22 de Julho de 2018, Domingo: Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade

1ª Leitura: Jr 23,1-6

Em vista do evangelho de hoje que fala de Jesus como bom pastor, a 1ª leitura foi escolhida porque apresenta Javé Deus que fala contra os maus pastores (vv. 1-2) e vai tomar conta do rebanho abandonado (vv. 3-4) e enviar o messias (vv. 5-6).

Representar os líderes em figura de pastores é imagem tradicional, que em Israel ganhou especial vigor pelo antecedente Davi que começou como pastor de ovelhas e ascendeu ao trono (Sl 78,70-72). O presente oráculo atraiu dois acréscimos posteriores e sucessivos, que produzem o seguinte esquema de história da salvação: denúncia – castigo – substituição – promessa. Esquema semelhante ao de Is 1,21-26, que é uma unidade original. Culpa e castigo se correspondem.

”Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha pastagem”, diz o Senhor! Deste modo, isto diz o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: “Vós dispersastes o meu rebanho, e o afugentastes e não cuidastes dele; eis que irei verificar isso entre vós e castigar a malícia de vossas ações, diz o Senhor (vv. 1-2).

Os líderes (reis, sacerdotes, elite) não são os donos do povo (das ovelhas; cf. a vinha em Is 5,1-14; Mc 12,1-12). O rebanho não é propriedade dos pastores, mas do Senhor, diante do qual são responsáveis. “Dispersar” e “deixar perder-se” podem limitar-se a um sentido político e ético; associados a “expulsar” (v. 3), parecem aludir à deportação a Babilônia, talvez a primeira, provocada pela revolta do rei Joaquim contra o rei da Babilônia (597 a.C.; cf. 2Rs 24).

E eu reunirei o resto de minhas ovelhas de todos os países para onde forem expulsas, e as farei voltar a seus campos, e elas se reproduzirão e multiplicarão. Suscitarei para elas novos pastores que as apascentem; não sofrerão mais o medo e a angústia, nenhuma delas se perderá, diz o Senhor (vv. 3-4).

Deus castiga os responsáveis (v. 2), mas não abandona o rebanho. Realiza a sua tarefa em dois tempos: repatriação dos exilados e novo governo. Aqui assume a responsabilidade da expulsão (lit. “as expulsei”), mostrando que controla os acontecimentos: assim como expulsou, pode reunir e repatriar. Evoca a prosperidade dos tempos messiânicos (cf. 3,15; 29.10-14; 30,10): “Elas se reproduzirão e multiplicarão, …não sofrerão mais o medo e a angústia, nenhuma delas se perderá” (lit.: nenhuma dela faltará à contagem).

Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranquilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça’” (vv. 5-6).

Este acréscimo (repetido em 33,14-16) está em futuro indefinido expressando esperança escatológica: “Eis que virão dias”. Dos “novos pastores” (v. 4) passa ao futuro “rei”, objeto e alimento da esperança messiânica.

“Farei nascer um descendente de Davi”, lit. “germe justo, rebento legítimo”. O termo germe/rebento (cf. Is 4,2; Is Zc 3,8) expressa primeiramente a prosperidade da terra que se seguirá à catástrofe geral, depois se estende ao renascimento do povo, reduzido inicialmente ao um resto, se tornará um germe chamado a um futuro glorioso; finalmente será aplicado à própria pessoa do messias (Zc 3,8).

 

Quando os pastores faltam a seus deveres o Senhor em pessoa retoma a direção das coisas (Sf 3,3-5; cf. Lc 15,3). E o fará através do messias, descendente de David esperado (Ez 34,23). Dócil instrumento do verdadeiro rei de Israel (1Sm 12,12), este garantirá a ordem social perfeita, sendo que a própria justiça do Senhor se aproximará, graças a ele, das duas frações do povo (o reino dividido em “Judá” e “Israel”) restauradas (cf. 31,27-28; 33,7) e enfim reunidas (cf. 50,4). Esta unificação era o sonho do rei Josias (640-609) apoiado por Jeremias, mas os reis que o seguiram, Joaquim (609-598) e Sedecias (598-597), não escutaram mais o profeta.

Da mesma forma que Israel tem um único Deus, assim haverá um único pastor legitimo (cf. Ez 34,23; Jo 10,16) e voltará a ser um só povo (1Rs 12,20-33; Ez 37,15-28). Ele será legitimo, ou justo (o que logo após se diz da atuação desse monarca e de seu nome), ou seja, será descendente e sucessor, não usurpador. Legítimo também por seu governo justo (cf. 2Sm 23,3-4, o testamento de Davi).

