10 de Julho 2019, Quarta-feira: Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade (v. 1).

14ª semana comum

Leitura: Gn 41,55-57; 42,5-7a.17-24a

Nesta semana concluímos a leitura de Gênesis, saltando por muitos capítulos. Resumimos alguns anteriores brevemente aqui: O neto de Abraão, Jacó, conseguiu reconciliar-se com seu irmão Esaú, depois de uma luta com Deus que lhe deu o nome de “Israel” (Gn 32-33; cf. leitura de ontem). Com quatro mulheres, Jacó-Israel gerou uma filha e onze filhos, o mais velho era Rúben (cf. v. 22), o mais novo era José cuja história é contada em seguida. O patriarcalismo se manifesta ao substituir Dina, a única mulher (cf. 29,31-30,24), por Benjamim, na lista dos doze patriarcas que dão nome às doze tribos de Israel. Nasceu ainda o décimo segundo filho em Belém, Benjamim, mas sua mãe Raquel, a mulher preferida de Jacó, morreu no parto (cf. Gn 35,16-26).

José era o filho mais amado de Jacó e foi invejado pelos irmãos que o venderam a comerciantes ismaelitas (ou madianitas, cf. Gn 37, leitura de 6ª-feira da 2ª semana da quaresma). Chegando ao Egito na condição de escravo, mas abençoado por Deus, José prosperou e fez prosperar também ao seu patrão. Mas foi jogado na prisão por calúnia da patroa. Lá conseguiu decifrar os sonhos de dois funcionários do rei egípcio (faraó). Os sonhos, que ocupam um grande espaço na história de José, são premonições e não mais aparições divinas como em 20,3; 28,12s; 31,11.24; 1Rs 3,5 (cf. Nm 12,6; Eclo 34). O faraó sonhou com sete vacas gordas devoradas por sete vacas magras. Chamado da prisão, José foi o único que sabia interpretar o sonho do faraó que significava sete anos de fartura seguida por sete anos de seca. O faraó ainda adotou seu conselho de armazenar alimentos para os anos de penúria e o declarou “governador (vice-faraó) na terra do Egito” (42,6; cf. Gn 39-41).

A Nova Bíblia Pastoral (p. 59) comenta a novela de José (37,2-50,26): Como a história da “ascensão de Davi” (1Sm 16-2Sm 6), a “história de José” fala de um jovem pastor (37,2) que sobrevive a tramas e torna-se um homem muito poderoso (41,40-44; 45,8). Versões desta história, desenvolvidas para instruir os membros das cortes e justificar a monarquia, foram combinadas e inseridas na história de Jacó (que volta nos caps. 48-50), ligando os patriarcas às narrativas do êxodo.

Todo o Egito começou a sentir fome, e o povo clamou ao Faraó, pedindo alimento. E ele respondeu-lhe: “Dirigi-vos a José e fazei o que ele vos disser”. Quando a fome se estendeu a todo o país, José abriu os celeiros e vendeu trigo aos egípcios, porque a fome também os oprimia. De toda as nações vinham ao Egito comprar alimento, pois a fome era dura em toda a terra (41,55-57).

Depois dos sete anos de fatura, “todo Egito começou a sentir fome e o povo clamou ao faraó, pedindo alimento. E ele respondeu-lhes: “Dirigi-vos a José e fazei o que ele vos disser” (41,55; cf. Jo 2,5). Os celeiros do faraó estavam cheios e José administrava tudo com grande sabedoria. Primeiro vende trigo aos egípcios “quando a fome se estendeu a todo o país”, e depois às “nações” de todo lado, pois a fome se espalhou por “toda a terra”.

A Nova Bíblia Pastoral (p. 63s) comenta: Usava-se a história de José para capacitar membros da corte a dar conselhos ao rei e ao povo. Esta “sabedoria” (41,33.39) apoia-se na fragilidade da vida tribal (45,5-7), ameaçada pela seca e pela fome, mas justifica o acúmulo de um quinto da produção (v. 34) nas mãos do faraó e seus aliados, fazendo aumentar ainda mais seu poder e controle sobe o povo (47,13-26).

