18 de Janeiro de 2019, Sexta-feira: Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (v. 5).

Leitura: Hb 4,1-5,11

Na leitura de hoje continua a interpretação do Salmo 95 com seus motivos do êxodo (“saída” da escravidão do Egito e caminhada na deserto “durante quarenta anos” até o “repouso” na terra prometida; cf. leitura de ontem).

Tenhamos cuidado, enquanto nos é oferecida a oportunidade de entrar no repouso de Deus, não aconteça que alguém de vós fique para trás. Também nós, como eles, recebemos uma boa-nova. Mas a proclamação da palavra de nada lhes adiantou, por não ter sido acompanhada da fé naqueles que a tinham ouvido, enquanto nós, que acreditamos, entramos no seu repouso. É assim como ele falou: “Por isso jurei na minha ira: jamais entrarão no meu repouso.” (vv. 1-3b).

Deus dá uma “oportunidade” (v. 1) a cada comunidade, a cada ser humano. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (3,7 citando Sl 95,7c). O que importa é o dia de “hoje” (cf. 4,7s), só é hoje que podemos dar um exemplo positivo, é hoje que podemos ter fé e permanecer fieis. Os alcoólicos anônimos (AA) têm a mesma filosofia: conseguirá parar de beber, quem disser a si mesmo: só por hoje não vou beber (e depois dizer a mesma coisa no próximo dia).

“Também nós, como eles, recebemos uma boa-nova”. A “boa-nova” foi a palavra promissora para os israelitas e o “Evangelho (boa nova)” para nós. A sorte dos israelitas condenados a errar pelo deserto constitui uma advertência para os cristãos. “A proclamação da palavra nada lhes adiantou” se não for acompanhada da fé. Ouvir a palavra é uma graça, não acreditar é uma desgraça. “Jamais entrarão no meu repouso” (v. 3; Sl 95,11).

Como antigamente a Terra prometida aos israelitas (cf. Nm 13), agora é o reino de Deus que está diante dos cristãos, ao alcance da mão, com sua paz, sua alegria, suas bem-aventuranças. Ouviram a voz de Cristo: “O reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15p; cf. Hb 4,2). Agora os destinatários cristãos de Hb encontram-se na mesma alternativa: Ou ter fé e “entrar no repouso” ou recusar-se e “ficar para trás”, fora e excluído.

Isso, não obstante as obras de Deus estarem terminadas desde a criação do mundo. Pois, em certos lugares, assim falou do sétimo dia: “E Deus repousou no sétimo dia de todas as suas obras”, e ainda novamente: “Não entrarão no meu repouso” (vv. 3c-5).

Aqui em v. 3c, o autor da carta começa relacionar o repouso prometido de Sl 95 (descanso depois da viagem pelo deserto, viver em paz na terra prometida; cf. Dt 12,9-10) ao descanso de Deus no sábado depois dos seis dias da criação (Gn 2,2s).

O fato de que “as obras de Deus estarem terminadas desde a criação do mundo”, não é garantia de salvação. É preciso “esforçar-se” (v. 11) na fé para não repetir o exemplo de desobediência, ao qual o Sl 95 se refere (Massa e Meriba em Ex 17,1-7; Nm 20,1-13). O sábado é imagem do “mundo futuro” (2,5), da salvação. Não significa ficar parado nem tédio. “Guardar o sábado” (cf. Ex 20,8) não significa ser obrigado a fazer algo, mas “ser livre” de preocupação, não viver ocupado e alienado, mas poder ser livre, pelo menos um dia por semana não ser escravo, mas ser livre (cf. Dt 5,15).

Na época de Jesus, os fariseus inverteram o sentido do sábado, cercando-o de tantos preceitos que parecia mais uma gaiola do que um sinal de liberdade; por ex. proibiram cozinhar (Ex 16,22), caminhar mais de um quilômetro (At 1,12), colher espigas (Mc 2,23s), curar (Mc 3,1-6). Jesus respondeu: “O sábado é para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2,27), “Meu pai ainda trabalha e eu também trabalho” (Jo 5,17; aliás, com esta frase poderia se reconciliar a criação na Bíblia com a teoria da evolução e a existência do mal). Com a ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana (Mt 28,1; Mc 16,1; Lc 24; Jo 20,1.19) e a aparição dele no meio da comunidade outra vez oito dias depois (Jo 20,24), o dia sagrado em que os cristãos se reúnem passou para o domingo (cf. At 20,7). Quase todas as Igreja hoje existentes consideram o domingo o dia sagrado, só a Igreja do sétimo dia (adventistas) e voltou atrás ao sábado (também as Testemunhas de Jeová, mas sua fé não é cristã no sentido pleno, porque não consideram Jesus como ser divino, apenas como primeira criatura).

