22 de Junho 2019, Sábado: Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro (v. 24).

11ª Semana Comum 

Leitura: 2Cor 12,1-10

De 11,16 a 12,13 ouvimos o discurso de bobo que Paulo está bancando. Na verdade, a sua “loucura” ou “insensatez” (11,1.16.17.19.21.23; 12,11) não é loucura (11,16; 12,6), é seu amor e ciúme (cf. 11,2-3) pela comunidade que podem deixar sua razão em segundo plano. Ele está num dilema: sabe que todo bem vem de Deus (4,7; 5,18) e por isso todo autoelogio está errado. Por outro lado, ele precisa competir com seus adversários usando os mesmos meios, isto é, apresentar suas próprias vantagens.

Será que é preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, passarei a falar das visões e revelações do Senhor (v. 1).

Em 11,18-30 (leitura de ontem), Paulo se gloriou “segundo a carne” (sua raça judia), dos seus trabalhos e sofrimentos. Na leitura de hoje se gloria ainda das suas revelações (12,1-5). Essa experiência extraordinária talvez seja a base de toda a vida missionária de Paulo. Deve ter acontecido no ano 42, na Síria ou na Cilícia (cf. At 11,25), cinco anos depois da conversão (ou fala da própria conversão, cf. Gl 1,15-16)? Paulo distingue o acontecimento no caminho a Damasco, “aparição” do ressuscitado (1Cor 9,1; 15,8), das “visões e revelações” que teve depois (At 16,9; 18,9; 27,24).

Trata-se de experiência espiritual, em que o apóstolo contemplou a transcendência divina, que nenhuma palavra humana jamais poderá descrever.

Conheço um homem, unido a Cristo, que, há quatorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu. Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo, eu não o sei, só Deus sabe. Sei que esse homem – se com o corpo ou sem o corpo, não sei, Deus o sabe – foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que nenhum homem consegue pronunciar (vv. 2-4).

Outra vez Paulo se distancia de sua experiência, ao atribuí-la a um terceiro anônimo a quem chama (lit.) “homem em Cristo” (pode se traduzir simplesmente por “cristão”). Ao invés, identifica-se depois na primeira pessoa com o fraco que padece (vv. 7-10; o v. 6 serve de transição).

É importante fixar a atenção sobre o contraste proposital de visões e fraquezas. Das visões pode afirmar o fato e dizer algo sobre a experiência anormal ou supranormal; nada pode dizer de exato sobre o conteúdo, que considera inefável: “foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que nenhum homem consegue pronunciar” (v. 4). Podemos chamar essa experiência de êxtase, fenômeno místico em sentido próprio. Assim Paulo encabeça uma longa série de místicos cristãos. Então o silêncio de Paulo contrasta por um lado com a torrencial série precedente (profetas do AT), por outro lado com a abundância de escritores místicos reconhecidos em nossa tradição cristã (é notável o alto número de mulheres nessa ilustre série). Por que Paulo não é mais explícito? Não terá passado por suas cartas algo ou muitas das visões, traduzindo em símbolos? Se é assim teremos de consultar nossos místicos para compreender Paulo.

Quanto à linguagem, Paulo utiliza as concepções da época. “Foi arrebatado até ao terceiro céu”, imagina três céus sobrepostos (v. 2): a atmosfera ou céu das aves (Sl 8), o céu onde se movem os astros (Dt 4,19), o céu sede da divindade (Sl 115,3.16; Is 61,1). Outros autores falam de sete céus (ex. Maomé). O “arrebatamento” (v. 2) é, com outro verbo, apenas semelhante ao de Henoc e Elias (Gn 5,24; 2Rs 1; cf. At 8,39; 1Ts 4,17; Ap 12,5); o de Paulo é um “arrebatamento” em vida, que parece antecipação do traslado final (cf. Sl 49,16). “Paraíso” é outra representação do céu como lugar primordial de felicidade e companhia com Deus (Gn 2-3; Ez 28,13-15; Lc 23,43; Ap 2,7). A escatologia (doutrina das últimas coisas) é simétrica da protologia (doutrina das primeiras coisas).