Seu nome, que equivaleria a Yehosedec (cf. Ag 1,1; Zc 6,11; Esd 3,2), pode aludir polemicamente ao rei Sedecias (o mesmo nome em outra ordem), que não administrou a justiça. Além disso, o componente sdc (çdq, justo, justiça) pertence à tradição de Jerusalém (cf. Gn 14,18: Melqui-sedec: rei da justiça). Em 33,16 o nome tão sugestivo do monarca prometido (“O Senhor, ele é a nossa justiça”) é atribuído à nova Jerusalém.

De acordo com o NT, essa justiça é comunicada pelo messias (Cristo) a todos os membros do povo eleito (Rm 1,17; 1Cor 1,30; 2Cor 5,21; Fl 3,9).

 

2ª Leitura: Ef 2,13-18

No segundo capítulo desta carta, o autor (discípulo de Paulo) compara o antes e o depois, o modo de viver sem Cristo e o modo cristão de viver. Se antes os povos das nações viviam distantes, agora são aproximados pelo sangue de Cristo. A Igreja não é mais exclusivamente o povo de Israel, mas forma agora um só povo que reúne gentios (pagãos) e judeus (Cl 1,21s).

No início do cap. 2, a carta distinguiu entre vós e nós: “vós”, os cristãos na região de Éfeso (na atual Turquia) de cultura grega que antes eram pagãos; “nós”, os judeus, povo eleito ao qual Paulo pertenceu (em cujo nome esta carta foi escrita por volta de 80 d.C.). Se antes vós e nós éramos iguais no pecado (cf. vv. 1-3), agora o somos na salvação e podemos formar uma unidade: pela proximidade, a paz, a reconciliação, a comum cidadania e família, numa estrutura única.

Agora, em Jesus Cristo, vós que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo (vv. 12-13).

“Naquele tempo… mas agora”, o antes e agora dos pagãos convertidos: antes estavam privados dos privilégios do povo escolhido (v. 12; cf. Rm 9,4s): “sem Messias” isto é, sem a esperança messiânica, antes reservada a Israel (1,12) e viviam “sem Deus no mundo”, porque seus deuses eram falsos (Dt 32,21 e a pregação do Isaías no exílio). Aos olhos dos judeus, os gentios (pagãos) eram “ateus” porque, não obstante todos os seus deuses, não conheciam o Deus vivo e verdadeiro (1Ts 1,9; 1Cor 8,5s).

Os cristãos, por sua vez, passam aos olhos dos pagãos (romanos, gregos etc.) por gente “sem deus” porque (ainda) não tinham nem templos nem imagens sagradas nos primeiros séculos. Quando se recusavam a adorar o imperador romano, os cristãos foram perseguidos e condenados por serem ateus. Pelos olhos dos europeus, os índios no Brasil também eram vistos como ateus, sem deuses e sem religião, porque não tinham templos nem imagens.

Pela fé cristã (e o batismo no lugar da circuncisão), os gentios tornam-se herdeiros da promessa também (1,13s; cf. Gl 3,6-9.25-29; 4,4-7). “Próximo (perto) e longe”, começo da citação de Is 57,19 (cf. v. 17; At 2,39); “pelo sangue” da aliança (Ex 24,6; cf. Mt 26,28p) ou da libertação (Zc 9,11). Foi a cruz de Jesus que operou essa aproximação: primeiro, dos gentios e dos judeus (vv. 14-15) e, depois, de todos com o Pai (vv. 16-18).

Ele, de fato, é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Em sua carne ele destruiu o muro de separação: a inimizade. Ele aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos. Ele quis, assim, a partir do judeu e do pagão, criar em si um só homem novo, estabelecendo a paz (vv. 14-15).

A “paz” é a plenitude da salvação messiânica (cf. Is 9,5-6; Mq 5,4; 1Rs 5,26), concretiza-se na fundação da Igreja e, reciprocamente, a paz selada no povo de Deus tem uma repercussão cósmica (cf. 1,22s; Cl 1,18-20; Lc 2,14).

“Do que era dividido, ele fez uma unidade”, lit.: das duas coisas ele fez uma só coisa. Havia um muro na área do templo de Jerusalém que interditava aos pagãos, sob pena de morte, o acesso ao santuário (cf. At 21,28s); a cidade e o templo, porém, foram destruídos pelos romanos na guerra em 70 d.C (cf. Mc 13,2; Mt 22,7; Lc 19,43s; 21,26; 23,28-31). Se a carta aos Ef foi escrita por um discípulo de Paulo por volta de 80 d.C. (mesma época dos evangelistas Mt e Lc), de fato, nem este muro e nem o templo existiram mais e o templo novo é o Corpo de Cristo (cf. Mc 14,58p; Jo 2,19-22; 4,21-24; 19,34).

