3 de Junho de 2020, Quarta-feira: Jesus respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu” (vv. 24-25).

9ª Semana do Tempo Comum 

Leitura: 2Tm 1,1-3.6-12

Nesta semana ouvimos ainda trechos da segunda carta a Timóteo. 2Tm pertence às “cartas pastorais”. Diferente das demais epístolas paulinas que se destinam a uma igreja (comunidade) ou um grupo de igrejas, as cartas pastorais se dirigem a pessoas que tinham responsabilidades pastorais, Timóteo (1 e 2Tm) e Tito (Tt). A carta 2Tm foi chamada “Testamento de Paulo”, porque menciona a prisão e a morte iminente do apóstolo (cf. 4,6-18).

A Nova Bíblia Pastoral (p. 1459) comenta: O Apóstolo convida o discípulo a sofrer com ele, como ele mesmo sofre segundo o exemplo de Jesus Cristo. E se refere à sua prisão (vv. 8.16; 2,9) em Roma (v. 17). Recomenda que guarde “o depósito da fé” (1Tm 6,20). Faz referência ao testemunho que deverá dar, ao enfrentar o martírio que se aproxima; por isso, a carta soa como testamento.

Muitos peritos biblistas, porém, consideram as cartas pastorais uma obra posterior de um autor (ou grupo) anônimo escrevendo em nome de Paulo (não para enganar, mas para homenagear o mestre), escritas na terceira geração cristã (Tritopaulinas, cf. 1,5) no final do séc. I, porque apresentam outra linguagem e outros temas do que nas cartas paulinas certamente autênticas (Rm, 1-2Cor, Gl, Fl, 1Ts, Fm), por ex. a continuidade da pregação apostólica (cf. vv. 12-14: “depósito da fé”, “sã doutrina”) em vez da ruptura com o judaísmo, a preocupação com doutrinas diferentes (heresias) em vez do confronto com a lei judaica, a ênfase na organização eclesial e sua inculturação no Império Romano.

Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pelo desígnio de Deus referente à promessa de vida que temos em Cristo Jesus, a Timóteo, meu querido filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor! (vv. 1-2).

O início da carta assemelha ao de 1Tm (cf. 6ª-feira da 26ª semana do Tempo Comum, ano ímpar). “Referente à a promessa da vida” deve referir-se mais a apóstolo do que ao “desígnio (vontade) de Deus” (em 1Tm 1,1: “por ordem de Deus”). A missão do apóstolo situa-se em vista dessa promessa de vida (em 1Tm 1,1 é Jesus como Cristo/Messias o objeto de “nossa esperança”).

Timóteo é chamado aqui “meu querido filho”, em 1Tm 1,1 “verdadeiro filho na fé” (título comum na relação mestre-discípulo (cf. Fl 2,22; cf. Fm 10; 1Cor 4,15; Gl 4,19). Conforme os Atos, Timóteo nasceu em Listra, na Licaônia, era filho de pai grego e mãe judia-cristã; além do batismo, Paulo permitiu que ele fosse circuncidado (At 16,1-3) para não escandalizar os judeus.

A Bíblia do Peregrino (p. 2859) comenta: A saudação tem um elemento não comum, “a promessa de vida”. É uma constante na pregação do Deuteronômio e é condicionada ao cumprimento da lei (4,1; 8,1). Cumpre-se de modo insuspeito na ressureição de Cristo (At 26,6). Ao passar da primeira à segunda carta a Timóteo, escutamos um tom diferente: mais pessoal nas recordações, mais cordial nos conselhos e avisos. Talvez se deva ao caráter de testamento que o autor quis imprimir ao escrito. Seu personagem contempla seu fim próximo e o futuro distante do seu destinatário, discípulo e sucessor, e se emociona.

À saudação paulina “graça” (grega) e “paz” (traduz o hebraico: shalom) acrescenta-se aqui a “misericórdia”, como em 1Tm 1,2.

Dou graças a Deus, – a quem sirvo com a consciência pura, como aprendi dos meus antepassados -, quando me lembro de ti, dia e noite, nas minhas orações (v. 3).

Paulo tinha o costume de ação de graças logo após a saudação, agradecendo pela fé da comunidade (1Ts 1,2s etc.), aqui pela fé do destinatário, que deixou em Éfeso (1Tm 1,3), lembrando ainda a fé da mãe e da avó do seu discípulo (v. 5, omitido na liturgia de hoje).

