2 de Agosto 2019, Sexta-feira: Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família! ” (v. 57b).

17ª Semana do Tempo Comum 

Leitura: Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37

Na legislação do Sinai incluíram-se muitas leis e preceitos posteriores, um procedimento de regulamentos e determinações como se hoje anexa às leis. Na Bíblia, porém, foram anexados sem caracterizá-los como tais. O livro de Levítico provém do nome Levi, a tribo de Israel a qual pertencem Moisés e Aarão (Ex 2,1-10; 6,16-20; cf. 32,26-28) e que foi escolhida para exercer a função sacerdotal no meio do povo (Nm 1,48s). Embora situado logo após o êxodo e atribuído a Moisés, Lv foi escrito depois do exílio babilônico. A volta do exílio foi entendida como um novo êxodo, uma nova libertação que há de se celebrar. Lv contém textos sobre a realização de rituais para os sacrifícios, para consagração dos sacerdotes e critérios para distinguir o puro do impuro. O livro é desenvolvido a partir da Lei da Santidade (Lv 17-26) na qual pertencem as partes mais antigas do livro (e as leituras de hoje e amanhã).

Após as condições morais (cap. 18-20) e rituais (cap. 21-22) dos sacrifícios, o cap. 23 define o ciclo litúrgico. A leitura de hoje apresenta boa parte deste calendário de festas. Determina-se como se deve celebrar estas festas. O motivo é ação de graças pela colheita que Deus proporciona. Diferente de Dt 16, não se fala aqui do significado na história da salvação (supõe-se conhecido), mas recorda seu ritual, do duplo ponto de vista dos sacrifícios e das suspensões do trabalho.

O Senhor falou a Moisés, dizendo: “São estas as solenidades do Senhor em que convocareis santas assembleias no devido tempo”: (vv. 1.4)

A versão sacerdotal do calendário litúrgico faz companhia a textos análogos: Ex 23,14-17; 34,18-23; Dt 16; Ez 45,18-25. O autor quer fixar, com precisão de mês e dia o ciclo das festas atuais, com uma visão de rigor urbano sem desmentir o fundo agrário das festas. Porque estas festas religiosas são a sacralização de festas agrárias no ciclo das estações. Nem todas as festas se sacralizam: p.ex. desmamar o menino no terceiro ano (Gn 21,8) é simples festa de família com convidados; o mesmo vale para festa de tosquia, que é uma colheita de pastor de ovelhas (1Sm 25).

Na leitura seletiva de hoje, seis festas são mencionadas: a páscoa (vv. 4-5), os pães ázimos (vv. 6-8), as primícias (primeiros feixes da colheita, vv. 9-11), a festa das semanas (pentecostes, vv. 15-16), o dia do perdão (yom kippur, dia da expiação, v. 27; cf. cap. 16) e a festa das tendas (vv. 34-36). O cap. 23 fala ainda do sábado (vv. 3-4) e do ano novo (ou primeiro dia do sétimo mês, vv. 23-25). Atravessando toda esta série (vv. 4-36), registra sete sábados solenes: uma espécie de super-sábado (vv. 7.8.21.25.28.35.36). Nossa liturgia omitiu os vv. 2-3 que falam do sétimo dia, do sábado (cf. Ex 20,8-11 e comentário de 6ª-feira da 16ª semana).

No dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, é a Páscoa do Senhor. No dia quinze do mesmo mês é a festa dos ázimos, em honra do Senhor. Durante sete dias comereis pães ázimos (vv. 5-6).

As duas festas (cf. Ex 12) são unidas e se seguem em datas marcadas, como em Nm 28,16-25. Parecem, à primeira vista, ainda mais estreitamente unidas em Dt 16,1-8; mas o texto é compósito. Estas brevíssimas indicações devem ser completadas com as descrições de Ex 12 e Nm 9. O autor insiste nos ázimos, e não menciona o cordeiro pascal!

No primeiro dia tereis uma santa assembleia, não fareis nenhum trabalho servil; oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo durante sete dias. No sétimo dia haverá uma santa assembleia, e não fareis também nenhum trabalho servil” (vv. 7-8).

A festa é um corte no tempo, reservando dias especiais (cf. Eclo 33,7-15). Interrompem o curso do trabalho e parcialmente da produtividade utilitária (cf. Ex 5,8); dedicam um tempo a celebração comunitária gozosa; separam um tempo dedicado a honrar a divindade. Em Israel e em outros povos se supõem que as festas foram instituídas pela divindade: o calendário chega a ser sagrado.