A Nova Bíblia Pastoral (p. 14228) comenta: Cristo rompeu o muro de separação (v. 14), provável alusão à barreira que separava os gentios dos judeus no Templo de Jerusalém. O foco se volta aqui para comunidades cristãs independentes da sinagoga, e supõe historicamente a ruptura com a tradição de Israel. A igreja é a nova construção, baseada no fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Cristo como pedra angular (v. 20; Rm 15,20).

A Bíblia do Peregrino (p. 2807) comenta: Destrói a barreira interior, que é a hostilidade (cf. Ez 25,15) e a barreira exterior, que é a lei. Talvez se imagine a barreira do templo que obstrua assim o acesso aos pagãos (sob pena de morte). A barreira já não é necessária (cf. Sl 80,15; 89,41; Is 60,10.18). A criação do homem novo pode corresponder à nova criação (de Is 65,17 e 66,22; 2Cor 5,17).

A Tradução Ecumênica da Bíblia (p. 2268) comenta a “inimizade” (ódio) e o “muro de separação”: lit. o tabique da cerca (= o tabique, que é a cerca). Esta separação foi identificada:  1) com a lei, evocada no v. 15, que separava puros e impuros por suas observâncias rituais; a imagem do muro pode ter sido sugerida pela barreira que interditava aos pagãos, sob pena de morta, o acesso ao santuário de Jerusalém; 2) com o muro celeste que estabelecia uma separação intransponível entre o mundo terrestre e o mundo celeste, segundo certas concepções esotéricas. De qualquer forma, a construção deste trecho permanece difícil. Alguns supõem que a expressão “o ódio” constitui uma interpretação posteriormente acrescentada ao texto primitivo para indicar o sentido de mudo de separação.  

“Aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos” (lit. a lei dos mandamentos em preceitos). A lei e as suas prescrições rituais isolavam o povo de Israel num particularismo intransigente. Aqui, é considera como fonte de ódio recíproco, porque a Lei mosaica, que fazia dos judeus um povo privilegiado, os separava dos gentios. Para a teologia de Paulo, Jesus aboliu essa Lei, cumprindo-a uma vez por todas por sua cruz (Cl 2,14; cf. Rm 10,4).

Ef identifica aqui “um só homem novo” com o corpo do Cristo (cf. v. 16); nele estão reunidos, sem distinção, judeus e pagãos para viverem juntos de uma só vida nova. Esse “homem novo” é protótipo da nova humanidade que Deus recriou (cf. 2Cor 5,17) na pessoa do Cristo ressuscitado, como num “segundo Adão” (1Cor 15,45; Rm 5,12-20; cf. Jo 19,5.34; 20,15), depois de nele ter aniquilado, sobre a cruz, a raça do primeiro Adão, corrompida pelo pecado (cf. Rm 5,12s; 8,3; 1Cor 15,21). Criado “na justiça e santidade de verdade” (4,24), ele é “um só” (=único), pois nele desaparecem todas as divisões entre os homens (Cl 3,10s; Gl 3,27s).

Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade (v. 16).

Como novo Sansão (cf. Jz 16,22-31), Cristo morre matando: por amor a todos sem distinção destruiu “em si” (lit. “nela”, na cruz, ou: “nele”, no Cristo) a inimizade. Alguns pensam no corpo do Crucificado; outros na Igreja (1,23). Essas duas interpretações não devem ser opostas. Esse Corpo único é primeiro o corpo individual e físico de Cristo, sacrificado sobre a cruz (Cl 1,22), mas também o seu corpo místico no qual se reúnem todos os membros enfim reconciliados (cf. 1Cor 12,12).

Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos (v. 17).

Esta citação explícita a Is 57,19 e remete ao conjunto dos caps. 56 e 57 do profeta. Is anuncia o dia em que os filhos do estrangeiro virão juntar-se a Israel para servir ao Senhor no Templo, ao qual terão acesso com título igual ao dos judeus. Aqui, o texto é aplicado à pregação apostólica que, aliás, é inseparável da pregação do próprio Jesus (cf. já vv. 13 e 14).

É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai (v. 18).