Para a carta aos Hebreus, o repouso de Deus no sábado é símbolo do paraíso. “Inquieto está meu coração enquanto não repousar em ti”, escreveu santo Agostinho nas suas confissões.

Esforcemo-nos, portanto, por entrar neste repouso, para que ninguém repita o acima referido exemplo de desobediência (v. 11).

A aliança no deserto sempre foi uma referência para os judeus: aí se concentra a lei e a autoridade (Moisés), o sacrifício e o culto (Aarão como primeiro sumo sacerdote). Aqui os cristãos não devem se animar com fé e coragem “para que ninguém repita o acima referido exemplo de desobediência”.

Acreditar nem sempre é fácil, é um dom de Deus, mas a fé também é tarefa nossa (“esforcemo-nos” v. 11), precisa ser aprofundada no estudo da Bíblia, na convivência da comunidade e na caridade (fé professada, celebrada e vivida).

 

Evangelho: Mc 2,1-12

O evangelho de hoje nos apresenta mais uma cura de Jesus e simultaneamente o primeiro entre vários conflitos com as autoridades da Galileia (2,1-3,6; 3,22-30; 7,1-13). Mc já encontrou um relato sobre a cura do paralitico e a mescla com uma controvérsia sobre o perdão dos pecados.

Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra (vv. 1-2).

Os vv. 1-2 são introdução de Mc sintonizando com sua narração anterior. “De novo” (cf. 2,13; 3,1.20; 4,1; 5,21; 7,14.31 etc.) encontramos Jesus em Cafarnaum onde “ele estava em casa” (casa própria? cf. Mt 4,13; 9,1). Mc não esclarece qual era a casa, mas por causa “de novo”, deve ser a casa de Simão Pedro onde Jesus já estava antes (1,29-33) e onde se havia reunida também uma multidão “diante da porta” (1,33). Por causa da sua fama (1,45; cf. 2,25.45; 3,7-8.20; 6,31) “reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar nem mesmo diante da porta” (v. 2a; cf. 3,31-32). Para Mc, é importante que “Jesus anunciava-lhes a palavra” (v. 2b, cf. 1,21-22.38-39; 2,13; 4,1.14-20,33; 6,2,6b.34; 10,1; 12,35.38; cf. 7,13; At 4,29.31; 8,25; 11,29 etc.), não veio apenas para curar (cf. 1,34-39).

Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado (vv. 3-4).

Com sua maneira viva de descrever detalhes, Mc apresenta quatro homens que trouxeram um paralítico, subiram no telhado e abriram um buraco, por onde desceram a cama com o paralitico porque não conseguiam passar pela porta por causa da multidão (vv. 3-4).

É possível que na origem do relato desta cura, o motivo de entrar pelo teto não fosse a multidão que impedia a entrada pela porta, mas a intenção de enganar o demônio que pela tradição era causa da doença. Ele não devia conhecer a entrada regular da casa para não voltar, porque na superstição acredita-se que os demônios entram e saem pelo mesmo lugar. Então Mc desmistifica: “por causa da multidão, abriram então o teto”. Mt 9,8 resume tanto que nem menciona a multidão nem a abertura do teto.

A palavra grega krábbatos indica a cama de uma pessoa pobre (Mt e Lc mudam para kline). A abertura da casa tem dois temos diferentes que nossa tradução litúrgica esconde: (lit.:) “destelharam” o teto … e “cavaram” e desceram a cama. Destelhar é só possível numa casa com telhas cerâmicas no estilo greco-romano (assim muda Lc 5,19), a maioria das casas na Palestina tinha um terraço feito de junco, palha e lama (tipo taipa) onde precisa cavar para abrir. As vezes uma escada subia para o teto.

Não sabemos como Simão Pedro reagiu à danificação de sua casa (cf. Ex 22,1-2; também o exorcismo em 5,11-17 causa grande prejuízo material), mas para Jesus vale este exemplo de “fé daqueles homens” em favor do doente (v. 5)

Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (v. 5).

Geralmente, antes da cura, vem uma palavra de conforto e coragem, por ex.: “Não temas, crê somente” (5,36), ou: “Tua fé te salvou… esteja curada desse mal” (5,34; cf. 10,52). A “fé daqueles homens” é reconhecida; fé no sentido de confiar e abandonar-se sem condições a Jesus.