Quanto ao corpo, diz que “ouviu palavras” (em que idioma?); não sabe se foi com os sentidos corporais ou outros sentidos. Como existe o rico antecedente das visões explicadas e comunicadas de Ezequiel e Daniel, a reticência de Paulo significa um distanciamento, um contraste quase polêmico. Ele não vai escrever um livro como Daniel (certo João escreverá depois de Paulo, um livro de visões que chamamos Apocalipse). Mas conhecemos o resultado: as visões marcam Paulo definitivamente, eles conferem uma visão e um dinamismo superiores e permanentes. Aqui se contenta em mencionar o fato; em outra ocasião, dizia que preferia poucas palavras com sentido articulado a línguas misteriosas (1Cor 14).

Quanto a esse homem eu me gloriarei, mas, quanto a mim mesmo, eu não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. No entanto, se eu quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a verdade. Mas evito gloriar-me, para que ninguém faça de mim uma ideia superior àquilo que vê em mim ou que ouve de mim (vv. 5-6).

Paulo fala a “verdade” (v. 6), mas só “se gloria” para comparar-se aos adversários no próprio terreno deles (11,21-23) e desarmar aqueles que o difamam (11,5-12; 12,11-18). Mas ele o faz a contragosto (12,11). O verdadeiro título de glória, Paulo o encontra na sua “fraqueza” (11,30; 12,5.9), pois nela se manifesta com mais evidência a força de Cristo (12,9), mostrando que o poder extraordinário que age pelo apóstolo não vem deste, mas de Deus (cf. 4,7).  Paulo expressa aqui um pudor de sua intimidade espiritual em forte contraste com suas declarações sobre sua atividade apostólica. Um diário espiritual, espécie de autobiografia intima, é um gênero que nem Paulo nem outros autores do NT cultivaram. Para eles, “viver é Cristo” (Fl 1,21; cf. Gl 2,20).

E para que a extraordinária grandeza das revelações não me ensoberbecesse, foi espetado na minha carne um espinho, que é como um anjo de Satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não me exalte demais (v. 7).

Não se sabe ao certo ao que Paulo se refere quando fala de “espinho na carne”. Trata-se talvez de alguma doença que multiplica as dificuldades de sua vida apostólica, talvez uma moléstia com acessos penosos e imprevisíveis, talvez a resistência dos israelitas, os irmãos de Paulo segundo a carne, à fé cristã (Rm 9,2-5); pode-se comparar com os “espinhos e escorpiões” de Ezequiel (Ez 2,6). Atribui-se a doença a (um anjo de) satanás como em Jó 1-2, ou seriam os obstáculos que satanás opõe a pregação do evangelho (1Ts 2,18).

A esse propósito, roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim. Mas ele disse-me: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”. Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. Eis porque eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor a Cristo (vv. 9-10a).

Jesus garante no sermão da montanha: “Pedi e recebereis” (Mt 7,12). Mas o que pedimos, ou o que deveríamos pedir? “Não sabemos pedir como convém” (cf. Rm 8,26). Devemos pedir pelo reino e pela realização da vontade do Pai (Mt 6,10) ou em nome (sintonia com a pessoa) de Jesus (Jo 14, 13; 15,7.16; 16,23-26). Temos aqui um belo exemplo de pedido não atendido, ou seja, atendido obliquamente. Deus não reduz a carga, mas duplica as forças para levá-las: ver a súplica de Jeremias e a resposta de Deus (Jr 15,10-21). Assim Paulo aprende um princípio da transcendência: Deus demonstra seu poder usando instrumentos fracos; a fraqueza é o terreno em que a força de Deus age e se manifesta (ex. em Gedeão, cf. Jz 6,14-16 e 7,2-7). A idéia, se não a formula, é corrente nos salmos de súplica.

Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte (v. 10b).

Paulo reforça o ensinamento com um paradoxo lapidar. É na sua fraqueza que se manifesta a força de Deus.

Evangelho: Mt 6,24-34

No sermão da montanha, Jesus se dirige ao povo e aos discípulos (cf. 5,1s; 7,28), e no evangelho de ontem e hoje, fala sobre os bens materiais e a preocupação certa. O evangelista Mt juntou material de uma coleção catequética chamada Q, que se perdeu na história, mas deixa-se restaurar porque Lc também a usou (cf. Lc 16,13; 12,22-31).

Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro (v. 24).

