30 de Agosto de 2018, Quinta-feira: Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso (vv. 9).

Leitura: 1Cor 1,1-9

Ouvimos nas próximas semanas a leitura da primeira carta aos Coríntios que Paulo escreveu por volta de 56 d.C. em Éfeso. A Bíblia Pastoral comenta na introdução: Corinto era uma rica cidade comercial, com mais de 500.000 habitantes, na maioria escravos. Nesse porto marítimo se acotovelava gente de todas as raças e religiões à procura de vida fácil e luxuosa, criando ambiente de imoralidade e ganância. A riqueza escandalosa de uma minoria estava ao lado da miséria de muitos. Surgiu, inclusive, uma expressão: «Viver à moda de Corinto», que significava viver no luxo e na orgia. Paulo, entre os anos 50 e 52, permaneceu aí durante dezoito meses (At 18,1-18) e fundou uma comunidade cristã formada por pessoas da camada mais modesta da população (1Cor 1,26-28).

A leitura de hoje tem duas partes nas quais já se encontram os grandes assuntos da carta: na saudação (vv. 1-3), a vocação do apóstolo, a fraternidade, a santidade da assembléia destinatária, a unidade de toda a igreja em Cristo e o augúrio de graça e paz (cf. Rm 1,1). Na ação de graças (vv. 4-9) anunciam-se a palavra e a sabedoria cristã, os dons ou carismas cristãos e a perseverança até o final no Dia do Senhor.

A Bíblia do Peregrino (p. 2738) comenta: A introdução à carta contém, como de costume, saudação e ação de graças. Na saudação mencionam-se remetente e destinatários; a ação de graças é específica nesta carta. Pode-se se notar no grego o jogo com a raiz “kal” – à qual pertencem chamar (vv. 1.2.9), invocar (v. 2), igreja (= convocação, v. 2). À raiz “char”- pertencem graça (vv. 3.4), dar graças (v. 4) e dom ou carisma (v. 7). Nota-se também a presença dominadora de Jesus Cristo, mencionado nove vezes em nove versículos mais um pronome: todo o sentido do evangelho é orientar para a pessoa de Jesus Cristo.

Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo (vv. 1-3).

“À Igreja de Deus”, ou “à assembleia de Deus”, é uma expressão cara a Paulo (10,32; 11,16.22; 15,9; 2Cor 1,1; Gl 1,13; 1Ts 2,14; 2Ts 1,4; 1Tm 3,5.15; cf. At 20,28; “as igrejas de Cristo” em Rm 16,16; cf. Mt 16,18; At 5,11; 7,38). Inspira-se no AT: a assembleia do Senhor (qahal Yhwh, cf. Dt 23,2-9 etc.) era a reunião do povo convocado por Deus. Aqui designa a Igreja local (”que está em Corinto”) na qual se efetua concretamente esta reunião, sendo fortemente afirmada também a ligação com a Igreja universal. A saudação se dirige a uma igreja local, aludindo a outras igrejas (“Senhor deles e nosso” pode ser interpretado como aposto a “todo lugar”).

Paulo se apresenta com seu título de “apóstolo” (a palavra grega quer dizer: “enviado”); como embaixador, menciona o nome e título de quem o chamou e enviou (Gl 1,15s; At 26,14-18): “Jesus Cristo (messias)”. O encargo vem da decisão de Deus, que o “chama”, é sua “vocação” (como a dos profetas no AT). A ela corresponde o “chamado” à “santidade” dos cristãos de Corinto (que atualiza o chamado à santidade de todo o povo, como na “lei da santidade” em Lv 17-26). Pelo batismo ficaram consagrados (“santificados”) a Cristo Jesus (cf. Jo 17,17.19; cf. “consagrou os seus chamados”, Sf 1,7; outras consagrações: Dt 15,19; Jr 1,5). A saudação se estende a outras igrejas, cuja identificação comum consiste em “invocar Jesus Cristo como Senhor” (kýrios, cf. Jl 3,5; Fl 2,11). A expressão vem de Jl 3,5: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. O NT (Novo Testamento) cita esse texto transferindo para Jesus o que o AT (Antigo Testamento) diz de Deus (At 2,21; Rm 10,13 etc.).

O “irmão Sóstenes” é provavelmente aquele que era o chefe da sinagoga em Corinto (cf. At 18,17, espancado pelo judeus devia ter mudado para o grupo de Paulo).