Antes, Paulo se refere ao seu próprio serviço a Deus como continuação da fé dos seus “antepassados”. Na terceira geração cristã importa a continuidade da pregação apostólica (cf. vv. 12-14: “depósito da fé”, “sã doutrina”) com o judaísmo fundada na fé no mesmo Deus, em vez da ruptura com a tradição judaica que Paulo salientou nas cartas autênticas (cf. Gl 1,13-17; Fl 3,4-11 etc.).

A Bíblia do Peregrino (p. 2859) comenta: O remetente remonta a seus antepassados, o destinatário ascende pelo tronco feminino. A razão é simples: o judeu Paulo, feito cristão, continua venerando o Deus de seus pais, porque é o mesmo, o único Deus verdadeiro. Ao invés, Timóteo nasceu de pai pagão e mãe judia convertida (At 16,1). De passagem, o autor nos deixa um valioso testemunho sobre a educação cristã transmitida por uma mãe e uma avó.

Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos (v. 6).

O autor alude ao momento em que Paulo, junto com o colégio dos anciãos (1Tm 4,14), consagrou Timóteo para o ministério. O “dom (grego: charisma) de Deus é o Espírito. Junto com a “chama” lembra a narração de Pentecostes em At 2,3s. Pela tradição cristã, Timóteo é considerado bispo de Éfeso, ordenado por Paulo. A carta 1Tm apresentou Timóteo como responsável pela igreja de Éfeso (1Tm 1,3; cf. At 19).

A Bíblia do Peregrino (p. 2859) comenta: Impor as mãos é impor um rito de nomeação ou consagração (1Tm 4,14; At 6,6), conferindo o carisma do encargo. “Reavivar”: o verbo grego significa avivar um fogo. O Espírito Santo veio como em línguas de fogo (At 2,3); pode-se recordar o fogo do santuário (Ex 30,7-8). É interessante que caiba ao homem avivar o fogo aceso nele pelo Espírito (cf. Lc 12,49).

Pois Deus não nos deu um espírito de timidez mas de fortaleza, de amor e sobriedade. Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus (vv. 7-8).

A Bíblia do Peregrino (p. 2859) comenta: O carisma comunica uma força superior para dar testemunho e suportar por ele padecimentos: “eu, porém, estou cheio de coragem, de Espírito do Senhor… para denunciar… “ (Mq 3,8); ou para enfrentar qualquer autoridade (Jr 1,18; cf. Ez 3,8; Is 50,5-9). “Não te envergonhes” ou acovardes (Rm 1,16). O “prisioneiro”: na composição da carta como testamento (gênero literário comum), refere-se a prisão em Roma, pouco antes do martírio, que é seu “testamento” final (cf. para a equivalência Ap 2,13).

Conforme v. 17, Paulo está em Roma, e aprisionado pela causa de Cristo (cf. Ef 3,1; Fm 1,9) durante a perseguição aos cristãos por César Nero (64-67 d.C.).

Timóteo não deve “se envergonhar de dar testemunho (grego: martýrion) de Cristo”, nem de Paulo, ao contrário, sofrer com o apóstolo pela Boa Nova (grego “Evangelho”).

Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho do qual fui constituído anunciador, apóstolo e mestre (vv. 9-11).

O Evangelho pela qual Paulo e Timóteo estão dispostos a sofrer (v. 8), é resumida aqui numa breve síntese cristológica, talvez citação de um hino litúrgico (vv. 9-10).

Deus nos chamou com uma “vocação santa”. A Bíblia de Jerusalém (p. 2232) comenta: A palavra designa primeiramente o chamamento dos cristãos à salvação (cf. Rm 1,6-7; 8,28; 1Cor 1,2.24; Cl 3,15; Ef 1,18; 4,4; Fl 3,14; etc.) e em seguida, por metonímia, o estado (vocação) ao qual os cristãos são chamados. Ambos os sentidos são igualmente possíveis aqui.

Este chamado é “santo” porque vem do Deus santo (cf. Is 6,3) e também porque nos coloca à parte para o serviço deste Deus (Rm 1,1.7; 8,28). Cada vocação se inscreve no amplo desígnio de Deus, definido antes de tudo (Cl 1,17s) e manifestado/revelado recentemente (Cl 1,26s).