Como não falam de peregrinação, podemos supor que a celebração de várias festas era local; também para os judeus da diáspora. Mas desde a reforma religiosa do rei Josias (640-609 a.C.; cf. 2Rs 23) os sacrifícios teriam que ser oferecidos no templo em Jerusalém (cf. Dt 12).

O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiveres entrado na terra que vos darei, e tiverdes feito a colheita, levareis ao sacerdote um feixe de espigas como primeiros frutos da vossa colheita. O sacerdote elevará este feixe de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: e fará isto no dia seguinte ao sábado (vv. 9-11).

Entre os ázimos e a “festa das semanas” (v. 15) a lei de santidade introduz, em seu lugar na sequência do ano agrícola, uma oferenda do primeiro feixe (da ceifa da cevada); é uma nova formulação da antiga oferenda das “primícias” (Ex 23,19; 34,26). O cordeiro do v. 12 (omitido pela leitura de hoje) não é o cordeiro pascal que a família come. Este cordeiro é holocausto (queimado inteiro) oferecido depois do sábado, ao começar outra semana.

A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o feixe de espigas para ser apresentado, contareis sete semanas completas. Contareis cinquenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta” (vv. 15-16).

É a “festa das semanas” (sete semanas: 7×7 = 49 dias) ou “Pentecostes”, palavra grega que significa “quinquagésimo” (dia) após a páscoa. Na festa das semanas se oferece as primícias do trigo (Ex 34,22). O autor atribui grande densidade litúrgica a esta festa com abundância de sacrifícios de várias espécies, oferendas e libações (vv. 17-20 omitidos pela nossa liturgia, também os vv. 23-25 sobre o primeiro dia do sétimo mês).

O décimo dia do sétimo mês é o dia da Expiação. Nele tereis uma santa assembleia, jejuareis e oferecereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo (v. 27).

É o Yom kippur (dia da expiação ou dia do perdão), dia mais sagrado para os judeus atuais (vv. 27-32; o capítulo 16 é o centro de Lv e trata do ritual neste dia). Os vv. 29-30 (omitidos pela nossa liturgia) declaram a pena de morte para quem trabalhar ou não jejuar “desde o entardecer do dia nove até o entardecer do dia 10”.

No dia quinze deste sétimo mês, começa a festa das Tendas, que dura sete dias, em honra do Senhor. No primeiro dia haverá uma santa assembleia e não fareis nenhum trabalho servil. Durante sete dias oferecereis ao Senhor sacrifícios pelo fogo. No oitavo dia tereis uma santa assembleia, e oferecereis ao Senhor um sacrifício pelo fogo. É dia de reunião festiva: não fareis nenhum trabalho servil (vv. 34b-36; cf. vv. 39-43).

Esta é a festa agrária mais jubilosa, a festa da colheita da uva. A historização (v. 43), como lembrança da caminhada dos israelitas pelo deserto morando em “tendas” (cabanas), é artificial, pois no deserto não teriam à disposição ramos de árvores abundantes para montar suas cabanas. Na época de Jesus e dos rabinos, os sacerdotes tiravam água da piscina de Siloé em todos os sete dias da festa (cf. a palavra de Jesus no último dia da festa: Jo 7,2.37-39; cf. 9, 7).

Estas são as solenidades do Senhor, nas quais convocareis santas assembleias para oferecer ao Senhor sacrifícios pelo fogo, holocaustos e oblações, vítimas e libações, cada qual no dia prescrito” (v. 37).

A Nova Bíblia Pastoral (p.144s) comenta: Para os camponeses, a lua nova (ou neomênia) anunciava o agir dos deuses da fertilidade dos campos, da família e dos animais, marcando os sagrados ciclos de chuva, do plantio e da colheita, do descanso e da celebração da vida (cf. Jz 9,27; 21,19; 1Sm 1,3; 20,4.24). Na monarquia, estas festas são gradativamente vinculadas ao Javé oficial e incluídas nos sistemas de legitimação e coleta de tributos (Is 1,13-14; Os 2,13; 5,7; Am 8,5). Aqui, nesta lei pós-exílica, reforçam a unidade nacional centrada no Templo do Deus único e na história oficial (v. 43; cf. 26,42). Ritualizando a festa das primícias (vv. 9-14; cf. Ex 23,19; 34,26; Dt 26,1-11) e concentrado a festa das tendas na colheita da uva e azeitona (v. 40; Dt 16,13), aumentam a coleta de tributos para o Templo e para a Pérsia (cf. Ne 10,33-40; Ez 46,1-24).