“Graça e paz” une a saudação grega (charis; cf. Lc 1,28) com a hebraica (shalom) numa dimensão nova.

Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda a palavra e em todo o conhecimento, à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós. Assim, não tendes falta de nenhum dom, vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. É ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até ao fim, até ao dia de nosso Senhor, Jesus Cristo (vv. 4-8).

A costumeira ação de graças se concentra em dons particulares com que foram enriquecidos: “Não tendes falta de nenhum dom” (v. 7), lit. nenhum carisma. O apóstolo se ocupar dos carismas diversos nesta carta (caps. 12 e 14). Estes têm uma função no presente, mas ficam orientados e submetidos à “revelação” última de Jesus Cristo, quando chegar “seu dia” (cf. Am 5,18; Jl 3,4).

Trata-se da manifestação gloriosa do fim dos tempos, da sua parusia (segunda vinda de Cristo no fim dos tempos). Outro nome para designar a mesma realidade denominada de “revelação” no v. 7 (cf. 3,13 e 5,5) é o “Dia do Senhor”, uma expressão que vem do AT (cf. Am 5,18). Nos momentos supremos da revelação dos secretos desígnios de Deus (Rm 16,25), Cristo se revelará em sua glória no fim dos tempos (Mc 13,24-27p) por ocasião da sua “vinda” (parusia, 1Cor 15,23) e da sua “aparição” (1Tm 6,14; cf. Lc 17,30; Rm 2,5; 8,19; 2Ts 1,7; Hb 9,28; 1Pd 1,5.7.13; 4,13; Ap 1,1).

A Bíblia de Jerusalém (p. 2147) comenta: Esse “Dia do Senhor” (5,5; 2Cor 1,14; 1Ts 5,2; 2Ts 2,2; cf. 2Pd 3,10) é também chamado “o Dia de Cristo” (Fl 1,6.10; 2,16), ou simplesmente “o Dia” (1Cor 3,13; 1Ts 5,4; cf. Hb 10,25), “aquele dia” (2Ts 1,10; 2Tm 1,12.18; 4,8; cf. Mt 7,22; 24,36; Lc 10,12; 21,34), “o Dia do Filho do Homem” (Lc 17,24; cf. 26), “o Dia de Deus” (2Pd 3,12), “o Dia da Visita” (1Pd 2,12), “o grande Dia” (Jd 6; Ap 6,17; 16,14), “o último Dia” (Jo 6,39.40.54; 11,24; 12,48). É o cumprimento, na era escatológica inaugurada por Cristo, do “Dia de Iahweh” anunciado pelos profetas (Am 5,18). Já, em parte, realizada pela primeira vinda de Cristo (Lc 17,20-24) e a punição de Jerusalém (Mt 24,1), essa última etapa da história da salvação (cf. At 1,7) será consumada pela volta gloriosa (1Cor 1,7; 15,23; 1Tm 6,14) do Soberano Juiz (Rm 2,6; Tg 5,8-9). Será acompanhada da reviravolta e renovação cósmicas (cf. Am 8,9; Mt 24,29p; Hb 12,26s; 2Pd 3,10-13; Ap 20,11; 21,1; cf. Mt 19,28; Rm 8,20-22). Esse dia de luz aproxima-se (Rm 13,12; Hb 10,25; Tg 5,8; 1Pd 4,7; cf. 1Ts 5,2-3). A data desse dia é incerta (1Ts 5,1); é preciso preparar-se para ele durante o tempo que resta (2Cor 6,2).

“À medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós” (v. 6); este “testemunho de (ou sobre) Cristo” equivale ao evangelho proclamado, que recebeu confirmações com os carismas na comunidade e que por sua vez confirmará os que creem. Pode ser uma alusão aos milagres que acompanharam a pregação de Paulo.

“Vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível”, cf. Fl 1,10; 2,15s; Ef 1,4; Cl 1,22; 1Ts 3,13; 5,23; Jd 24.

Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso (vv. 9).

A fidelidade de Deus à sua promessa, tema dominante do AT, realiza-se no apelo aos seres humanos para estarem em comunhão com o Cristo, para participarem da sua filiação e da sua vida. “Deus é fiel” (título divino em Dt 7,9; Is 49,7) para concluir ao que havia começado (Sl 138,8; cf. 1Cor 10,13; 2Cor 1,18; 1Ts 5,24; 2Ts 3,3, 2Tm 2,13; Hb 10,23; 11,11).