Mas aqui o relato da cura vai tornar-se controvérsia (vv. 5b-10). No lugar da palavra de cura, ouve-se uma de perdão. Isso é possível, porque, segundo os antigos, a doença era causada pelo pecado (cf. Sl 32; 38; 41; Eclo 38,9s). Para libertar este deficiente físico, Jesus vai direto à raiz que é o pecado invisível que causa os males externos e visíveis (cf. Jo 5,5-14). Os carregadores querem a cura física, Jesus desvia a atenção para o mais importante da sua missão: vencer o pecado com o perdão (cf. o significado do nome Jesus em Mt 1,21): “Filho, teus pecados estão perdoados”.

Não precisa recorrer a um demônio que causa doenças (cf. 1Sm 16,14-23; 2Sm 24,15; Is 37,36; Nm 5,11-31; Jó 2,7), porque Jesus não se dirige ao demônio, mas ao deficiente físico. O termo “filho, menino” indica que o paralítico era jovem (cf. a palavra aos discípulos em 10,24). É só aqui que Jesus absolve pessoalmente uma pessoa dos seus pecados (cf. 3,28; 11,25).

Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: “Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus” (vv. 6-7).

Um indício que Mc inseriu a controvérsia sobre o perdão (vv. 5b-10) neste relato da cura é que só agora menciona “alguns mestres da Lei” (cf. 1,22; em Lc 5,17 já estão na introdução desta cura). Eles pertenciam ao partido dos fariseus (vv. 16.18.25; 3,2,6) que dominavam o culto nas sinagogas da Galileia (outros mestres da lei pertenciam ao partido dos saduceus, à classe alta dos sacerdotes e atuavam mais em Jerusalém, cf. 3,22; 7,1; 11,27; 12,18; 14,1,53; 15,1). Começaram pensar no seu íntimo: “Ele está blasfemando” (v. 7b). Blasfêmia é falar mal (amaldiçoar) das coisas mais sagradas (cf. 3,28s). A pena da blasfêmia era pena de morte, a lapidação (cf. At 7,58; Lv 24,11-16; cf. Nm 15,30). Nota-se que no primeiro conflito com os adversários já se trata da acusação mais grave, mas ainda não falada abertamente. A mesma acusação aparece depois no processo do sinédrio (14,64), a intenção de matar Jesus já em 3,6.

A blasfêmia de Jesus seria arrogar-se um privilégio exclusivo de Deus: “Ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus” (v. 7c), conforme a doutrina judaica (Ex 34,7; Is 43,25; 44,22; Sl 130,4), a unicidade de Deus está no jogo (cf. Dt 6,4 citado em Mc 12,29). Nem ao messias, o judaísmo atribuía o perdão dos pecados, apenas a vitória sobre os poderes demoníacos e preservar o povo do pecado mediante um governo justo. O mesmo vale para o sumo sacerdote messiânico (esperado na comunidade de Qumrã). O perdão dos pecados era mediada apenas via sacrifícios no culto.

Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? O que é mais fácil: dizer ao paralítico: “Os teus pecados estão perdoados”, ou dizer: “Levanta-te, pega a tua cama e anda”? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, – disse ele ao paralítico: – eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” (vv. 8-11).

Jesus, porém, “percebeu logo” os pensamentos deles (cf. 8,16s; 12,15); também penetrar pensamentos é próprio de Deus (1Rs 8,36; Pr 15,11; cf. 1Sm 16,7; Sl 7,10; Jr 11,20; Eclo 43,18s). “O que é mais fácil…?” Aparentemente mais fácil é falar do perdão divino (cujo efeito não se pode verificar na terra) do que curar um paralítico cuja cura pode se observar logo.

Então Jesus cura o paralítico da sua deficiência física, como prova de que ele sim tem o poder de perdoar pecados. Deus não iria atender um blasfemo (cf. Jo 9,15-16.31-33). Pois para “expiar pecados”, o culto oferecia recursos institucionais como sacrifícios no templo (cf. Lv 4), para curar milagrosamente não. A cura externa expressa e revela a interna. Aliás, os mediadores do AT não perdoam pecados, só intercedem pedindo perdão para os outros (cf. Ex 32; Nm 14; 2Sm 12 etc.).

O v. 10 é o elemento mais antigo e a essência da narração e da controvérsia (talvez criada em torno dele, cf. a mudança da pessoa a qual Jesus se dirige em v. 10 e v. 11). Jesus usa aqui e muitas vezes em seguida a expressão “filho do homem” (vv. 10.28; 8,31.38; 9,9.31; 10,33; 13,26; 14,41.62; cf. Mt 8,20/Lc 9,58; Mt 11,19/Lc 7,34) que pode significar simplesmente “ser humano” (hebraico: “filho de Adão”, cf. Sl 8,5; 90,3; Ez 2,1.3.6.8; 3,1 etc.), ou seja a condição humana de Jesus, correlativo de Filho de Deus. Mas aqui Mc não quer dizer que apenas como ser humano se pode perdoar pecados. Jesus representa Deus aqui.

