15 de junho de 2016 – 11ª semana 4ª feira

Leitura: 2Rs 2,1.4b.6-14

A leitura de hoje nos apresenta a “ascensão de Elias”, um texto que inspirou muitos místicos. Como Javé Deus se move no fogo e na tempestade (cf. Sl 18,11; 50,3; cf. o carro em Ez 1), assim Elias é levado ao céu. De nenhum outro homem (nem mesmo de Henoc, cf. Gn 5,14; Eclo 44,16), o Antigo Testtamentto (AT) descreve como foi arrebatado ao céu. Enquanto o destino dos mortais comuns é descer ao Xeol (submundo) para existir apenas como sombra separada de Javé e dos outros seres vivos (cf. Sl 88; Jô 10; Is 38 etc.), Elias pertence ao mundo divino.

Os orientais viram neste texto um relato transcendental da ascensão da alma. Alguns comentaristas quiseram explicá-lo como uma tempestade de areia, um vento abrasador que sopra do centro da África para o norte e leva o profeta. Outros viram nele indícios de um mito solar (cf. 23,11 e imagens do deus solar com seu carro puxado por cavalos alados) ou o mito da fênix (um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas).

Literariamente, esta bela passagem pertence ao ciclo de Eliseu, ao qual serve de introdução. A Bíblia do Peregrino (p. 664s) comenta a partir do AT: da língua hebraica, da liturgia do templo e dos paralelos de 1Rs 19 e de Moisés e Josué.

  • Antes de tudo, o verbo lqh= tomar, levar para si, arrebatar. Em 1Rs 19,4 o profeta pedia a Deus: “Tira-me a vida” ou leva a minha vida, leva-me; em hebraico qah nafshi. O pedido se cumpre agora. O mesmo verbo, tendo Deus como sujeito, enuncia a libertação em Sl 18,17 e uma salvação final e misteriosa em Sl 49,16 e 73,24.

O verbo hebraico foi traduzido em grego por lambano e em latim por assumere, donde vem o substantivo assumptio, que dá origem ao nosso termo técnico “assunção”. Por outro lado, a subida ou ascensão se exprime no relato com o verbo ‘lh. Deus toma e leva para si o que é seu, a vida do seu profeta, quando quer e onde quer; e não permite interferências humanas.

  • O carro de fogo e o turbilhão são representação poética da teofania. O fogo é elemento da divindade, como Moisés o descobriu no Horeb, na sarça ardente e inacessível. De carros e cavalos nos falam entre outros Sl 18,11 e 104,3.

O desaparecimento de Elias é contado numa tonalidade misteriosa, com um ritmo quase litúrgico… O ritmo quase transforma a viagem numa posição que poderia terminar num sacrifício: Betel – Jericó – o Jordão, passagem do Jordão como rito de passagem, arrebatamento ao céu.

Podemos comparar essa viagem com outra grande viagem do profeta para o Sinai com etapas em Bersabeia, no deserto, na montanha, até a teofania e a ordem de voltar. Desta vez a passagem do rio substitui a passagem pelo deserto, e Deus está no fogo; quanto ao voltar, isso cabe ao sucessor. Também podemos comparar a viagem com uma peregrinação e procissão litúrgica: subida ao monte, passagem pelos átrios; a entrada dos dois escolhidos na nave, ficando os outros de fora; no último reduto, onde o Senhor está presente, só entra o sumo sacerdote. Elias não torna a sair, porque viu o Senhor; Deus o aproxima dele e o profeta sobe no fogo como um sacrifício vivo. Só que tudo acontece em paisagem aberta e quase sem palavras.

Não é que o autor tenha utilizado expressamente um esquema litúrgico para o seu relato; trata-se de uma analogia estrutural baseada em experiência profunda. A liturgia quer exprimir dramaticamente, em ação, o homem se aproximando de Deus, ou a atração misteriosa e irresistível da divindade.

O homem chega sozinho ao último encontro. No começo, os dois encontram grupos de profetas, depois ficam só o mestre e os discípulos, no fim Elias se afasta.

E assim o relato se carrega de significados simbólicos. Porque temos de recordar Moisés e Josué diante do Jordão: Josué passará para viver, Moisés ficará para morrer. Os israelitas poderão ler isso no futuro, pensando na caminhada para o deserto e no retorno, com as figuras proféticas de Jeremias, Ezequiel e Baruc. Ampliando o horizonte, o relato pode simbolizar a morte do justo arrebatado por Deus mesmo que morra nas mãos dos homens violentos. Deles dirá Sb 3,6: “recebeu-os como sacrifício de holocausto”, e : “Deus o levou, o arrebatou” (cf. Sb 4,10).

Quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal (v. 1).

A tempestade e o turbilhão são símbolos clássicos das manifestações de Deus (cf. Esd 29,6; Jr 23,19; 25,32; Ez 1,4; Na 1,3; etc.). Este Guigal, ao norte de Betel, é diferente do Guigal a leste de Jericó (Js 4,19; 10,6; 14,6; 1Sm 11,15). De Guilgal, Elias e Eliseu descem a Betel, depois a Jericó (vv. 2-5).

Tendo chegado a Jericó, Elias disse a Eliseu: “Permanece aqui, porque o Senhor me mandou até ao Jordão”. E ele respondeu: “Pela vida do Senhor e pela tua eu não te deixarei”. E partiram os dois juntos. Então, cinquenta dos filhos dos profetas os seguiram, e ficaram parados, à parte, a certa distância, enquanto eles dois chegaram à beira do Jordão (vv. 4b.6-7).

Os “filhos dos profetas” são discípulos, profetas agrupados em confrarias e vivendo juntos. Eliseu tinha muito contato com eles, ao contrário de Elias, o profeta solitário. Destes grupos de profetas se pode dizer que eram profetas profissionais (cf. 1Rs 18,4.13: “cinquenta”; 20,35; 22,6; 2Rs 2,3.5.7.15-17; Am 7,14; cf. 1Sm 10,5-12; 19,20-24). O número cinquenta tornou-se significativo na entrega do Espírito no dia de Pentecostes (“cinquenta dias” após a Páscoa; cf. At 2,1-4).

Elias tomou então o seu manto, enrolou-o e bateu com ele nas águas, que se dividiram para os dois lados, de modo que ambos passaram a pé enxuto (v. 8).

Habitualmente traduz-se por: tomou (seu manto), mas o verbo hebraico tem, por vezes, o sentido de tirar uma veste (quanto ao fato de que Elias usava o manto, cf. v. 13; 19,13.19). O que era a vara milagrosa de Moisés que partiu o mar (Ex 14,6.16.22), aqui é o manto de Elias o instrumento do poder milagroso do profeta. “Ambos passaram a pé enxuto” como os israelitas nas suas passagens do mar (Ex 14,16.22) e do rio Jordão (Js 3,13-17).

Depois que passaram, Elias disse a Eliseu: “Pede o que queres que eu te faça antes de ser arrebatado da tua presença”. Eliseu disse: “Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito” (v. 9).

Uma “dupla porção”, lit. um bocado de dois. Era a parte da herança atribuída ao filho primogênito (Dt 21,17). De Moisés, Javé Deus tomou parte do espírito e o colocou sobre os setenta anciãos (Nm 11,16s.24-25). Eliseu pede que lhe seja concedido a ser o herdeiro espiritual de Elias. O espírito de Elias, isto é o espírito profético (Is 42,1; 61,1; Ez 2,2; 3,12; etc.; cf. Os 9,7).

Elias respondeu: “Tu pedes uma coisa muito difícil. Se me vires quando me arrebatarem da tua presença, isso te será concedido; caso contrário, isso não te será dado” (v. 10).

Eliseu quer ser reconhecido como o principal herdeiro espiritual de Elias. Mas Elias pessoalmente não pode fazer de Eliseu um profeta (cf. entretanto, 1Rs 19,16.19-21), só pode indicar o sinal que o designará como tal. O pedido é “muito difícil”, pois o espírito profético não se transmite: vem de Deus e é Deus que dará o sinal de que o pedido é atendido, concedendo a Eliseu ver o que é vedado aos olhos humanos (cf. v. 12 e 2Rs 6,17), ver o que está oculto aos homens, uma vez que o profeta é essencialmente um “vidente” (1Sm 9,9; Am 7,12). Os “filhos do profeta” só perceberão o quadro natural do mistério (cf. vv. 15-18).

E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam, um carro de fogo e cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho (v. 11).

Fogo e tempestade são sinais do poder divino: “À sua frente há um fogo que devora, e ao seu redor tempestade violenta” (Sl 50,3; cf. Ex 19,16-20; At 2,1-4). Também “carros e cavalos de fogo” simbolizam o poderio do Senhor (em 6,17 em torno de Eliseu). Arrebatados pela tempestade, transportam Elias ao céu (1 Mc 2,58; Eclo 48,9; cf. Ez 3,14).

