3 de Maio de 2021, Segunda-feira – Festa de São Filipe e São Tiago: Jesus disse-lhe: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (v. 6).

Festa de São Filipe e São Tiago

 Leitura: 1Cor 15,1-8

No dia da festa dos apóstolos Filipe e Tiago (Tiago menor, ou seja, não o filho de Zebedeu e irmaõ de João, mas o “Tiago de Alfeu”; cf. Mc 3,18p), a leitura nos apresenta uma antiga profissão de fé na ressurreição de Cristo, destacando os apóstolos como testemunhas oculares. De fato, nossa fé católica é “apostólica”, ou seja, se baseia no testemunho dos apóstolos.

Esta profissão de fé está situada num discurso de Paulo (num capítulo de uma carta: 1Cor 15) no qual expôs a importância fundamental da ressurreição para a fé cristã: a ressurreição de Cristo, objeto da profissão de fé das testemunhas (vv. 1-11); a ressurreição dos cristãos correlativa à de Cristo (vv. 12-34); o modo da ressurreição (vv. 35-38). Alguns cristãos da cidade grega de Corinto rejeitavam a ressurreição dos mortos (cf. 15,12). Os gregos em geral consideravam a ressurreição dos corpos como concepção grosseira (At 17,32), mas os judeus a tinham aos poucos pressentido (cf. Sl 16,10; Jó 19,25; Ez 37,10) e, mais tarde, explicitamente professado (Dn 12,2s; 2Mc 7). Para combater o erro dos coríntios, Paulo parte da afirmação fundamental da pregação evangélica – o ministério pascal de Cristo morto e ressuscitado (vv. 3-4; cf. Rm 1,4; Gl 1,2-4; 1Ts 1,10, etc.) que ele desenvolve enumerando várias aparições do ressuscitado (vv. 5-11; cf. At 1,8).

Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: (vv. 1-3a).

A introdução é solene porque dá lugar ao tema fundamental. Paulo lembra seu primeiro anúncio, a “boa notícia” (= evangelion) que o apóstolo pregou (seu kerygma) aos membros da comunidade que “aceitaram (receberam, abraçaram)” com “fé”, tornando-se “fiéis (firmes)”. O evangelho é “boa notícia”, porque “salva” quem a aceita e “guarda” fielmente (não a despreza nem falsifica, cf. Gl 2,6-9). Não é uma coisa mágica, mas exige a colaboração humana. Paulo também “recebeu” isso: do próprio Jesus como revelação (v. 8; Gl 1,12), e dos outros apóstolos (Gl 1,18s) como fórmula de fé que ele transmite fielmente. Receber-transmitir é o esquema de uma cadeia de “tradição” (são termos tirados do vocabulário técnico da tradição rabínica, cf. 11,23).

A palavra viva do evangelho é transmitida, recebida e guardada (depois de Paulo, esta boa notícia será ainda escrita em forma literária de “evangelhos”, primeiramente por Marcos cerca de 70 d.C.). Mas o “evangelho” é principalmente anunciado (vv. 1.2), proclamado, pregado (v. 11, o kerygma; cf. Mt 4,23, etc.) como objeto de fé (vv. 2.11; cf. Mc 1,15) e caminho da salvação (v. 2; cf. At 11,14; 16,17). Com isso, o caráter salutar da morte de Cristo faz parte da proclamação evangélica anterior a Paulo (cf. Rm 6,3).

Que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze (vv. 3b-5).

A Bíblia do Peregrino (p. 2762s) questiona: É o germe de elaborações últeriores? É um resumo de muitos ensinamentos? (Faz nos lembrar a profissão de Dt 26,5-10, que outrora se acreditou ser o credo primitivo e germinal dos israelitas e mais tarde se viu que era uma síntese muito madura e decantada).