A experiência mostra que é difícil servir a dois senhores sem entrar em conflito. O dinheiro aqui é personificado e seu serviço torna-se idolatria (cf. Ex 20,3-5: não servir a outros deuses).  Mt escreve em grego, mas usa aqui uma palavra aramaica: mamon. Este termo pode ter provindo da ideia de um deposito confiado, abastecimento, propriedade e depois significar o Dinheiro como uma potência que escraviza o mundo a si (cf. Lc 16,9.11.13), o deus do dinheiro, da cobiça: rival inconciliável do Deus verdadeiro que é doador e generoso (Sl 21,5; 37,4; 136,25 etc.) e ensina a dar. “A cobiça é idolatria”, diz Cl 3,5. O cobiçoso não possui, mas é possuído por seus bens e suas ânsias.

Depois desta sentença, Jesus ensina no estilo sapiencial (cf. Ecl) sobre a preocupação certa (o Reino de Deus, v. 33) e a errada/exagerada:

Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? (v. 25).

Exatamente para viver é preciso de alimentos e roupas, mas a preocupação exagerada e consumista faz esquecer o mais essencial (vida, corpo). Já Ben Sirac denunciava essa preocupação “que acaba com a saúde” (Eclo 31,1-2; cf. Lc 12,16-21).  

Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? (vv. 26-27).

Jesus justifica sua despreocupação material com a observação da natureza: Os pássaros não são exemplos a imitar, mas testemunham a providência de Deus. A palavra grega em v. 27 pode significa “duração de vida” ou “altura do corpo”. No judaísmo, acreditava-se que a altura de Adão foi diminuída pelo pecado original. Ao desejo de ser o maior entre os discípulos, Jesus opôs uma criança (cf. Mc 9,33-37p). Nenhum homem pode mudar a medida, o limite que Deus lhe determinou. O pessimismo deste v. 27 contrasta com o otimismo da comparação com pássaros e lírios.

E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? (vv. 28-30).

A palavra grega para lírios (cf. Os 14,6) designava também várias flores do campo: margarida, asfódelo etc.; as imagens tiradas da natureza, embora a serviço do ensinamento, revelam algo da sensibilidade contemplativa de Jesus que prolonga textos do AT (p. ex. Sl 36,7; 104,27-28; sobre Salomão, cf. 1Rs 10). A erva e a flor do campo são símbolos de que a vida humana é passageira, enquanto “a palavra de nosso Deus subsiste para sempre” (Is 6,6-8; citado por 1Pd 1,24s; cf. Tg 1,10s; Is 51,12; Sl 37,2; 90,5; 103,15s).

Portanto, não vos preocupeis, dizendo: O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso (vv. 31-32).

É típico de uma mentalidade pagã (v. 32) um afã excessivo de segurança e a falta de confiança em Deus: “gente de pouca fé” (expressão predileta do evangelista: 8,26; 14,31; 16,8; 17,20; cf. Lc 12,28).

Jesus não faz um apelo à incúria, mas à confiança que se exprime na oração (no Pai-nosso pelo pão de cada dia: 6,11; cf. 7,7-11; Fl 4,6), dirigida a Deus Pai celeste, que livra das preocupações exageradas (16,5-12; cf. 1Pd 5,7; Mc 13,15).

Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo (v. 33).

Em vez de se perder em preocupações superficiais e banais, Jesus recomenda a concentração nos valores do reino e a confiança em Deus Pai. Os dois correlativos devem ser entendidos ligados, para não excluir a previsão econômica razoável. “O reinado de Deus e sua justiça” buscam também uma ordem justa entre os homens, a busca pelo reino não é só esperar passivamente, mas praticar a justiça como o sermão da montanha ensina (cf. 3,14; 4,17; 5,20). O reino e a justiça correspondem ao segundo e terceiro pedido do Pai-Nosso (6,10) e às ações de Deus e do homem. Deus estabelecerá seu reino e desde já, quase “por acréscimo”, dará alimento e roupa aos seus filhos (discípulos). A aquisição de bens necessários para viver se torna ansiedade contínua e pesada, se não for precedida pela busca da justiça do reino, isto é, a promoção de relações de partilha e fraternidade. O necessário para a vida virá junto com essa justiça, como fruto natural de uma árvore boa (em acréscimo).

O texto é paradoxal: Sob uma superfície agradável circula uma exigência dramática. Jesus não ensina a despreocupar-se com nada, mas a mudar o objeto da preocupação. De fato, se o afã humano buscasse o autêntico reinado de Deus, seguir-se-ia um tranquilo e simples bem-estar. Ideal que não poucos cristãos viveram.

Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas (v. 34).

O que foi traduzido “dia de amanhã” pode significar também o futuro em geral (cf. Gn 30,33; Ex 13,14; Js 4,6). Os “problemas” designam também maldades, mas em geral dificuldades e fadigas.  Pode se escolher entre uma interpretação otimista e pessimista: a otimista quer incentivar o viver plenamente no tempo presente (carpe diem – aproveite o dia); a pessimista corresponde ao final do v. 34 dizendo que todo planejamento humano é em vão, porque o ser humano mal consegue carregar o fardo de cada dia (cf. 11,28; Tg 4,13-14). Entre os primeiros cristãos, a esperança escatológica (reino de Deus) e uma crítica realista e pessimista do mundo podiam andar juntos.

Na recepção do texto na história da Igreja alternam-se interpretações do texto que o relacionam aos discípulos decididos ou ao povo todo em geral. Interessa a questão da propriedade e do trabalho. Outros textos como Gn 3,17-19; 2Ts 3,10-12 e o exemplo do apóstolo Paulo (cf. At 18,3; 1Cor 9 etc.) influenciaram para que o trabalho ganhasse um destaque positivo também entre os monges, p. ex. nas regras de S. Basílio, de S. Bento (ora et labora – reze e trabalhe) e de S. Francisco. Stº. Agostinho polemizou contra monges preguiçosos, mas defendeu a isenção do clero de trabalhos comuns. O conselho ao jovem rico (Mt 19,16-22) contribuiu para entender o texto como conselho evangélico para os mais perfeitos, não como ordem para todos. Assim permite-se a propriedade, mas depende do seu uso (obrigação social, dar esmolas). Distingue-se entre preocupação lícita e ilícita (cf. v. 34): preocupar-se com o tempo presente é permitido, mas “amanhã” existe só no tempo; nós devemo-nos preocupar com a eternidade. Preocupar-se por amor é lícito, também a preocupação do rei, do pai de família, do funcionário pelo pessoal confiado é lícita, mas não a preocupação egoísta, exagerada e medrosa.

A exigência de Jesus pode se esvaziar com a justificação perpétua da propriedade e da ética protestante do trabalho (cf. M. Weber sobre as raízes do capitalismo). Mas a vida alternativa que Jesus propõe também não é um estilo de vida entusiasta moderna (p. ex. a boêmia, os hippies), mas o serviço do reino de Deus e sua justiça.

O filósofo Kierkegaard (1813-1855) diz que, através deste evangelho, o homem vê “na dispersão dos pássaros outra coisa do que sua preocupação; poderia contemplar como é maravilhoso poder trabalhar e ser humano. E se ele se esquecer disso durante o trabalho, então o pássaro pode lembrá-lo do esquecido.” Kierkegaard conta também a história de um candidato luterano à teologia, L. Fromm (palavra alemã que significa “piedoso”).  “Primeiro”, ele busca um emprego real como pastor, por isso faz as provas e os exames “primeiro”, depois faz o noivado “primeiro”, e antes de começar seu ofício precisa negociar “primeiro” um bom salário. Finalmente, num domingo, está no púlpito para proferir sua primeira homilia, que é justamente sobre o evangelho: “Buscai primeiro o reino de Deus” (v. 33). O bispo se mostra impressionado com esta pregação com tanta doutrina salvífica e autêntica, principalmente como o candidato enfatizou a parte do “primeiro”. – “Mas V. Reverendíssima acha que aqui está a coerência de pregação e vida?” questiona Kierkegaard.

O site da CNBB comenta: A vida moderna é cada vez mais marcada pela satisfação de necessidades urgentes criadas pela sociedade e pela cultura. A busca da satisfação dessas necessidades nos ocupa praticamente o tempo todo e nunca obtém pleno sucesso, pois sempre fica faltando alguma coisa. Por que acontece isso? É porque a pessoa contemporânea deixou de lado o Deus verdadeiro para se colocar ao serviço dos deuses que marcam o paganismo moderno, como o dinheiro, o prazer e o poder, e esses deuses nunca estão satisfeitos e nem trazem satisfação para o coração humano. É claro que não devemos nos alienar, nos afastar do mundo como se ele fosse uma coisa má, mas não-distanciamento não pode significar servidão aos deuses e mitos da modernidade.

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