 

Evangelho: Mt 13,54-58

Depois do terceiro discurso (as parábolas do cap. 13) de Jesus em Mt, o evangelista retoma a narrativa, contando a retirada sucessiva de Jesus de Israel e o crescimento da fé dos discípulos enquanto o povo não entende e os adversários endurecem.

Dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados (v. 54a).

Jesus se afasta do lago de Genesaré (cf. 13,1-2) e vai ao interior, “sua terra”. Mt copiou este relato de Mc 6,1-6; ele tirou o nome do lugarejo “Nazaré”, mas acrescentou que Jesus ensinava na sinagoga “deles”, este detalhe (omitido em nossa liturgia) indica que Mt e seus ouvintes já não fazem mais parte da comunidade judaica. Em Mt (e Mc), é a última vez que Jesus entra numa sinagoga (cf. depois da cura na sinagoga “deles” em 12,9-14, os fariseus tramaram contra ele).

Como em Mc, esta narrativa, na qual Jesus enfrenta a inesperada reação negativa dos seus conterrâneos, está em continuação com 12,46-50 (os verdadeiros familiares de Jesus; cf. Mc 3,20s.31-35; 6,1-6). Em Mt 2,23, José com Maria e o menino Jesus “foi morar numa cidade chamada Nazaré”, mas só depois da volta do Egito; antes moravam numa casa em Belém (cf. 1,24; 2,1.11.21-23). Jesus tinha deixado Nazaré (cf. Mc 1,9) em 4,13 para morar em Cafarnaum, a beira-mar.

O ensinamento de Jesus na sinagoga acontece provavelmente no culto, depois de ler uma leitura bíblica (mais detalhado, Lc 4,16-21 especifica; cf. At 13,14-16; Mc 1,21 e 6,2: ”no sábado”). O povo conhece de ouvido as curas nas cidades da Galileia (cf. 11,21.23) e talvez de vista, mas se nega a tirar as consequências. A “admiração” assustada dos nazarenos lembra a reação do povo depois do sermão da montanha (7,28; 22,33).

E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso? ” E ficaram escandalizados por causa dele (vv. 54b-57a).

Os conterrâneos “ficavam admirados” (v. 54a), mas não chegam a ter fé, ao contrário “ficaram escandalizados” (v. 57a). O “escândalo” não é um mau exemplo nem um fato revoltante, mas na língua grega, um obstáculo, uma armadilha, uma pedra de tropeço que faz cair (cf. Is 8,14-15; 28,16; Rm 9,33; 1Pd 2,8). Em Mt é claramente uma reação negativa (cf. 11,6; 13,41; 15,12).

Para o povo de Nazaré, o empecilho para a fé é a humildade da encarnação: Deus feito homem, situado num contexto social. A imagem que os conterrâneos têm do messias-profeta não é compatível com os antecedentes familiares e profissionais de Jesus. Nazaré é um lugarejo sem importância (cf. Jo 1,46; cf. 8,41s). “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?… De onde lhe vem tudo isso?…? (vv. 54.56). Vem de Deus (cf. Sb 8,1; Is 11,1-2; Eclo 3,96-10) ou do diabo, como diziam os fariseus (9,34; 12,24; cf. Tg 3,15)?

“Não é ele o filho do carpinteiro? ”. Em Mc 6,3, o próprio Jesus é o carpinteiro. Porque Mt mudou, identificando Jesus como “filho” do carpinteiro? Não se sabe bem. Pode ser o costume judaico de mencionar a profissão do pai. Certamente não é vergonha do trabalho braçal, porque os rabinos costumavam exercer uma profissão além de ensinar (Paulo que era doutor da lei fabricou tendas; cf. At 18,3). Pode ser uma referência a José (que nunca é mencionado no evangelho de Mc!), o pai adotivo que Mt destaca na história da infância de Jesus (caps. 1-2). Aqui, como em Mc, a falta do nome do pai indica que José já era falecido.

Jesus não estudou numa faculdade de teologia ou de direito em Jerusalém nem em outra universidade. Suas “mãos” (Mc 6,2) são de artesão, agora realizam milagres de cura? Ben Sirac comenta: “Aquele que está livre de atividades torna-se sábio. Como poderá torna-se sábio aquele que maneja o arado, … o carpinteiro… o construtor… o ferreiro, …  O oleiro? “ (Eclo 38,24-39,11). O rei Messias, o filho de Deus sujando as mãos com o trabalho braçal? Mas deste modo, Jesus dignificou o trabalho, não como fardo para escravos (negação do ócio, neg-ócio), mas como atividade humana, colaboração na criação e edificação da sociedade. “Carpinteiro”, a palavra grega tekno pode designar um operário com madeira ou com pedra ou metal; é possível pensar num construtor de casas.