Os cristãos entram em “comunhão” com o Filho de Deus e por ele com o Pai (1Jo 1,3). O posicionamento cristológico e eclesiológico (doutrina a respeito de Cristo e da Igreja) dessa introdução marca e orienta toda a carta.

A palavra koinonia (comunhão) tornou-se característica da comunidade cristã (cf. At 2,42; 4,32-35; Gl 2,9). Ela tem sua fonte em realidades possuídas em comum por diversas pessoas, sejam realidades espirituais ou materiais. Entre cristãos, os bens materiais nunca ocorrem sem os bens espirituais (Rm 15,26s; 2Cor 8,4; 9,13; Gl 6,6; Fl 4,15-17). Existe participação em ações ou sentimentos (2Cor 1,7; 6,4; 1Tm 5,22; 2Jo 11; Ap 1,9). A comunhão da qual se derivam todas as demais dá participação nos bens divinos (1Cor 9,23; Fl 1,5; Fm 6), une os cristãos ao Pai e a seu Filho (v. 9; 1Jo 1,3.7), ao próprio Cristo (1Cor 10,16; Fl 3,10; 1Pd 4,13), ao Espírito (2Cor 13,13; ; Fl 2,1) e nos faz participar da glória futura (1Pd 5,1). Como Cristo teve comunhão com nossa natureza humana (Hb 2,14; Jo 1,14), nós temos comunhão com a natureza divina (2Pd 1,4; Jo 1,12s).

 

Evangelho: Mt 24,42-51

Ouvimos durante esta semana partes do último discurso de Jesus no Evangelho de Mt, o discurso escatológico, ou seja, sobre as últimas coisas: a vinda (parusia) de Cristo no fim do mundo, o juízo final etc. Nossa liturgia saltou as partes do cap. 24 que Mt copiou de Mc 13. No final do cap. 24, a fonte muda, não é mais Mc, mas Q (do alemão Quelle – fonte), uma coleção de palavras que Lc também usa (cf. o paralelo do nosso texto em Lc 12,39s.42-46), Não se achou ainda um manuscrito desta coleção, mas pode ser reconstruída a partir de Mt e Lc.

Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor (v. 42).

Os primeiros cristãos tinham que lidar com a demora da volta (parusia) que Jesus havia anunciado, mas sem revelar uma data (cf. 24,36p). Enquanto o apóstolo Paulo o esperava chegar ainda em vida (cf. 1Ts 4,17; 1Cor 1,7s; 7,26-31; 15,52), a segunda geração dos cristãos (à qual os evangelistas sinóticos pertencem) precisava ser motivada para aguardar com paciência, prudência e perseverança e não relaxar, portanto, “vigiai” (nossa liturgia traduz: “ficai atentos”). Esta palavra aparece aqui pela primeira vez em Mt e terá o significado de não deixar-se surpreender, mas purificar-se e estar disposto também a eventuais sacrifícios e sofrimentos (cf. 26,38-41).

A Bíblia de Jerusalém (p. 1885) comenta esta palavra: “Vigilância”, que propriamente significa “abstenção do sono”, é a atitude que Jesus recomenda aos que esperam pela sua vinda (25,13; Mc 13,33-37; Lc 12,35-40; 21,34-36). A vigilância nesse estado de alerta supõe uma esperança firme e requer uma presença de espírito sem desvanecimentos, que toma o nome de “sobriedade” (1Ts 5,6-8; 1Pd 5,8; cf. 1Pd 1,13; 4,7).

Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá (vv. 43-44).

Esta comparação do Filho do Homem com um ladrão, que arromba com surpresa, quer destacar o julgamento associado à sua vinda (cf. vv. 26-31) e tem longa tradição (1Ts 5,2.4; 2Pd 3,10; Ap 3,3; 16,15; cf. Mt 6,19p). Os ladrões escolhem mais a noite, “de noite ronda o ladrão, penetra às escuras nas casas” (Jó 24,14.16), e utilizam procedimento de abrir um buraco: a surpresa é seu principal recurso (Ex 22,1). Embora a vigilância seja coletiva, aplica-se a cada pessoa. Como a vinda de um ladrão é surpresa, também não é possível, calcular o dia ou a hora da chegada do Senhor (cf. 24,36; Mc 13,32).

Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? Feliz o empregado, cujo senhor o encontrar agindo assim, quando voltar. Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens (vv. 45-47).