Os filhos de Israel entraram na terra do Egito com outros que também iam comprar trigo, pois havia fome em Canaã. José era governador na terra do Egito e, conforme a sua vontade, se vendia trigo à população. Chegando os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra. Ao ver seus irmãos, José os reconheceu (42,5-7a).

Os “filhos de Israel” são aqui os dez filhos de Jacó (o mais novo, Benjamim, ficou em casa, cf. v. 20), mas ao passar do tempo os descendentes dos doze filhos formarão as doze tribos de Israel e o povo todo de Israel será chamado “os filhos de Israel” (cf. Ex 1,1.7.9 etc.). A terra habitada pela maioria dos cananeus, ainda é chamada Canaã, mas depois do êxodo e da conquista da terra por Josué, a terra será chamada Israel. Nesta novela, o grupo recebe três denominações: “irmãos de José” indica o papel na trama, “filhos de Jacó” indica a família patriarcal, “filhos de Israel” tem valor político. Sem o saber, Jacó encaminha os filhos ao irmão desaparecido; e o faz para conservar a vida. O verbo “viver” aparece em 42,18; 43,8; 47,7.27; 47,19.25.28; 50,20.22.

O drama exige que os irmãos se dirijam pessoalmente ao governador, sem intermediários. “Chegando os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra” (v. 6). Assim se cumpre o primeiro sonho de José (37,5-11), “se prostram” como “servos” (37,9s). “Ao ver seus irmãos, José os reconheceu” (v. 7). Mas eles não reconheceram José nos seus trajes à moda egípcia. José quer pôr seus irmãos à prova e tem um plano.

A Bíblia do Peregrino (p. 85s) comenta: José recebeu poder não para se mesmo, mas para outros: para benefícios do Egito, de outros povos e para continuar a história que Deus começou com Abraão. Enquanto a salvação do Egito se concretiza no alimento, a de seus irmãos exige um caminho de purificação e conversão. José se converte não só no senhor ante o qual os irmãos se prostram, mas no juiz que os adverte para que reconheçam a própria culpa e possam recompor a fraternidade rompida.

E mandou metê-los na prisão durante três dias. E, no terceiro dia, disse-lhes: “Fazei o que já vos disse e vivereis, pois, eu temo a Deus. Se sois sinceros, fique um dos irmãos preso aqui no cárcere, e vós outros ide levar para vossas casas o trigo que comprastes. Mas trazei-me o vosso irmão mais novo, para que eu possa provar a verdade de vossas palavras, e não morrerdes”. Eles fizeram como José lhes tinha dito (vv. 17-20).

José mandou jogar os irmãos na prisão sob acusação de serem espiões (cf. vv. 8-16). “No terceiro dia”, como governador, aduz seu sentido religioso, “pois eu temo a Deus” (v. 18); daí a decisão ética de não condenar todos sem prova. Mas a questão continua sendo de vida ou de morte: viver não é só questão de alimentos, mas de ”provar a verdade”.

Para salvar sua família, deixa-os saírem levando alimentos, mas sob uma condição, um dos irmãos tem que ficar na prisão até os outros voltarem trazendo o irmão mais novo, como prova da verdade (vv. 19-20). A palavra “verdade” funciona em dois sentidos: é verdade o que disseram para se desculpar e é verdade que sentem agem como irmãos?

E diziam uns aos outros: “Sofremos justamente estas coisas, porque pecamos contra o nosso irmão: vimos a sua angústia, quando nos pedia compaixão, e não o atendemos. É por isso que nos veio esta tribulação”. Rúben disse-lhes: “Não vos adverti dizendo: ‘Não pequeis contra o menino? ’ E vós não me escutastes. E agora nos pedem conta do seu sangue” (vv. 21-22).