A profissão de fé é composta de frases breves, bem tratadas em unidade (não mera sucessão). Baseando-se na fórmula confessional do kerygma (“morreu – ressusscitou”, cf. 1Ts 4,14a; At 2,23s.29.32; 3,15; 4,10; 5,30s etc.) desenvolve dois fatos correlativos: morte e ressurreição, ambos “segundo a Escritura” (cf. Lc 24,25-27.45-48; At 13,29-31). É uma morte que expia os pecados (e substitui as precedentes expiações; cf. 11,24s; Is 53,12; Mt 26,28; Rm 3,25; Hb 7-10). A sepultura atesta a morte (cf. At 2,29; Paulo não menciona o túmulo vazio que é um sinal ambíguo, cf. Jo 20,2), as aparições atestam a vida (ressurreição). A morte é redentora, livra dos pecados porque desemboca na ressurreição; do contrário seria um fracasso incapaz de livrar do pecado (v. 17; cf. Hb 10,11s). O “terceiro dia” é tempo de graça e ajuda divina (Os 6,2; Ex 19,16). Cristo “ressuscitou” (lit: “foi ressuscitado”, passivum divinum: é ação de Deus) e “apareceu” (“foi visto”, passivum divinum, outra ação de Deus; cf. 9,1; Gn 12,7). Cefas (pedra, rocha) é o nome hebraico de Pedro. Ele mantém a primazia (cf. Lc 24,12.34; Jo 21), também nas aparições. Os “Doze” são o conjunto do colégio dos apóstolos escolhidos por Jesus (embora falte um, Judas).

É um texto fácil de guardar e recitar em comum. Suas expressões  (vv. 3b-4), já fixadas em sua formulação, constituem o germe das futuras profissões de fé (“credo”; cf. At 13,29-31).

Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram (v. 6).

Ao Credo de vv. 3b-5, provavelmente o próprio Paulo acrescenta mais testemunhas de outras tradições antigas: os “quinhentos irmãos de uma vez” não são mencionados em outros relatos da ressurreição (gostariamos saber mais sobre isso). Alguns exegetas vêem aqui o cerne histórico de Pentecostes (At 2,1-4), mas pode estar ligado ao ministério inicial de Jesus na região da Galileia e relacionar-se com a tradição atestada em Mc 14,28p (aparição na Galileia; cf. Mc 16,7p).

“A maioria ainda vive”. Paulo quer dizer: muitos podem hoje ainda testemunhar o que viram (a fé na ressurreição de Cristo repousa sobre um testemunho seguro). “Alguns já morreram” (lit. “adormeceram”, mesma expressão nos vv. 18,20.51 (cf. 1Ts 4,13), porque Paulo escreve a carta 1Cor em 56 a.C. em Éfeso, bem mais tarde que a morte e ressurreição de Jesus (provavelmente no ano 30).

Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos (v. 7).

Tiago aqui não é o o filho de Zebedeu nem o de Alfeu (Mc 3,17s), mas o “irmão do Senhor” (cf. Mc 6,3p) que sucede a Pedro em Jerusalém como líder dos judeu-cristãos (cf. At 12,17; 15,13-21; 21,18-26; Gl 1,19; 2,9.12; Tg). “E, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos”, os apóstolos assim entendidos constituem um grupo mais numeroso do que os Doze do v. 5.; são os primeiros missionários oficiais (cf. Rm 16,7 e Barnabé e Paulo em At 13,1-3; 14,3-5.14).

Nesta série não aparecem as mulheres como primeiras testemunhas dos relatos evangélicos (Mc 16,1-8p; Jo 20,1s.11-18). Talvez Paulo não as mencione por mulheres não serem reconhecidas como testemunhas qualificadas da época (cf. Lc 24,11).

Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo (v. 8).

E “a mim”: Paulo acrescenta-se, em pé de igualdade, na lista das demais testemunhas, embora no último lugar da fila (Ef 3,8) e encerrando a série (sua conduta precedente reforça seu testemunho: do perseguidor ao apóstolo, cf. vv. 9s); “como a um abortivo” alude ao caráter anormal, violento, “cirúrgico” da vocação de Paulo. Talvez Paulo tenha retomado aqui um palavrão aplicado a ele pelos adversários (cf. “eunuco” em Mt 19,12). Em At 1,9s, é a ascensão do Senhor que encerra a série de aparições; seu autor, Lucas, não chama mais Paulo de apóstolo (exceto em At 13,1-3; 14,4.14), mas de testemunha escolhida (cf. At 9,15 etc.).

O próprio Paulo, porém, não faz diferença alguma entre a aparição (melhor: visão e audição) na estrada de Damasco e nas aparições de Jesus desde a ressurreição até a ascensão. Para ele, o encontro com Jesus (já elevado no céu) em Damasco foi o fundamento da sua fé e do seu apostolado (cf. At 9; 22; 26; Gl 1,1.15s; 1Cor 1,1; 9,1; Fl 3,5-11) que ele precisava afirmar constantemente contra adversários que negaram de ele ser um “apóstolo” legítimo (cf. 2Cor 10-12).

