Dom Josafá Menezes da Silva Parabeniza Barreiras pelos seus 128 Anos

Hoje é um dia muito especial para o povo de Barreiras. Serão muitas manifestações para festejar os 128 anos de emancipação política desta grande cidade, Barreiras.

A partir de 26 de maio de 1891, Barreiras pode decidir os seus destinos, começou utilizar autonomamente os seus recursos, aplicá-los somente para os seus cidadãos. Barreiras começou a ter as suas autoridades políticas e sociais. Não dependeu mais de nenhum outro município.

Município primeiro, depois foi pouco a ponto se tornando pólo regional. As instituições governamentais, estaduais e religiosas vieram se sediar em Barreiras. São 128 anos de emancipação política.

A história completa diz que foi um pequeno porto, o “Porto das Barreiras”. Era o último ponto navegável do Rio Grande. Era o ponto de passagens de mercadorias, animais e pessoas. Depois o povoado de São João das Barreiras. Depois, simplesmente, Barreiras, nome que diz respeito às pedras tornavam difícil a navegação sobre o Rio Grande.

Outras cidades eram maiores do Barreiras. Na região, Barra era a mais importante. Campo Largo tinha a sua grandeza. Angical a sua beleza e cultura. Depois, Barreiras. Finalmente, Barreira se impôs. Algumas cidades não perdem nunca a posição que assumiram historicamente. Tudo está indicando que é assim para Barreiras.

“A fé nos ensina que Deus vive na cidade, em meio a suas alegrias, desejos e esperanças, com também em meio as suas dores e sofrimentos. As sombras que marcam o cotidiano das cidades, como exemplo a violência, pobreza, individualismo e exclusão, não nos podem impedir que busquemos e contemplemos o Deus da vida também nos ambientes urbanos. As cidades são lugares de liberdade e oportunidade. Nelas, as pessoas têm a possibilidade de conhecer mais pessoas, interagir e conviver com elas. Nas cidades é possível experimentar vínculos de fraternidade, solidariedade e universalidade. Nelas, o ser humano é constantemente chamado a caminhar sempre mais ao encontro do outro, conviver com o diferente, aceitá-lo e ser aceito por ele (Documento de Aparecida – 514).

As cidades têm um mistério, uma alma, uma espiritualidade. Barreiras testemunha tudo isso. Nesses 128 anos sobreviveu. Passou por todas crises, por todos os conflitos. Barreiras ultrapassa tudo. Parabéns Barreiras! Felicidades! Nós agradecemos a sua existência. Obrigado por ser cidade do Oeste, mas por ser baiana, brasileira, nordestina, sulista, internacional, rural e urbana, rica e pobre, grande e pequena, bonita e feia, triste e alegre, doce e amarga. Tudo numa cidade. Barreiras! Cidade de todos! Feliz aniversário!

Dom Josafá Menezes da Silva 
Bispo diocesano de  Barreiras

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