Temas preferidos de Paulo são a escolha pela “graça, e não pelas obras”, (cf. Rm 1,5.7s; 5,15.17.20; 11,6; 1Cor 15,8-10; etc.), e, conforme o “desígnio divino”, a revelação do mistério (para Paulo era a inclusão dos pagãos à salvação pelo evangelho, cf. Rm 16,25s; Ef 3,2-6; Cl 1,24-27), “desde toda eternidade” (Rm 16,25).

“Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo”. A “manifestação” ou “aparição” (grego: epifania) do Salvador é a sua vinda como homem, sua encarnação e a redenção (Tt 2,11; 3,4). Nas cartas pastorais, o mesmo termo pode significar também a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (1Tm 6,14; Tt 2,13; Paulo usava o termo parusia). O título de “salvador” (Lc 2,11; Jo 4,42) é raro nas cartas paulinas (Ef 5,23; Fl 3,20), é atribuído pelas cartas pastorais tanto a Deus Pai (1Tm 1,1; 2,3; 4,10; Tt 1,3; 2,10; 3,4) quanto a Cristo (2Tm 1,10; 4,1.8; Tt 1,4; 2,13; 3,4). A obra do Cristo salvador realiza a vontade do Pai.

“Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho” Jesus Cristo destruiu o poder da morte pela ressurreição (1Cor 15,54) e revela ou “ilumina” a vida pelo anúncio do evangelho. É anúncio de futuro, contra o que pretendem os impostores da heresia “dizendo que a ressurreição já se realizou” (2,18). A influência helenista se percebe nos termos “manifestação” (epifania), “salvador” e também “imortalidade” (Sb 2,23).

No v. 11, Paulo conclui o hino declarando se “anunciador, apóstolo e mestre”, são três títulos (como em 1Tm 2,7). O “anunciador” (mensageiro) anuncia as notícias (Is 33,7); no caso de Paulo é o “Evangelho” (Boa notícia, cf. Is 40,9). “Apóstolo” é o enviado (Is 63,9) por Cristo. “Mestre” (doutor) é título clássico sapiencial (rabi em hebraico), e se encontra na série de 1Cor 12,28. A tradução latina (Vulgata) acrescenta: mestre “das nações (gentios)” (cf. 1Tm 2,7).

Esta é a causa pela qual estou sofrendo, mas não me envergonho, porque sei em quem coloquei a minha fé. E tenho a certeza de que ele é capaz de guardar aquilo que me foi confiado até ao grande dia (v. 12).

“A causa pela qual estou sofrendo” (cf. v. 8) A Nova Bíblia Pastoral (p. 1459) comenta: Sobre o assunto, só temos informações nesta carta. Aliás, o motivo também não é claro; supõem-se algum abandono ou traição (1,15; 4,14). E as condições devem ter sido bem mais duras que na prisão domiciliar, quando o Apostolo podia pregar livremente (At 28,16).

“Aquilo que me foi confiado” lit.: “meu depósito”. A Bíblia de Jerusalém (p. 2231) comenta: O “depósito” é uma ideia importante nas Pastorais (2Tm 1,12.14). Seu conteúdo é o da fé (1Tm 4,6; 2Tm 1,13; Tt 1,9) ou da tradição (2Ts 2,15; 3,6); mas a noção é de origem judaica e acentua, no depositário, o dever de conservar e em seguida de entregar ou transmitir intacto o depósito que lhe foi confiado. Cf. “Guarda o que tens” (Ap 2,25; 3,11).

Aqui o contexto faz pensar mais na doutrina cristã conservada intacta (1Tm 6,20) do que nas boas obras de Paulo (4,7-8; 1Tm 6,19), sua vida e destino, deixados como garantia nas mãos de Deus (cf. Sl 31,6: “Em tuas mãos eu confiava minha vida”). Outros o interpretam em relação ao encargo recebido (como no v. 14). Segundo outra interpretação, pode tratar-se também do depósito confiado por Paulo a Cristo.

“O grande (lit. aquele) dia” é o último dia, aquele do julgamento (cf. 4,8). A carta se concentra em condições sobre os “últimos dias”, associando os de Paulo com os da Igreja.

Evangelho: Mc 12,18-27

No evangelho de hoje continua o confronto de Jesus com as autoridades. Depois dos “sacerdotes, dos anciãos e escribas” (representantes do sinédrio, cf. Mc 11,27-12,12) e os “fariseus e herodianos” (Mc 12,13-17), hoje temos os “saduceus” que perguntam sobre a ressurreição.