O irmão mais novo é Benjamim e, como José, é filho de Raquel. Será que os irmãos continuam com ciúme de Benjamim como tinham tanto de José e o quase mataram? Mas, parece que os irmãos estão melhorando, porque estão com remorso do passado e descobrem que vigora uma espécie de lei do Talião (Ex 21,23-25): pela angústia de José desatendida os “sucede” esta “angustia” concreta, na esfera da fraternidade. “Sofremos justamente estas coisas porque pecamos contra nosso irmão …” (v. 21) e Rúben, o mais velho, lembra: “Não vos adverti, dizendo: ‘Não pequeis contra o menino? ” (v. 22; cf. 37,21-22.29-30). Rubem se dissocia da culpa, não da pena. É Deus quem “pede conta” do “sangue” de um delito antigo já esquecido (cf. 4,9s; 9,5).

Ora, eles não sabiam que José os entendia, pois lhes falava por meio de intérprete. Então, José afastou-se deles e chorou (vv. 23-24a).

Como José falava a eles por meio de intérprete (cf. 2Rs 18,26), não sabiam que José entendeu suas conversas. “José afastou-se deles e chorou” (v. 23). Uma das características das últimas narrativas do Gn é acentuar os sentimentos humanos dos personagens.

José mantém um irmão como refém e manda acorrentar Simeão na presença de todos, é calculadamente cruel (seria de esperar que algemasse Rúben, mas Simeão é o segundo mais velho e não tentou salvar José no passado). José disfarça dureza, mostra sinais ambíguos, faz amadurecer a atitude fraterna do grupo, até que o amor se torna incontido e se declara (leitura de amanhã). Os irmãos percorrem um caminho obscuro, e esta é sua prova. Neste jogo de ocultação, alguém entrelaça e orienta os fios descobrindo pouco a pouco seu designo com imensa descrição. Deus é protagonista oculto.

Evangelho: Mt 10,1-7

Depois da introdução que ouvimos ontem (Jesus pede mais trabalhadores para a messe), entramos hoje no segundo dos cinco discursos de Jesus em Mt que trata sobre a missão dos apóstolos (cap. 10). Para este discurso, Mt combinou a chamada dos Doze de Mc 3,13-19 com seu envio em missão de Mc 6,7-13 e as recomendações para missão em Q (coleção perdida com palavras de Jesus, que Lc usa também, cf. Lc 9,1-6; 10,1-12), acrescentando depois outras palavras sobre a perseguição (vv. 16-42; cf. Mc 13,9-13; Lc 12,2-9.51-53; 14,26-27; 21,12-19).

Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade (v. 1).

Mt supõe já conhecida a escolha dos doze, que Mc e Lc mencionam explicitamente (“escolheu”), distinguindo a da missão: Em Mt, Jesus apenas “chamou” os doze “e lhes deu poder…” Os escolhidos que foram chamados agora são “doze” como representantes das doze tribos de Israel (19,28; Ap 21,12-15; cf. Ex 1,1-5; 24,4; … Ap 7,4-8), como a família do novo Israel (no AT, apresenta-se o antigo Israel como descendência dos doze filhos de Jacó-Israel; cf. Gn 29,31-30,22; 35,16-25).

O mestre comunica-lhes seus poderes messiânicos: desalienar as pessoas (“expulsar demônios”, cf. 8,28-34) e libertá-los de todos os males (cf. 4,23; 9,35). Exorcismos e curas dependem do mesmo poder. A doença é sinal do reino de Satanás e do pecado; a cura é sinal da vitória sobre ele.

Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus (vv. 2-4).

Antecipa-se o título futuro de “apóstolos”, ou seja, “mensageiros, enviados” (cf. Lc 6,13).

