Sacerdote, expressão do amor de Deus

Hoje, dia 4 de agosto, celebramos o dia do Padre. O Dia do Sacerdote é celebrado no mesmo dia da festa de São João Maria Vianney, padroeiro de todos os sacerdotes. É comemorada desde 1929 e foi instituída por Papa Pio XI.

Ser padre é ser pai, cuidar do rebanho que lhe foi confiado. Seguir os caminhos, os passos de Cristo aqui na terra, aconselhando aqueles que erram, mostrando por onde trilhar e não se separar de Jesus, sendo caridoso, amoroso com o próximo, ser humilde. As mãos de um sacerdote é ungida e através deste ministério ele pode perdoar, abençoar. Devemos ter muito respeito para com eles, como São Francisco disse: “O Senhor me deu tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a santa Igreja Romana, por causa de sua ordenação, que, mesmo se eles me perseguissem, recorreria a eles. E a todos hei de respeitar, amar e honrar, como a meus senhores. Nos sacerdotes não quero considerar pecado algum, porque neles reconheço o Filho de Deus e eles são meus senhores. E isto faço porque do mesmo altíssimo Filho de Deus nada vejo corporalmente neste mundo senão o seu santíssimo Corpo e Sangue, que eles consagram e somente eles administram aos demais”.

Na palavra de Deus em Hebreus 5, 1-2 diz: ” De fato todo sumo sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele saber ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo esta cercado de fraquezas.” Amemos nosso Pároco, rezemos pelos Padres, o respeitemos, que o vejamos como “in persona Christi”, pois é Cristo que age por ele.

Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os padres, conhecido por Cura D’Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela Revolução Napoleônica. Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua consagração, chegou a ser um desertor do exército, pois não conseguia “acertar” o passo com o seu batalhão.

Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade).

João Maria Vianney, ajudado por um antigo e amigo vigário, conseguiu tornar-se sacerdote e aceitou ser pároco na pequena aldeia “pagã”, chamada Ars, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias; tanto assim que suspirou o Santo: “Neste meio, tenho medo até de me perder”. Dentro da lógica da natureza vem o medo, mas da graça, a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar.

Dessa forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um confessionário alimentando-se de batata e pão). Portanto, São João Maria Vianney, que viveu até aos 73 anos, tornou-se para o povo não somente exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a visita dos peregrinos – mas, principalmente, e antes de tudo, exemplo de santidade, de dedicação e perseverança na construção do caminho da salvação e progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois como padre teve tudo de homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.

Foi canonizado pelo papa Pio XI, no ano de 1925 e proclamado padroeiro dos sacerdotes. No dia de sua festa se comemora o dia do Padre.

São João Maria Vianney

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