Por outro lado este termo “filho do homem” está associado à figura humana a quem Deus entregará seu reino no final dos tempos (Dn 7,13s), e Jesus anuncia este reino como próximo (1,15). Jesus se identifica com esta expressão “filho do homem”; não podia ser acusado e preso por ser apenas um ser humano, nem ser mal-entendido como messias guerreiro nacionalista (o filho do homem em Dn 7,13s é mais universal e espiritual).

Em nenhum momento, porém, a tradição judaica relacionou o perdão dos pecados ao “Filho do homem”, mas lhe atribuiu o juízo final (no escrito apócrifo Henoc; cf. Mt 25,31-46). A comunidade cristã sabe que o perdão dos pecados se deve à morte de Jesus (cf. 10,45p; 1Cor 15,3). Para ela, este Filho do Homem tem poder de julgar e de perdoar os pecados já aqui na terra.

O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim” (v. 12).

A cura torna-se argumento positivo da afirmação anterior. Mc termina conforme o gênero literário: a cura é demonstrada pelo paralítico “carregando a sua cama”, libertado da doença e do pecado ele vai à casa como Jesus ordenou em v. 11 (cf. 5,19). E a cena termina com “todos admirados” (lit. extasiados, fora de si) e louvando a Deus, dizendo “Nunca vimos uma coisa assim” (v. 12; cf. a reação em 5,42; 6,51).

Depois das curas, Mc costuma acrescentar uma ordem de silêncio (1,24.34.44s etc.) Aqui e em v. 28 não o fez, porque se trata de controvérsias e os adversários não iam obedecer mesmo. Mc tem o segredo do messias/filho de Deus, mas Jesus usa abertamente o título “filho do homem”.

Pode se reclamar que na evolução desta narração em Mc a compaixão original de Jesus para com o doente é substituída pelo interesse no poder do filho do homem? Mas a cura continua significativa. O homem inteiro deve ser curado/salvo: o corpo, da doença e o espírito, do pecado.

Obs.: Podemos relacionar esta cura (com a qual inicia a polêmica dos fariseus em Mc) com o batismo de crianças e o sacramento de confissão: A maioria de nós foi batizada ainda criança pequena. Quatro pessoas nos carregaram para o encontro de Jesus: os pais e os padrinhos. No relato, Jesus reconheceu a fé destas quatro pessoas e perdoou o pecado deste “filho”. Pelo batismo, a criança é chamada “filho/filha de Deus” e seu pecado original é perdoado (pecado individual ainda não tem), reconhecendo a fé dos pais e padrinhos. Já o apóstolo Paulo não só batizava indivíduos adultos, mas famílias inteiras (cf. At 16,15.31-34; cf. Pedro em 10,26.48). A paralisia expressa a situação do pecador. O pecado escraviza, tira a liberdade de se movimentar (cf. Gl 5,1.13; Rm 7,14ss; 8,14-15). O perdão liberta, devolve a liberdade de ir e vir.

O protestante alemão Martinho Lutero iniciou sua reforma em 1517; tirou a confissão sacramental e as indulgências abusivas pela ganância do clero daquela época. O Concílio de Trento (1545-1563) reagiu e corrigiu certos abusos, mas insistiu no poder dos padres de perdoar pecados. Não é privilégio exclusivo de Deus ou de Jesus, porque Jesus passou esta autoridade para os apóstolos e Pedro (cf. Mt 16,19; 18,18; Jo 20,23), que passaram a mesma autoridade para seus sucessores, que são os bispos católicos, estes autorizam os padres. No sacramento da confissão, o pecador arrependido não precisa duvidar mais, se Deus já o perdoou ou não. Com a absolvição dos pecados, pronunciada por um ministro autorizado (ordenado), ele pode ter a mesma certeza: “Filho, teus pecados estão perdoados.”

O site da CNBB resume: As pessoas do tempo de Jesus têm muita dificuldade para acreditar que ele tenha poder de perdoar pecados. Isso acontece porque perdoar pecados é algo que compete unicamente a Deus, e as pessoas da época de Jesus, principalmente as autoridades religiosas, não o reconheceram como o Filho de Deus. Hoje em dia, porém, vemos acontecer o contrário. Parece que o perdão dos pecados é algo tão “comum” que a maioria das pessoas não valoriza mais isso como algo excepcional que Deus realiza em nossas vidas, vulgarizando a graça sacramental e não dando o devido valor ao Sacramento da Reconciliação.

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