Os saduceus se baseiam na legislação (Dt 25,5-10) para propor um caso divertido que ponha em ridículo a crença na ressurreição. São eles que caem no ridículo (cf. Pr 29,9), ao mostrarem que não entendem as coisas mais elementares acerca de Deus, do destino humano, da Escritura.

Vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: ”Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: ‘Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão.’ Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Por que os sete se casaram com ela!” (vv. 18-23).

Os saduceus era um partido religioso com maioria no sinédrio. Eram de famílias tradicionais dos sacerdotes no templo e da aristocracia em Jerusalém. Seu nome deriva de Zadoc, líder dos sacerdotes no tempo de Salomão. Eram mais liberais à influência greco-romana, mas conservadores na religião. Seguiam a velha tradição e não admitiam outra vida (cf. Jó 14,10-19; Sl 88 etc.); não a liam na Escritura nem aceitavam uma tradição oral dos rabinos. Aceitaram como Sagrada Escritura apenas a Torá (Lei de Moisés, em grego Pentateuco) que são apenas os primeiros cinco livros da Bíblia. Outro partido, os fariseus, tinha mais influência nas sinagogas, seguiam a nova tradição profética (cf. Dn 12,1 e o testemunho de 2Mc 7; talvez Sl 73,24), acreditavam em outra vida e na ressurreição e imaginavam-na como um retorno a vida em condições de total bem-estar. Paulo se aproveitará desta diferença entre saduceus e fariseus (cf. At 23,8).

O caso aqui apresentado está artificial e engenhosamente construído sobre a base da lei do levirato (v. 19; Dt 25,1-10), que procurava assegurar a descendência (e a propriedade) de um defunto sem filhos e, com isso, acolher uma viúva. Se os sete irmãos ressuscitassem, a mulher voltará ao primeiro para dar-lhe um filho e conservar seu nome? A conclusão é que a lei do levirato desacredita, ridiculariza a ideia da ressurreição e aos que creem nela, também Jesus.

Jesus respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu” (vv. 24-25).

Jesus afirma a ressurreição, baseada no poder e na fidelidade de Deus (Ex 3,6.15-16). Não apela a uma imortalidade natural da alma, mas ao “poder” (v. 24) vivificante de Deus. Mas não consistirá num prolongamento ou repetição da vida terrena. “Quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu” (v. 25). Depois da morte a condição das pessoas é totalmente diferente da atual (os fariseus imaginavam a vida no céu igual à vida aqui na terra). Abre-se para nós uma dimensão de vida muito diferente, onde os laços humanos, mesmo importantes e sagrados, são substituídos e compensados pela vida nova no Espírito (cf. 1Cor 15,42-49). Projetar para o futuro as condições atuais da vida presente, é empobrecer o mundo de Deus. Serão como anjos, terão uma vida diferente. Não serão mais condicionados pelos limites carnais que caracterizam este nosso modo de ser. Visto que já não morrem, não fará falta a geração para perpetuar o nome. Pela comparação com os anjos e o lugar celeste, está claro que Jesus fala da ressurreição gloriosa dos justos.

“Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados” (vv. 26-27).

O argumento da Escritura tinha força para aqueles ouvintes, mas só aceitavam a lei de Moisés, Jesus então cita dela, da auto-apresentação de Javé na sarça ardente diante de Moisés: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó (Ex 6,6). E conclui lapidarmente: “Ele não é Deus de mortos, mas de vivos!”

Os israelitas podiam chamar Yhwh (Javé) de “nosso Deus”, por que era “seu Deus”; também o indivíduo no singular. Mas os mortos não podiam invocar o “nosso Deus” (p. ex. Sl 88,11-13); não era o Deus deles. Em contraste com a crença geral se leem os vislumbres de Sl 16,11; 17,15; 73,23-28. Em outras culturas circundantes, imaginavam a existência de deuses do reino dos mortos (Nergal, Plutão etc.). O Pai de Jesus é Deus de mortos só para que cessem de estar mortos.

 O site da CNBB comenta: Tem gente que sente o maior prazer em discutir religião. Essas discussões, na verdade, não significam a busca de uma melhor compreensão da fé com a finalidade de possibilitar uma resposta de qualidade aos apelativos dos valores evangélicos, mas na maioria das vezes se constituem numa discussão sobre posições unilaterais e não negociáveis, muitas vezes posições pessoais, que só servem para aprofundar diferenças e criar divisões e em nada contribuem para que todos possam chegar à verdade, muito menos para viver segundo ela.

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