Helena Serpa escreveu (em: liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br):

O fundamento da nossa Fé é a ressurreição de Jesus Cristo. Crer em Jesus e viver conforme o Seu Evangelho é o que nos fará permanecer firmes no Seu seguimento. E a forma mais segura para que alcancemos o reino de Deus é acreditar na Sua Palavra, no Seu Evangelho e em tudo o que os apóstolos testemunharam sobre Ele. É assim que São Paulo nos expõe  o verdadeiro modo de como acolher a salvação de Jesus e abraçar a fé. Quem crê que Jesus morreu e ressuscitou por nós, que Ele está vivo e que hoje, aparece a cada um que O recebe na Eucaristia, que O encontra na Palavra, que sente a Sua presença real no coração, pode dizer que está firme na fé. Muitas vezes nós temos o sentimento de que Jesus existe, mas se encontra longe de nós, porém, o nosso encontro com Jesus ressuscitado independe dos nossos olhos físicos, dos nossos sentimentos, ou de percepção palpável, mas da certeza de que Ele está em nós e permanece sempre conosco. Mais ainda que o exemplo dos Apóstolos, é a nossa experiência pessoal com Jesus que comprova e serve de referência de que Ele está vivo e faz prodígios no nosso meio. Abraçar a fé é, portanto, afirmar com convicção e dar testemunho  da presença de Jesus em nós e na nossa existência. –  Como Jesus acontece na sua vida? – Você tem experiência com Ele? –  Você tem dado testemunho de que Jesus está vivo? – De onde você tem tirado força e alegria para enfrentar as dificuldades da sua vida?   

 

Evangelho: Jo 14,6-14

No discurso de Jesus na despedida da última ceia em Jo, uns discípulos interrompem com perguntas: Pedro em 13,6-9.36, Tomé em 14,5, Filipe em 14,8, e Judas Tadeu em 14,22. Jesus acabou de falar das moradias celestes do Pai para onde queria ir e “preparar o caminho” para os discípulos. Tomé perguntou: “Senhor, … como podemos conhecer o caminho?”

Jesus disse-lhe: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (v. 6).

As moradias do Pai (terra prometida de repouso; cf. Sl 95) e a imagem do caminho pertencem ao contexto do êxodo. A Bíblia do Peregrino (p. 2596) comenta: O Senhor indicava co caminho com o fogo ou com a nuvem, ele mesmo guiava o povo por meio do anjo e por meio de Moisés (Ex 33,14; Sl 77,21). Jesus não é guia. Mas caminho; como é escada até o céu (1,51) como é porta de entrada (10,7). Por ele vem a verdade da revelação e a vida que é o seu resultado; por ele transitamos rumo ao Pai. É um caminho autêntico (verdadeiro) e vital, é verdade e vida em caminho.

Além do êxodo, “o caminho” é metáfora interreligiosa (p. ex. na China no daoismo: dão é o caminho da natureza, o método a ser seguido), também política (p.ex. o movimento terrorista no Peru chamava-se “sendero luminoso”). Em Israel, caminho significar conduta reta (cf. Mt 7,13s), a lei de Deus (Sl 119,1). Os primeiros cristãos foram chamados ou se autodenominaram “o Caminho” (cf. At 9,2; 18,25s; 19,9.23; 22,4; 24,14.22).

Jesus é o caminho ao Pai porque ele o revela (1,18; 12,45; 14,9). Ele nos ensina o caminho da salvação (At 9,2); ele não só mostra, mas é o caminho. Ele mesmo é o único acesso ao Pai (cf. 1,18; 14,7-11), já vem do Pai e vai (volta) a ele (7,29.33; 13,3; 16,28 etc.); ele é “um” com o Pai (10,30; 12,45; 14,9; 17,22). Assim ele é o caminho da verdade e da vida.

“O que é verdade?” pergunta Pilatos em 18,38. O que as ditaduras mais temem, é a verdade (cf. a Comissão da Verdade investigando). Mas em Jo, verdade é mais do que transparência, masi que sinceridade, honestidade, fidelidade. Jesus revela a Palavra de Deus (ele mesmo a é, cf. Jo 1,1.14), então traz a verdade e ele mesmo a representa (é) em pessoa. Jesus é o caminho porque é a verdade. Verdade religiosa está ligada ao Espírito (cf. 4,23s; 15,26; 16,13) e à graça (em 1,17 pode-se traduzir: “amor e fidelidade” ou “graça e verdade”). Esta verdade dá orientação, revela o sentido (direção) da vida e liberta da escravidão da mentira e ilusão (8,31s; cf. 3,21; 5,33; 8,40.45s; 18,37; 1 Jo 1,6).