“Sua mãe não se chama Maria e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? ” (vv. 55-56). Mt usa aqui o nome na forma semítica Mariam (cf. Miriam em Ex 15,21; Nm 12,12). Como já contou a concepção virginal em 1,18-25, não precisa mais da expressão “filho de Maria” com a qual Mc podia ter aludido ao nascimento virginal de Jesus.

Os nomes dos irmãos são patriarcais. A expressão “irmãos e irmãs de Jesus” é interpretada de maneira diferente pelos católicos (“apenas parentes”) e pelos protestantes (“outros filhos de Maria”). S. Jerônimo identifica os irmãos Tiago e José com aqueles filhos de uma das Marias que estavam no túmulo (27,56). Na Igreja Ortodoxa existe a tese de filhos de José, viúvo de um primeiro casamento (cf. o escrito apócrifo Proto-evangelho de Tiago 8,3; 9,2; 17,1s).

A Tradução Ecumênica da Bíblia (p.1882) deixa valer ambas as opiniões: Na Bíblia, como ainda hoje no Oriente, a palavra irmãos pode designar tanto os filhos da mesma mãe, como parentes próximos (cf. Gn 13,8; 14,16; 29,15; Lv 10,4; 1Cr 23,22).

A própria Bíblia não decide a questão (não está escrito se Maria teve só um filho ou mais), mais é tradição da Igreja desde os primeiros séculos que Maria não teve outros filhos além de Jesus. A Igreja Católica considera como revelação divina não só a Bíblia, mas também a tradição da Igreja. O que reforça a posição da Igreja Católica é a entrega da mãe ao discípulo amado (Jo 19,26-27): Se tivessem outros filhos de Maria, não precisava entregá-la aos cuidados de um discípulo.

Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família! ” (v. 57b).

A resposta de Jesus (cf. a confissão de Jr 11,18-12,6) lamenta a falta de estima de um profeta. Em Mt, “profeta” ainda não é título apropriado de Jesus (cf. 16,14; 21,11.46). A rejeição de Jesus se repetirá em Jerusalém na condenação do sinédrio (tribunal supremo; cf. 26, 68; Mc 14,65) e também na travessia da evangelização dos judeus para os pagãos (cf. At 13,44-52; 18,5-6). Lc 4,22-30 coloca o motivo da rejeição em Nazaré também na abertura da salvação aos pagãos. Os círculos de família, classe social e nação tendem a fechar-se. O amor de Deus, porém, não é individualista, classista, nacionalista, mas universal. É preciso abrir mão de privilégios e pré-conceitos produzidos nestes círculos. O evangelho de Mt mostra a retirada sucessiva de Israel e a abertura final aos pagãos (cf. 10,5-6; 20,19-20).

Em Mt, é a segunda vez que se descreve Jesus numa sinagoga. Na primeira vez, terminou com a resolução dos fariseus de acabar com ele (cf. 12,9-14). Os nazarenos antecipam aqui, o que o povo todo fará mais tarde. Ainda ouve Jesus, mas irá rejeitá-lo (27,25). Em Mt, a falta de fé dos nazarenos é uma decisão sobre salvação ou condenação.

Jesus não fez ali muitos milagres porque eles não tinham fé (v. 58).

Em Mt, a própria família de Jesus não participa da falta de fé dos conterrâneos (em Jo 7,5, os irmãos não acreditam, a mãe sim, cf. 2,3-5; 19,25-27); José e Maria tinham demonstrado uma fé exemplar, dizendo sim à encarnação (1,24; Lc 1,38). A fé é graça, dom de Deus, mas é também nossa tarefa; não devemos descuidar nem perder a fé, mas aceitar e guardá-la, aumentar, aprofundar, compreender, comunicar e praticar esta fé.

O site da CNBB comenta: Nosso olhar está sempre voltado para as realidades aparentes e, normalmente, estas realidades se sobrepõem diante do que é invisível aos nossos olhos. É o caso do Evangelho de hoje, que nos mostra que as pessoas estavam com os olhos fixos nas aparências de Jesus, na sua origem, na sua família e na sua profissão, não sendo capazes de enxergar além e ver nele aquilo que as suas obras tornavam manifesto que é a sua divindade. O resultado disso tudo é que as pessoas do tempo de Jesus não foram capazes de reconhecê-lo na sua totalidade, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Tudo isso aconteceu por causa da dureza de seus corações.

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