O primeiro arrebatado foi Henoc que viveu “365 anos”, número dos dias do ano solar (Gn 5,23s; cf. Eclo 44,16; 49,14; Jd 14-15). Depois da sua morte e ressurreição, Jesus “subiu”, foi “elevado ao céu”, “arrebatado” numa “nuvem” (Lc 24,51; At 1,9-11; cf. Jo 3,13s; 12,32 etc.).

Eliseu o via e gritava: “Meu pai, meu pai, carro de Israel e seu condutor!” Depois, não o viu mais. E, tomando as vestes dele, rasgou-as em duas (v. 12).

Grito de dor de Eliseu no momento de partida definitiva de seu senhor (Eliseu é “filho” de profeta, Elias seu “pai”; cf. v. 7); mesma exclamação na boca de Joás, rei de Israel, no momento da morte de Eliseu (13,14). “Carro e cavalaria (seu condutor) de Israel” significam que a força invencível do povo reside no profeta (cf. 6,17). O profeta é o motor(ista) puxando o povo com a energia de Deus (cf. Aristóteles e S. Tomás de Aquino: Deus é o motor não movido por outra força).

Alguém rasga suas vestes em sinal de luto (Gn 37,34; 2Sm 1,11 etc.) ou ainda em sinal de grande desgraça ou de profunda dor (Gn 37,29; 44,13; Js 7,6 etc.; cf. Mc 14,63p).

Em seguida, apanhou o manto que Elias tinha deixado cair e, voltando sobre seus passos, estacou à margem do Jordão. Tomou então o manto de Elias e bateu com ele nas águas dizendo: “Onde está agora o Deus de Elias?” E bateu nas águas, que se dividiram, para os dois lados, e Eliseu atravessou o rio (vv. 13-14).

Depois do rito de luto (rasgar suas vestes), recolhe o manto do mestre que o fez discípulo (cf. 19,19) e ao recolhê-lo recebe a sua herança; fica “investido” da sua missão.

“Onde está agora o Deus de Elias?” (cf. Jr 2,6-8 e Jô 35,10); o mar dos juncos (ou mar Vermelho) foi dividido pelo vento (Ex 14,21) e pela vara (e mão) de Moisés (Ex 14,6.16.22), o rio Jordão pela arca da aliança (Js 3,14-17) e agora outra vez pelo manto do profeta (v. 8). Não se veja aqui uma repetição da ação, mas apenas um esforço verbal de que também Eliseu realizou o milagre da separação das águas. O manto de Elias, doravante usado por Eliseu, é o sinal da presença de Deus sobre ele.

Em seguida, os filhos dos profetas iniciaram uma busca infrutífera pelo cadáver de Elias (vv. 15-18), mas Elias não é mais deste mundo. O Espírito do Senhor arrebatou o profeta não se sabe para onde (cf. 1Rs 18,12). O texto não diz que Elias não morreu, mas facilmente pode se chegar a esta conclusão.

O fundador do espiritismo brasileiro, Allan Kardec (1804-1869), considerou João Batista uma “reencarnação” de Elias. Para os judeus, porém, Elias não desencarnou, mas foi arrebatado e voltará. Na devoção popular judaica reserva-se uma cadeira vaga na ceia pascal, porque Elias poderia chegar anunciando a vinda do messias (Ml 3,1.23s; Eclo 48,10). Na última hora, Elias era invocado como intercessor (Eclo 48,11; Mc 15,35s). João Batista assume o papel de Elias preparando o povo para a vinda do messias (Ml 3,1.19.23-24; Eclo 48,1-10; Lc 1,17; Mt 17,10-12). João se veste como Elias (Mc 3,6 p; 1Rs 19,19; 2 Rs 1,7; 2,8) e denuncia o rei injusto e influenciado pela sua mulher fatal (cf. Acab e Jezabel em 1Rs 21; Herodes e Herodias em Mc 6,14-29). Por ocasião da transfiguração aparecem ao lado de Jesus, Moisés e Elias (Mc 9,4p), cuja glorificação era celebrada nas tradições bíblicas e extra-bíblicas (a respeito de Moisés, cf. Dt 34,6). Moisés representa a Lei e Elias os profetas. Apesar de não existirem escritos do próprio Elias, ele é considerado o maior dos profetas (junto com João Batista em Mt 11,7-14).