Ao discurso de Mc 13 que anunciou a destruição de Jerusalém e a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos, Mt acrescenta três parábolas concernentes aos fins últimos dos indivíduos. Na primeira, Jesus faz uma pergunta retórica na qual apresenta um “empregado” (servo, escravo) que tem responsabilidade sobre a casa toda (cf. 10,25; 1Tm 3,15; 2Tm 2,19s; Tt 1,7; 1Cor 9,17). O seu “senhor” parece se ausentar para uma viagem (cf. 25,15p; Mc 13,34p). O paralelo em Lc 12,42 fala de “administrador fiel” aplicando a parábola mais explicitamente aos líderes da Igreja que tem uma responsabilidade especial no tempo da ausência do Senhor (cf. 1Cor 4,1s.5).

O servo desta parábola é encarregado de outros criados; ocupa um posto intermédio, ocupa-se de pessoas, não de bens. A aplicação imediata aponta para os discípulos que recebem cargo mediador. “Dar alimento na hora certa” lembra Sl 104,27; 144,15. O alimento era o único salário para os escravos.

O “empregado fiel e prudente” é parabenizado (“feliz”, bem aventurado). O salário é recompensa escatológica (cf. 1Cor 3,14s), mas agora não é descansar, sim atividades e responsabilidades maiores. Agora o senhor “lhe confiará a administração de todos os seus bens” (cf. a figura de José a quem o faraó confia a administração de todo o Egito, por causa da sua sabedoria: Gn 39,4; 41,37-44).

Mas, se o empregado mau pensar: “Meu senhor está demorando” e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes (vv. 48-51).

Ao serviço organizado do empregado junto com outros servos, a parábola opõe um aproveitar-se licenciosamente da situação com abuso de poder, esquecendo-se de que sua posição superior é temporária (cf. Lc 12,45). Em vez de dar alimentos aos outros servos, ele bate neles e gasta o salário deles na farra. Para Mt, importante é o motivo. O servo mau pensa: “Meu senhor está demorando” (cf. 25,5). Lit.: ele “fala no seu coração”, uma expressão bíblica que sinaliza autoengano seguido por castigo (cf. Dt 8,17; 9,24; Is 47,8s; Ap 118,7s).

Como a recompensa do servo bom era enorme, também é o castigo do servo mau, que logo vem em termos do julgamento: O senhor “o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas”. Palavra obscura que se deve tomar, sem dúvida, em sentido metafórico: “separar-se dele” por meio de uma espécie de excomunhão (cf. a excomunhão em Mt 18,17; 1Cor 5,4s, além de perder o cargo). Castigos cruéis eram comuns na antiguidade (cf. 1Sm 15,33; 1Cr 20,3; Dn 2,5; 13,55.59; cf. Ez 29,17).

Já os rabinos imaginavam o destino dos hipócritas no inferno. Mt chama os fariseus e os mestres da lei de “hipócritas” (cf. caps. 6 e 23). No paralelo de Lucas que escreve para leitores gregos e romanos, aplica-se a parábola aos pagãos: “o fará participar do destino dos infiéis” (Lc 12,46).

“Ali haverá choro e ranger de dentes”; esta expressão de dor terrível aparece em Mt seis vezes (8,12; 13,42.50; 22,13; 24,51; 25,30; cf. Lc 13,28) para descrever a condenação. No AT expressa a cólera e o despeito dos ímpios em relação aos justos (cf. Sl 35,16; 37,12; 112,10; Jó 16,9).

A demora do patrão a vir corresponde à geração de Mateus e Lucas, que já não esperam uma parusia iminente (como Paulo ainda aguardava; cf. 1Ts 4,15-17; 1Cor 15,51s). Contudo, o espírito de vigilância deve permanecer, porque a demora não desmente o fato (Ez 7,1-14; 12,21-28; cf. 2Pd 3). E como o fato é certo, a incerteza da hora incita à vigilância. Sem cessar é iminente o que pode acontecer a qualquer momento. É como a própria morte que nos coloca diante do juízo de Jesus e pode acontecer numa hora imprevista. Não pode desperdiçar o tempo.

Mt e Lc se referem a pessoas que tem responsabilidade sobre as outras na igreja (ou na sociedade). Na literatura patrística, a parábola se aplicou também aos ricos, cujos bens lhes foram confiados por Deus e não se podem esquecer dos pobres.

O site da CNBB comenta: Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência. Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor, o que não quer dizer submissão cega e inconsequente, mas sim a pessoa ser totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal, principalmente do pecado e de suas consequências, o que não quer dizer covardia e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos.

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