O acesso ao templo era rigorosamente regulamentado e vigiado (cf. At 21,28s; cf. a liturgia de entrada nos Sl 15 e 24). Agora, em lugar de templo temos o Espírito (cf. Jo 4,23) e nele todos têm acesso ao Pai. O v. contém uma referência trinitária. A reconciliação dá aos crentes acesso ao Pai e por isso mesmo os une entre si. Em Rm, este acesso ao Pai é a consequência decisiva da justificação (Rm 5,2). O tema reaparece em Ef 3,12 (cf. Hb 4,16; 10,19; 1Pd 3,18).

A Bíblia do Peregrino (p. 2807) resume: Cristo derrubou com seu corpo glorificado a barreira que antes separava os judeus dos pagãos. De membros dispersos fez “um corpo”, de estrangeiros e nativos fez uma cidade e família, de pedras heterogêneas fez um “edifício”. Realizou a grande pacificação: dos homens entre si, “criando uma nova humanidade”. Não se lhe pode comparar a reunião de Judá e Israel prometida por Ezequiel (37,15-19), mas pode-se cantar o Sl 133. (O Sl 133 compara a união entre irmãos com o óleo do sumo sacerdote derramando até a gola de suas vestes, ou seja, até a periferia, como interpretou Papa Francisco na homília na missa dos Santos Óleos em 2013).

 

Evangelho: Mc 6,30-34

O evangelista contou o envio dos apóstolos (vv. 7-13), e depois inseriu o relato retrospectivo da morte de João Batista. Assim deu impressão de certa demora da missão dos “apóstolos”. Aqui em v. 30 é a única vez que Mc usa esta palavra grega apóstolos, que significa “enviados”, nas outras vezes, Mc prefere os “Doze”.

Os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer (vv. 30-31).

Os apóstolos voltaram da sua missão e havia uma reunião de avaliação de “tudo o que haviam feito e ensinado” (cf. At 11,1-18; 14,27s). Depois Jesus convida para descansar “num lugar deserto” (palavra chave para a multiplicação dos pães que será contada em seguida lembrando o maná no “deserto”, cf. v. 35; Ex 16). Este gesto humano é motivado também pelo fato de que havia tanta gente chegando (em consequência do sucesso da missão?), “que não tinham tempo nem para comer” (cf. 2,2; 3,20).

Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas (vv. 32-34).

Neste retiro, sozinho com os discípulos, Jesus poderia instruí-los sobre os mistérios do reino (4,10s) e seu segredo messiânico (cf. 10,32), mas as multidões “saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles”. Mc não explica porque o barco demorou mais (vento contrário ou cansaço dos apóstolos?), mas prepara-se uma assembleia do povo de Deus (cf. 3,7s) no deserto para multiplicação dos pães (vv. 35-44). Jesus não fugiu, mas “teve compaixão, porque era como ovelhas sem pastor“ (v. 34; cf. Mt 9,36; Nm 27,17; 1Rs 22,17; Jr 10,21; 23,1-2; Ez 34,5-6.15; Zc 10,2).  O ofício do pastor é feito de cuidado e compaixão.

As multidões não encontraram guias autênticos (cf. 1,22; Jo 10), mas seguiam Jesus até ao deserto (como a Moises ou a Davi: Ex 15,22-16,31; Sl 77,21; 78, 52-53; Jo 6,4,10; Ez 34,23-24; cf. Sl 23,1; 74,1; 80,1). Jesus “começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas”; primeiro Jesus distribui a palavra (sobre o reino) e depois o pão (necessário de cada dia). Neste contexto do deserto, podemos lembrar que “o homem não vive somente do pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8,2-3; Mt 4,4; Lc 4,4). Também na Pastoral Social, é importante “ensinar” pescar e não só dar um peixe. Mc insiste na solidariedade dos apóstolos com Jesus em relação à multidão (vv. 31-33), na participação ativa deles no seu ensino (vv. 30.34) e na obrigação de alimentar o povo em seguida (vv. 35-44).

O site da CNBB comenta (talvez no contexto do evangelho de ontem): Devemos colocar a nossa felicidade onde se encontram os verdadeiros valores. As pessoas que vivem segundo os valores desse mundo colocam a sua felicidade nas coisas do mundo. São pessoas materialistas e hedonistas, marcadas pelo desejo do acúmulo de bens materiais e de poder e também na busca desenfreada de todos os prazeres proporcionados por este mundo, como é o caso do sexo e dos vícios em geral. São pessoas insatisfeitas porque na verdade foram criadas à imagem e semelhança de Deus e só podem ser satisfeitas plenamente em Deus, uma vez que são abertas ao infinito. Somente quem coloca a sua felicidade nos valores eternos encontra em Deus a sua plena satisfação.

 

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