Evangelho: Mt 6,1-6.16-18

O texto do evangelho de hoje é também lido na Quarta-Feira de Cinzas como início da Quaresma. Situa-se no meio do sermão da montanha, no qual o evangelista Mateus compôs palavras de Jesus de maneira bem sistemática. No centro do sermão todo está inserida a oração que Jesus nos ensinou – o “Pai Nosso” (vv. 7-15) – que é omitida na liturgia de hoje, mas será lida amanhã. Ao redor da recomendação sobre a maneira de “orar” (vv. 5-6) estão agrupadas outras: uma antes (“dar esmolas”, vv. 2-4) e outra depois (“jejuar”, vv. 16-18). Rezar, jejuar e dar esmolas são três exercícios espirituais que se praticam no judaísmo e em muitas outras religiões.

O evangelista era judeu que se converteu ao cristianismo; ele nos apresenta o contraste entre a conduta dos “hipócritas nas sinagogas” e a de um verdadeiro cristão (“Tu, porém, …”). Para os judeus, “hipócrita”, não é apenas um homem de piedade fingida e exibicionista, mas também de caráter pervertido e mau, o ímpio.

Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus (v. 1).

A conduta correta é chamada de “justiça”, desde o início do sermão (5,6.10.20). O princípio geral “de não praticar a vossa justiça na frente dos homens” parece contrariar a norma de 5,16: “Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante do homem, para que vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” Mas aquela norma falava de consequência e não de finalidade ou intenção destes três exercícios, e o resultado é o louvor a Deus, não ao homem. A intenção reta deve ser orientada para Deus, assim nossas obras recebem dele uma “recompensa”. Se fizermos os nossos exercícios e as boas obras para Deus, ele vai nos pagar o salário (recompensa).

Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa (vv. 2-4).

A esmola é muito recomendada no AT (cf. Is 58,10; Sl 112,5.9; Pr 3,27; 19,17; Eclo 14,2-19 e o livro de Tb), é um gesto de partilha para com os pobres, um altruísmo, sinal da compaixão que busca a justiça relativizando o egoísmo da posse. Dar esmola para ser elogiado é esvaziá-la de sentido, é servir a si mesmo e, portanto, falsificá-la.

Nossa palavra “esmola” vem do grego eleemosyne, que significa compaixão, misericórdia, piedade (cf. a invocação kyrie eleyson: “Senhor, tende piedade”).

Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa (vv. 5-6).

Na oração, o ser humano volta-se para Deus reconhecendo-o como único absoluto e reconhecendo a si mesmo como criatura dependente dele, relativizando a autossuficiência. Por isso, rezar para ser elogiado pelos homens é colocar a si mesmo no centro, falsificando a oração. Não se trata aqui da oração comunitária que é necessariamente pública; muitos salmos concluem com louvor a Deus “perante a assembleia” (Sl 22,23), mas falam também de orar na cama (Sl 4,5; 77,2-5) e de súplicas de doentes (Sl 6; 38). Jesus fala antes da oração em particular. Deus não está confinado no templo, mas presente em toda parte, embora oculto (Is 45,15; 26,20; 2Rs 4,33; Dn 6,11; Sl 139,2-3).

Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa (vv. 16-18).

Hoje é mais o médico e menos o sacerdote quem fala sobre o jejum e o recomenda. O jejum é bom para valorizar as coisas necessárias, deixar o materialismo e consumismo do lado, abandonar o supérfluo e os vícios, tornar-se mais livre e menos dependente das coisas. Jejuar é privar-se de algo imediato e necessário, a fim de ver perspectivas novas e mais amplas para sua vida (cf. o jejum de Jesus em 4,1-4p e dos discípulos em 9,14-17p; At 13,2). Orientado mais para o lado espiritual, o jejum apoia a oração. Os alimentos e produtos não consumados servem para dar esmolas. Jejuar para aparecer é perder o sentido espiritual. Havia jejuns prescritos e voluntários, públicos por alguma calamidade (Jl 1,14; 2,12) e privados para a súplica (2Sm 12,16). Compare-se se o jejum ritual do dia da expiação (Lv 16,29-31) com a crítica de Is 58,1-7 (cf. Mt 25,31-46).

O site da CNBB comenta: O verdadeiro espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas, sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua dignidade.

Voltar