Pedro encabeça os apóstolos com seu novo nome de ofício (“Pedro”) que será dado só em 16,18 (cf. Jo 1,42: “Céfas” em hebraico, cf. 1Cor 1,12; 3,22; 9,4; 15,5; Gl 1,18; 2,9.11). Os nomes dos Doze são de origem e mentalidade muito diversas: nomes hebraicos e gregos, vários pescadores, um publicano (cobrador de impostos pelos opressores romanos), um zelota (os zelotas cometiam atos de terroristas contra os romanos). Esta diversidade tem seu centro de unidade em Jesus e mostra sua capacidade em unir pessoas divergentes.

A lista dos doze apóstolos (cf. Mc 3,14 e Lc 6,13) chegou a nos sob quatro formas diferentes, a saber, de Mt, Mc, Lc e At. Divide-se sempre em três grupos de quatro nomes (enquanto no quadro da última ceia, Leonardo da Vinci os dividiu em quatro grupos de três). Todas as listas têm as mesmas pessoas que encabeçam estes três grupos: Pedro, Filipe e Tiago, filho de Alfeu. A ordem pode variar no interior de cada grupo. Pedro é sempre o “primeiro” (Mt ainda o destaca como tal), Judas Iscariotes o último da lista,

No primeiro grupo vemos os discípulos mais ligados a Jesus (cf. Mc 13,3): Mt e Lc colocam juntos os irmãos Pedro e André e os irmãos Tiago e João, enquanto em Mc e At, André está no quarto lugar, para dar lugar aos dois filhos de Zebedeu que juntamente com Pedro se tornam os três íntimos do Senhor (cf. Mc 5,37; 9,2; 14,33). Nos At, um filho de Zebedeu, Tiago, cede o seu lugar a seu irmão mais moço, João que se tornou mais importante (cf. At 1,13; 12,2 e já Lc 8,51p; 9,28p).

O segundo grupo parece ter tido mais afinidade com os não-judeus (cf. Jo 12,20s; Mt 9,9). Neste, Filipe em primeiro lugar. Mateus ocupa o último lugar nas listas de Mt e dos At, e só em Mt é chamado “ o cobrador de impostos” (cf. 9,9s: Mt contou sua vocação trocando o nome Levi de Mc 2,13; Lc 5,27; cf. comentário de sexta-feira passada). A tradição identificou Bartolomeu com Natanael (por sua proximidade a Filipe em Jo 1,45-50; cf. 21,2).

O terceiro grupo é o mais judaizante, encabeçado por Tiago, filho de Alfeu, chamado de Tiago menor, que pela tradição foi identificado com Tiago, o “irmão (parente) do Senhor” (cf. 13,55; Mc 6,3p; 16,1; Jo 19,25; At 12,17; 15,13-21; 21,18-26; 1Cor 15,7; Gl 1.19; 2,9.12; Tg). Parentes de Jesus (cf. 13,55p) têm nomes iguais também aos próximos da lista: Tadeu (var. Lebeu) de Mt e de Mc, se é a mesma pessoa que o “Judas de Tiago” (filho ou irmão de Tiago em Jd 1) em Lc e nos At, e passa nestes últimos, do segundo para o terceiro lugar. Simão, o “zelota”, de Lc e At, não é senão a tradução grega do aramaico, Simão Qan’ana (“cananeu”) de Mt e Mc; significa “zeloso” (a palavra portuguesa vem desta palavra grega e significa ardor, fervor, emulação; os zelotes tinham tanto zelo ao ponto de se tornarem fanáticos e terroristas violentos contra os romanos, p. ex. Barrabás em Mc 15,7p; cf. At 5,36-37). Judas Iscariotes, o “traidor”, figura sempre em último lugar da lista, e se menciona seu destino. O nome é interpretado frequentemente como “homem de Cariot” (cf. Js 15,25; Am 2,2), mas poderia também ser um derivado do aramaico sheqarya, “o mentiroso, o hipócrita” ou transcrição semítica de sicárius, equivalente latino de zelota (assim formaria um par com Simão Cananeu); esta última interpretação ajudaria entender o motivo da sua traição, porque Jesus repudiou a ideologia dos zelotas (cf. 17,24-27; 22,15-22).

Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! (vv. 5-6).

Em seguida, “Jesus enviou esses doze com as seguintes recomendações” (v. 5). “Enviar” corresponde ao título apóstolo – enviado encarregado de missão (cf. 10,16.40; 15,24). Em 15,24, mas sobretudo em Jo, Jesus apresenta-se como “enviado” do Pai (Jo 3,17.34; 5,36s; 17,3.18 etc.).

Em Mt, os conselhos seguintes para missionários itinerantes (cf. evangelho de amanhã) se situam ainda antes da ressurreição, por isso sua área de operação é por ora restrita e mostra a preferência por Israel: “Não deveis ir aonde moram os pagãos nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel! ” (vv. 5-6; cf. v. 23). Só no final do Evangelho, depois da rejeição de Israel e a ressurreição de Jesus, será o envio a todos os povos (28,19).

Os samaritanos, miscigenados desde a queda da Samaria (reino do Norte) em 721 a.C. (2Rs 17,29-34), tinham a lei de Moisés, mas seu próprio templo no monte Garizim (Jo 4,20); não são o Israel autêntico, estão a meio caminho entre os judeus e os pagãos. “Casa de Israel” é hebraísmo bíblico que Jesus usa em 15,24: é o povo de Israel, ovelhas dispersas por culpa dos pastores (cf. 9,36): “Meu povo era um rebanho perdido” (Jr 50,6). Como herdeiros da eleição e das promessas, os judeus devem ser os primeiros a receber o oferecimento da salvação messiânica. Assim Paulo, Barnabé e Marcos começam a anunciar primeiramente nas sinagogas, só depois da recusa dos judeus se dirigem aos pagãos (cf. At 13,46; 18,6; 28,28). Em Lc, Jesus passa pela Samaria (cf. Lc 9,51-55; 10,29-37) e o evangelho será anunciado lá pelo diácono Filipe (cf. At 1,8; 8,5-25). Em Jo 4, o próprio Jesus evangeliza os samaritanos.

Em vosso caminho, anunciai: “O Reino dos Céus está próximo” (v. 7).

É o mesmo anúncio de João Batista e de Jesus (3,2; 4,17). Conforme o costume dos seus leitores judeu-cristãos, Mt evita pronunciar o nome de Deus e prefere e expressão “Reino dos Céus” (em vez de Reino de Deus); não designa um reino celeste, mas que Aquele que está no céu (5,48; 6,9; 7,21) reina sobre o mundo.  O reino sempre pertence ao Senhor (Sl 22,29; 103,19; 145,11-13; …), mas este reinado de sempre “se aproximou” dos seres humanos na pessoa de Jesus.

O envio dos discípulos não acontece somente no passado. Jesus tem sempre compaixão das multidões. Nós também somos pessoas muito diferentes, viemos dos mais diversos lugares e situações, mas fomos chamados por Jesus para trabalhar juntos pelo “reino de Deus e sua justiça” (cf. 6,33).

O site da CNBB comenta: Nós devemos ter sempre a convicção de que, se fomos chamados para trabalhar no Reino de Deus, foi Jesus quem nos chamou. Outras pessoas podem até ter participado deste chamado, mas foram instrumentos nas mãos de Jesus para que esse chamado acontecesse. E porque foi Jesus quem nos chamou, é da obra dele que participamos. Não temos o nosso próprio projeto e nem participamos de projetos de outras pessoas, mas na verdade, nos inserimos no projeto do próprio Jesus. Com isso, não realizamos a nossa obra, mas a obra daquele que nos chamou e não agimos pelo nosso próprio poder, mas agimos pelo poder daquele que nos chamou e nos enviou para a realização do seu projeto de amor.

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