oportuno e inoportuno, refuta, ameaça com toda paciência e doutrina” (II Tim 4,2).

A partir de hoje, segundo o ordenamento da Igreja Católica, sou “Arcebispo Eleito de Vitória da Conquista” e “Administrador Apostólico da Diocese de Barreiras”.

“Em caso de transferência do Bispo diocesano, a sé torna-se vacante no dia em que o Bispo transferido toma posse da nova diocese. A partir do momento da publicação da transferência do Bispo até a tomada de posse da nova diocese, o Bispo tem poder de Administrador diocesano, com as relativas obrigações. As faculdades do Vigário Geral e dos Vigários Episcopais, ainda que a Diocese não seja ainda vacante, cessam com publicação da transferência do Bispo; mas este, na qualidade de Administrador diocesano, pode confirmar as faculdades deles” (Diretório dos Bispos, n. 233).

Então, estão confirmadas as funções constantes neste dispositivo canônico.

A partir do momento em que se verificar a vacância, isto é, no dia da minha posse em Vitória da Conquista, que esperamos para 14 de dezembro, o governo da Diocese de Barreiras passará para o Colégio de Consultores até que seja eleito o Administrador diocesano ou o Santo Padre disponha de outro modo (cf. Diretório dos Bispos, n. 235).

Agradeço de coração a todas as pessoas que nesses anos estiveram ao meu lado e me ajudaram a exercer o meu serviço episcopal. Desde já, ao povo de Barreiras e da região, peço perdão pelos meus defeitos e pelas vezes que não correspondi ao que se esperava de um pastor e guia do povo de Deus.

Que a Mãe do Evangelho Vivente interceda por todos! Que São João Batista e todos os padroeiros e titulares da Diocese de Barreiras estejam conosco nesta hora tão difícil, mas também abençoada.

Em Cristo Jesus,

 

DOM JOSAFÁ MENEZES DA SILVA
ADMINISTRADOR APOSTÓLICO DA DIOCESE DE BARREIRAS

 

 

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