Advento: a Igreja é chamada a imitar estilo de Jesus

A Igreja católica vive atualmente o tempo litúrgico do Advento, em preparação ao Natal. No último domingo, 2, o Papa Francisco, disse que o Advento é um tempo propício para purificar o espírito, fazer crescer a fé e se purificar. Uma das reflexões propícias neste tempo é acerca dos pobres e necessitados, uma vez que Jesus nasceu pobre e se fez pobre, e com isso a Igreja é chamada a imitá-lo.

A vida de Jesus Cristo é cercada de eventos que afirmam sua postura diante do amor e preocupação com os pobres. “Ele que era rico se fez pobre, nasce pobre, vive como humilde trabalhador, solidariza com pobres e excluídos, morre nu, numa nua cruz. A Igreja, e com ela todos seus membros, é chamada e imitar o estilo de Jesus”, explica o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Armando Bucciol.

O próprio Papa Francisco deixa claro em seu pontificado a opção pelos pobres. O nascimento de Jesus, de acordo com Dom Armando, auxilia os fiéis a enxergar com mais clareza o valor que a caridade tem, sobretudo num mundo em que cada vez mais há menos espaço para as pessoas com menos recursos.

“O Papa Francisco vive e ensina a viver segundo o Evangelho”, constata Dom Armando. “Celebrar o Natal significa e comporta reafirmar o valor da caridade que não se reduz a uma esmola que tranquilize a consciência, mas em assumir a causa dos mais pobres na solidariedade e na partilha, como Jesus fez conosco”, afirma.

Fé fundamentada em obras

É no Natal também que diversas ações sociais são colocadas em prática. A fé fundamentada em obras é sedimentar as ações de Jesus Cristo. “Mas essas ações devem corresponder ao ‘estilo’ de Jesus”, adverte Dom Armando. “Ser discípulo Dele pede que o discípulo, com a força do divino Espírito, torne-se sempre mais coerente com o comportamento de Jesus”, reitera.

O próprio Papa Francisco aplica esta mentalidade de Jesus Cristo em seus escritos divulgados aos fiéis. “Escreve o Papa Francisco: ‘Deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade’ (EG 186)”, detalha o religioso. Todo o caminho da redenção, como o Sucessor de Pedro assinalou na exortação Evangelii Gaudium.

A mensagem final de Dom Armando é a de perpetuar o amor a todos, especialmente àqueles que vivem à margem da sociedade. “A proposta está clara e pede conversão e muito amor. Que o Natal desperte em todos os cristãos mais amor, do mesmo modo com que Ele nos amou”, finalizou.

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