A “vida” é o termo chave para o qual os outros convergem; significa a vida plena e eterna que Jesus dá e representa (6,35; 10,10; 11,25; cf. 1,4; 5,26 etc.). Nos evangelhos sinóticos, Jesus ensina como entrar no Reino de Deus que ele mesmo representa (como rei-messias); em Jo, ele ensina o caminho da verdade e da vida que ele mesmo dá e representa.

Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” (vv. 7-8).

Conhecer quem é ele é conhecer o Pai (8,19). Vê-lo com olhos de fé é ver o Pai. Mas Filipe ainda não entendeu. Filipe formula a seu modo o pedido audaz de Moisés (Ex 33,18), ao qual o prólogo fez alusão (1,18; cf. 1Jo 4,12). É a esperança do orante (Sl 17,15), a experiência de Jô (42,5). Filipe representa também o afã de todo o homem autenticamente religioso: contemplar Deus como sentido último da sua existência. É que não aprofundou no conhecimento de Jesus.

Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: Mostra-nos o Pai? Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras (vv. 9-11).

“Conhecer” é uma das palavras-chaves do evangelho de João (muito importante também nas cartas paulinas). A união íntima de Jesus com o Pai implica: a pessoa (“estar em”, cf. 10,38), as palavras (12,49), as obras; as três apontam para o Pai e convergem para ele. O Pai é espaço vital de Jesus, Jesus é o espaço da manifestação do Pai. Somente a fé o pode descobrir e contemplar, “ver”. Somente a fé discerne na presença do Filho o Pai e do Pai, o Filho. Filipe engana-se ao reclamar uma manifestação fulgurante do Pai. “Quem me viu, viu o Pai” (v. 9; cf. já 12,21).

Em Jo, a visão de Deus e com isso, a comunhão com ele (“eu estou no Pai e o Pai está em mim”), não é apenas para pessoas especialmente dotadas ou através de práticas cultuais ou exercícios austeros (cf. os cultos de mistérios na Antiguidade). A mística de João é para quem aceita Jesus como mediador de Deus. “O verbo (logos) se fez carne… e nós vimos sua glória… cheia de graça e verdade” (1,14). Ver Deus significa ter a vida eterna (cf. 17,24) que “todos os quem veem o Filho e creem nele, terão.”

Em Jesus, o Deus invisível tornou-se realidade visível e palpavel (cf. Cl 1,15; Jo 1,1.14.18). Com isso, cai de certo modo a proibição de fazer imagens de Deus (Ex 20,4s etc.). Antes de Jesus, os povos erraram fazendo imagens de Deus, porque era invisível (cf. as imagens dos deuses  egípcios com cabeças de animais). Agora, com a encarnação do Filho, temos a imagem de Deus invisivel e podemos fazer imagens dele, não como idolatria (adorar algo que não é Deus), mas como sinal de fé em Deus que se faz realmente presente no homem de Nazaré, p. ex. como menino no presépio ou como sofredor na cruz.

Os discípulos devem acreditar na união do Pai e do Filho. O que Jesus falou “aos judeus” (10,22-39), fala agora aos discípulos: “Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras” (v. 11).

Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei” (vv. 12-14).

Pela fé, o fiel adere a Jesus, pode cooperar com sua atividade e fazer as “obras” de Jesus (não só milagres como os “sinais”). O ministério da revelação e da salvação, do qual os milagres foram os sinais (2,11; 4,54 etc.), prolonga-se nas obras dos discípulos que podem realizar obras “ainda maiores”, na sua força reveladora, uma vez que Jesus já terá sido glorificado e pode apoiar de cima com seu Espírito. Os Atos dos Apóstolos começam a ilustrar essa promessa. O Espírito, fonte dos carismas que lhes serão dispensados, será enviado pelo Cristo glorificado a direita do Pai (7,39; 16,7).

De lá, Jesus promete atender a oração de quem lhe “pedir em meu nome” (15,16; 16,24.26; cf. Mt 7,7-11; Lc 11,5-13). O nome representa a pessoa. Usar o nome de Jesus na oração é honrar (glorificar) o Pai. Como o Pai deu tudo na mão do Filho, o julgamento, a vida, também é Jesus que realizará os pedidos da oração (cf. 5,19-27). Mas pedir em nome de Jesus significa também sintonizar-se com a vontade de Deus e pedir com reta intenção, de modo que ele possa assinar o pedido (cf. At 19,13-16; Tg 4,2s).

O site da CNBB comenta: Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai. Quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de Cristo e a participação nessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a vida eterna.

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